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Conhecem a estrada que atravessa a vila e se vai perder no campo?
Anita bem gostaria de passear de bicicleta nessa estrada.
Mas só tem um triciclo, que o pai lhe ofereceu quando era mais pequena e que já não é para o seu tamanho. Quando pedala, os joelhos batem no guiador.
Nem já pode ir para a escola neste triciclo.
- Tens de arranjar outro, Anita - diz o gatinho da directora.
- Importas-te de me emprestar a tua bicicleta? – pergunta Anita ao irmão. -Eu não ta estrago.
- Para quê? Nem sequer sabes andar!
- Mas aprendo! - responde Anita, vexada. Primeiro, montar na bicicleta não é nada fácil.
E, depois, é preciso prevenir a mamã.
Não seria bonito andar de bicicleta sem lhe dizer nada.
É melhor ir falar-lhe já.
A mamã acha bem que a Anita aprenda a andar de bicicleta. O avô Nicolau, que ouviu tudo, foi comprar uma às escondidas, para fazer uma surpresa em casa.
Vejam como é bonita a bicicleta da Anita! Como ela vai ficar contente!
Para aprender a andar de bicicleta, nada melhor que o quintal. Tem um carreiro bastante liso e’ sem curvas e não há perigo de ser atropelada.
- Não faças tanta força no guiador - diz o avô. - olha para a frente.
- Não me largues, não? - pede a Anita.
Com o avô, é formidável aprender a andar de bicicleta, não é verdade?
Agora, a Anita já é capaz de andar sozinha … Não acreditam? Claro que ela nunca se teria aventurado a ir à aldeia sem prevenir o avô. As ruas estão cheias de altos e baixos, e o caminho é sempre a descer …
Como é que isto pára?
Depois da curva é o pátio da quinta. Por sorte, a cancela estava aberta, senão Anita teria esbarrado nela.
- Atenção! - grita Anita, largando os pedais. - Atenção!
- Cuá, cuá, cuá! - grasnam os gansos.
- Salve-se quem puder! - diz a galinha preta. - Vai haver um desastre …
De repente, aparece um grande monte de palha. Anita larga o guiador e… catrapus!…
- Mas, é a Anita! - exclama o criado da quinta, muito surpreendido. - Deus queira que não tenha partido nenhuma perna!…
Felizmente não há ferimentos graves nem prejuízos materiais.
-Bem vês - diz o avô -, não se pode andar tão depressa. O mais importante é saber travar. Por exemplo: eu estou na estrada; se tu chegas e tens de travar de repente, deves saltar logo da bicicleta. É assim que se deve fazer.
Agora, a Anita já sabe andar bem. Mas o avô recomenda-lhe:
- Mesmo assim, nada de imprudências!
- Está bem - diz Anita. - Não passo do largo da aldeia.
No largo da aldeia, onde está o mercado, os amigos da Anita esperam por ela com impaciência.
- Que sorte, Anita, tens uma bicicleta nova!
Posso andar um bocadinho? Quando fores a minha casa, empresto-te a minha motorizada.
Depois do almoço, Anita e o avô vão dar um passeio de bicicleta ao campo. Há aí caminhos com muitos atalhos e campos a perder de vista. Pode-se andar horas a fio, com o vento a assobiar entre as grandes árvores. Pantufa diverte-se a saltar as poças de água. É tão agradável acompanhar Anita e o avô neste passeio de bicicleta. Mas não será imprudente meter-se à frente dela? Para a próxima, o Pantufa ficará em casa.
- Chegámos à ponte. Temos de parar no sinal vermelho. - Quando é que podemos passar?
- Quando o sinal passar a verde, claro! Isso vem explicado no Código da Estrada … Conheces o Código da Estrada? Não é difícil. Olha:
Vermelho: passagem proibida. Paragem obrigatória.
Verde: podes passar. Cruzamento.
Sentido proibido. Volto à direita.
Sentido obrigatório. Volto à esquerda.
- Ora esta! O pneu da frente está vazio
- diz Anita, preocupada. Felizmente o avô está ali. Em poucos minutos desmonta a roda.
- Vamos! É preciso reparar o furo antes do anoitecer.
- E agora, depressa, voltemos para casa.
Olha, um carro que vem em sentido contrário.
Naturalmente é o papá, que está preocupado por já ser tarde! Com certeza veio-ao encontro da Anita e do avô Nicolau.
É tão bom regressar a casa!
O avô senta-se no cadeirão. Pantufa salta para a cadeira do seu pequenino dono. O papá e a mamã já não estão preocupados.
- Descansa, avô - diz Anita -, vou tirar-te as botas. Não estás muito cansado?
- Assim-assim. E tu, Anita?
- Eu … tenho as pernas entorpecidas de ter pedalado tanto. Mas de qualquer maneira, foi uma bela passeata! …
No dia seguinte, a Anita limpa a bicicleta.
Os cromados brilham. Os pedais rodam bem.
Trrim, trrim ! - tilinta a campainha, alegremente.
- Tocaram! - diz a galinha, inclinando a cabeça.
- É a hora do almoço,
sem dúvida.
- Anita, importas-te que eu amarre o meu automóvel à tua bicicleta? – pergunta-lhe o irmão mais novo.
- Está bem, mas não vamos para a estrada, senão o avô fica zangado. Não vamos andar muito depressa e devemos seguir sempre pela direita. Seremos educados para toda a gente. E, acima de tudo, prudentes.
Porque, na estrada, nunca estamos sós. E seria pena estragarmos uma tarde tão linda.
FIM DO LIVRO
Anita bem gostaria de passear de bicicleta nessa estrada.
Mas só tem um triciclo, que o pai lhe ofereceu quando era mais pequena e que já não é para o seu tamanho. Quando pedala, os joelhos batem no guiador.
Nem já pode ir para a escola neste triciclo.
- Tens de arranjar outro, Anita - diz o gatinho da directora.
- Importas-te de me emprestar a tua bicicleta? – pergunta Anita ao irmão. -Eu não ta estrago.
- Para quê? Nem sequer sabes andar!
- Mas aprendo! - responde Anita, vexada. Primeiro, montar na bicicleta não é nada fácil.
E, depois, é preciso prevenir a mamã.
Não seria bonito andar de bicicleta sem lhe dizer nada.
É melhor ir falar-lhe já.
A mamã acha bem que a Anita aprenda a andar de bicicleta. O avô Nicolau, que ouviu tudo, foi comprar uma às escondidas, para fazer uma surpresa em casa.
Vejam como é bonita a bicicleta da Anita! Como ela vai ficar contente!
Para aprender a andar de bicicleta, nada melhor que o quintal. Tem um carreiro bastante liso e’ sem curvas e não há perigo de ser atropelada.
- Não faças tanta força no guiador - diz o avô. - olha para a frente.
- Não me largues, não? - pede a Anita.
Com o avô, é formidável aprender a andar de bicicleta, não é verdade?
Agora, a Anita já é capaz de andar sozinha … Não acreditam? Claro que ela nunca se teria aventurado a ir à aldeia sem prevenir o avô. As ruas estão cheias de altos e baixos, e o caminho é sempre a descer …
Como é que isto pára?
Depois da curva é o pátio da quinta. Por sorte, a cancela estava aberta, senão Anita teria esbarrado nela.
- Atenção! - grita Anita, largando os pedais. - Atenção!
- Cuá, cuá, cuá! - grasnam os gansos.
- Salve-se quem puder! - diz a galinha preta. - Vai haver um desastre …
De repente, aparece um grande monte de palha. Anita larga o guiador e… catrapus!…
- Mas, é a Anita! - exclama o criado da quinta, muito surpreendido. - Deus queira que não tenha partido nenhuma perna!…
Felizmente não há ferimentos graves nem prejuízos materiais.
-Bem vês - diz o avô -, não se pode andar tão depressa. O mais importante é saber travar. Por exemplo: eu estou na estrada; se tu chegas e tens de travar de repente, deves saltar logo da bicicleta. É assim que se deve fazer.
Agora, a Anita já sabe andar bem. Mas o avô recomenda-lhe:
- Mesmo assim, nada de imprudências!
- Está bem - diz Anita. - Não passo do largo da aldeia.
No largo da aldeia, onde está o mercado, os amigos da Anita esperam por ela com impaciência.
- Que sorte, Anita, tens uma bicicleta nova!
Posso andar um bocadinho? Quando fores a minha casa, empresto-te a minha motorizada.
Depois do almoço, Anita e o avô vão dar um passeio de bicicleta ao campo. Há aí caminhos com muitos atalhos e campos a perder de vista. Pode-se andar horas a fio, com o vento a assobiar entre as grandes árvores. Pantufa diverte-se a saltar as poças de água. É tão agradável acompanhar Anita e o avô neste passeio de bicicleta. Mas não será imprudente meter-se à frente dela? Para a próxima, o Pantufa ficará em casa.
- Chegámos à ponte. Temos de parar no sinal vermelho. - Quando é que podemos passar?
- Quando o sinal passar a verde, claro! Isso vem explicado no Código da Estrada … Conheces o Código da Estrada? Não é difícil. Olha:
Vermelho: passagem proibida. Paragem obrigatória.
Verde: podes passar. Cruzamento.
Sentido proibido. Volto à direita.
Sentido obrigatório. Volto à esquerda.
- Ora esta! O pneu da frente está vazio
- diz Anita, preocupada. Felizmente o avô está ali. Em poucos minutos desmonta a roda.
- Vamos! É preciso reparar o furo antes do anoitecer.
- E agora, depressa, voltemos para casa.
Olha, um carro que vem em sentido contrário.
Naturalmente é o papá, que está preocupado por já ser tarde! Com certeza veio-ao encontro da Anita e do avô Nicolau.
É tão bom regressar a casa!
O avô senta-se no cadeirão. Pantufa salta para a cadeira do seu pequenino dono. O papá e a mamã já não estão preocupados.
- Descansa, avô - diz Anita -, vou tirar-te as botas. Não estás muito cansado?
- Assim-assim. E tu, Anita?
- Eu … tenho as pernas entorpecidas de ter pedalado tanto. Mas de qualquer maneira, foi uma bela passeata! …
No dia seguinte, a Anita limpa a bicicleta.
Os cromados brilham. Os pedais rodam bem.
Trrim, trrim ! - tilinta a campainha, alegremente.
- Tocaram! - diz a galinha, inclinando a cabeça.
- É a hora do almoço,
sem dúvida.
- Anita, importas-te que eu amarre o meu automóvel à tua bicicleta? – pergunta-lhe o irmão mais novo.
- Está bem, mas não vamos para a estrada, senão o avô fica zangado. Não vamos andar muito depressa e devemos seguir sempre pela direita. Seremos educados para toda a gente. E, acima de tudo, prudentes.
Porque, na estrada, nunca estamos sós. E seria pena estragarmos uma tarde tão linda.
FIM DO LIVRO