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Ambientalistas contra caulinos
DENISA SOUSA
As associações ambientalistas Quercus e a Geota apresentaram, em Vila Seca, um documento conjunto, onde se sistematiza ao pormenor os atropelos à lei cometidos na exploração de caulinos em Barcelos.
São várias páginas, que incluem o mais recente estudo feito por um hidrogeólogo, bem como todo o histórico fornecido pelo presidente da Junta, José Faria, que serão entregues com urgência no Ministério do Ambiente e Agência Portuguesa do Ambiente. O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, fundamenta-se nos resultados e não tem dúvidas: "nas explorações de Vila Seca e Milhazes, explora-se tudo menos caulinos".
"O que está a ser retirado são areias. Não há sondagens que mostrem ocorrências significativas de caulinos que justifiquem a exploração", revela. O hidrogeólogo Manuel Abrunhosa assinala no seu estudo a existência de apenas 9% de argila (sendo a totalidade caulinos ou não), contra uma percentagem altíssima de areias e cascalho. Algo que contraria os dados revelados pela empresa exploradora, a Mibal, que sempre declarou a existência de 20% de caulinos nas explorações.
O negócio "egoísta", contestado há vários anos pelo Poder Local e populações, sofre de vários males e causa outros, a nível ambiental e económico, vertidos com minúcia no estudo.
"A empresa, em 40 anos de actividade, não gerou riqueza nem postos de trabalho na região. A exploração não está prevista em Plano Director Municipal e foge ao estudo de impacte ambiental, contornando, grosseiramente, a lei, ao fornecer números inferiores a 5 hectares sobre a dimensão da exploração de Vila Seca", enumera ainda Francisco Ferreira.
"Não menos importante é a intolerável cumplicidade de uma Administração Pública que, em vez de zelar pela valorização e utilização apropriada dos recursos, opta por compactuar com processos ínvios que conduzem à apropriação ilícita de recursos que não têm condições para ser classificados no domínio público", continua.
À parte a providência cautelar e o processo em Tribunal, por acção dos contestatários locais, também alguns partidos têm tomado posições. Caso a tutela não responda uma vez mais, a Quercus vai recorrer à Comissão Europeia.
JN
DENISA SOUSA
As associações ambientalistas Quercus e a Geota apresentaram, em Vila Seca, um documento conjunto, onde se sistematiza ao pormenor os atropelos à lei cometidos na exploração de caulinos em Barcelos.
São várias páginas, que incluem o mais recente estudo feito por um hidrogeólogo, bem como todo o histórico fornecido pelo presidente da Junta, José Faria, que serão entregues com urgência no Ministério do Ambiente e Agência Portuguesa do Ambiente. O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, fundamenta-se nos resultados e não tem dúvidas: "nas explorações de Vila Seca e Milhazes, explora-se tudo menos caulinos".
"O que está a ser retirado são areias. Não há sondagens que mostrem ocorrências significativas de caulinos que justifiquem a exploração", revela. O hidrogeólogo Manuel Abrunhosa assinala no seu estudo a existência de apenas 9% de argila (sendo a totalidade caulinos ou não), contra uma percentagem altíssima de areias e cascalho. Algo que contraria os dados revelados pela empresa exploradora, a Mibal, que sempre declarou a existência de 20% de caulinos nas explorações.
O negócio "egoísta", contestado há vários anos pelo Poder Local e populações, sofre de vários males e causa outros, a nível ambiental e económico, vertidos com minúcia no estudo.
"A empresa, em 40 anos de actividade, não gerou riqueza nem postos de trabalho na região. A exploração não está prevista em Plano Director Municipal e foge ao estudo de impacte ambiental, contornando, grosseiramente, a lei, ao fornecer números inferiores a 5 hectares sobre a dimensão da exploração de Vila Seca", enumera ainda Francisco Ferreira.
"Não menos importante é a intolerável cumplicidade de uma Administração Pública que, em vez de zelar pela valorização e utilização apropriada dos recursos, opta por compactuar com processos ínvios que conduzem à apropriação ilícita de recursos que não têm condições para ser classificados no domínio público", continua.
À parte a providência cautelar e o processo em Tribunal, por acção dos contestatários locais, também alguns partidos têm tomado posições. Caso a tutela não responda uma vez mais, a Quercus vai recorrer à Comissão Europeia.
JN