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Alporquia

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A alporquia é um dos métodos de propagação vegetativa mais antigos. Indícios histórios mostram que os chineses já a utilizavam há 4 mil anos com sucesso. Devido ao fato de não ser tão agressivo como a estaquia, a alporquia é um método indicado para plantas que têm dificuldade de enraizar por estacas e para aquelas que queremos rejuvenescer. A alporquia é muito semelhante à mergulhia, diferindo desta por ser utilizada sem vergar os ramos até o solo, levando pelo contrário o solo até o ramo. A alporquia também pode ser chamada de mergulhia-aérea.
O método consiste em estimular o crescimento de raízes em um ramo ou no caule principal de uma planta, sem que esta seja separada da planta mãe. Desta forma, o ramo que está se desenvolvendo, continua sendo alimentado com seiva, sem sofrer com a desidratação e o enfraquecimento que geralmente acontecem na estaquia. Em larga escala, a alporquia é um método caro e de baixo rendimento, se comparado à estaquia, portanto é indicado apenas para plantas que têm dificuldade de se propagar por outros métodos.
A alporquia além de método de propagação, também é uma ótima maneira de rejuvenescer plantas que se desenvolveram demais em altura e apresentam caule compridos e desfolhados. A alporquia com esta finalidade é comum em Fícus, Dracenas, Crótons, Comigos-ninguém-pode, Filodendros, etc.

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Manutenção da Laranja

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Processo de Alporquia

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Recipiente para cobrir a alporquia de terra humida

Há duas principais maneiras de se fazer a alporquia. Uma destina-se principalmente a ramos herbáceos e semi-lenhosos, e consiste em se fazer um pequeno corte transversal no ramo, mantendo-se o corte aberto.
A outra é mais indicada para ramos lenhosos e trata-se de se fazer dois cortes circulares e paralelos e o descascaque do local, permanecendo um anel, chamado de anel de Malpighi. A diferença principal entre os métodos é que o primeiro não interrompe a circulação de seiva elaborada, sendo mais suave, e o segundo permite apenas a circulação de seiva bruta, interrompendo totalmente a passagem da seiva-elaborada. O anelamento também pode ser realizado através do amarrio de um arame metálico, chamado de “forca” ou “torniquete”. Pode-se fazer ainda um anel incompleto, com um pequeno segmento permitindo a passagem de seiva elaborada.
Após o corte, em qualquer um dos métodos, se procede à aproximação de musgo, esfagno ou outro substrato úmido, envolvendo bem o local, com a utilização ou não de hormônio enraizador no local do corte. Cobre-se então o substrato com plástico, preferencialmente escuro, amarrando-se em ambas as extremidades com barbante ou fita adesiva, sem apertar. Pode-se deixar um pequeno orifício na parte superior que permita regar o substrato.
Com o passar de algumas semanas ou meses, dependendo da espécie, as novas raízes já estarão bem formadas e o alporque poderá ser cortado, logo abaixo das raízes e replantado em um vaso. As raízes nesta fase, são muito finas e delicadas e ao se retirar o plástico, o pequeno torrão deve ser preservado. Após o plantio em vasos, as mudas assim formadas devem permanecer em estufa úmida até o completo enraizamento, antes do plantio no local definitivo.

Plantas indicadas para propagação por alporquia:

Azaléia
Bordos (Acer sp)
Cerejeira
Cipreste
Pitangueira
Romã
Jabuticabeira
Azevinho
Camélia
Laranjeira
Macieira
Nogueira-pecan
Pereira
Gardênia
Magnólia
Roseira
Dracenas
Comigo-ninguém-pode
Ficus
Filodendro
Monstera
Cróton
Falsa-arália
Tuias
Pinheiros
Texto: Raquel Patro​
Fotos: skillmind​
 
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