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Alexandre Frota: 'Fazer filme pornô foi o maior erro da minha vida'

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Ao contrário do que foi divulgado em uma nota de jornal, Alexandre Frota, 44 anos, não virou evangélico. Mas é, sim, um novo homem.

O actor acaba de assinar um contrato de três anos com a Record para ser supervisor do projecto “Bofe de Elite”, um quadro do “Show do Tom”, e também colaborar na parte artística da emissora, ao lado de Deto Costa.

A partir dessa guinada, na qual ele finalmente volta a ser contratado de uma emissora, Alexandre faz um balanço de sua vida e algumas considerações, como por exemplo, nunca mais fazer filme porno.

O actor considera que os 12 filmes desse estilo foram o maior erro de sua vida e um dos factores que atrasaram a retomada de sua carreira na televisão. “Este foi o maior erro da minha vida. Está certo que fiz pela necessidade do dinheiro. Mas falo com toda a certeza: nunca mais outra vez. Posso vir a passar fome, mas filme porno eu não faço mais”, sentencia ele, com seu jeito característico de falar. Agora, um pouco mais sereno. Fato que, segundo ele, é fruto de seu amadurecimento.

Você virou evangélico?
Essa notícia não tem fundamento. Divulgaram uma coisa errónea e atrasada. No início de Dezembro de 2007, acompanhei um amigo a uma série de visitas a locais como a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Igreja Bola de Neve, e a Igreja Universal. E agora, dois meses depois, apareceu essa história de que eu teria virado evangélico. Respeito todas as religiões, mas não quero que fique parecendo que estou me aproveitando de uma situação, porque assinei contrato com uma emissora.

Você pode contar qual foi o objectivo de você ter acompanhado esse amigo?
Ele é um grande amigo, é policial, e fez umas promessas. Ele pediu para que eu o acompanhasse. Tinha curiosidade de conhecer, do mesmo modo que, quando estive na Bahia, o Caetano Velosobuscar me levou ao terreiro da mãe Menininha do Gantois. Fui, mas sou católico.

Mas você é católico que segue os preceitos ou só de boca mesmo?
Para falar a verdade, não vou nem à igreja. A última vez foi agora, em dezembro, com esse meu amigo. Mas se tivesse virado evangélico, falaria. Não tenho vergonha nenhuma.

De algum modo, durante essa peregrinação, alguma coisa chamou sua atenção?
Acho que a coisa que mais me chama atenção, em qualquer religião, é a fé. Quando as pessoas têm fé e acreditam seja lá no que for, isso vale a pena.

Em algum momento a fé já te salvou?
Sempre me salvou. Já tive altos e baixos na minha carreira. Já conheci o sucesso, o fracasso e já fui muito criticado. Para passar por tudo o que já passei, e ainda hoje estar em pé, só tendo fé e acreditando em alguma coisa. Se não fosse a minha fé, não estaria aqui. Arrependo-me de muitas coisas, de ter sido impulsivo, fui muitas vezes mais emocional do que racional, e isso gerou uma série de desconfortos com amigos, familiares e no lado profissional. Se fosse hoje em dia, agiria de outra maneira. Mas não posso mudar o passado, só posso pedir desculpas.

A quem você pediria desculpas?
Já pedi ao Wolf Mayabuscar, ao Daniel Filhobuscar. Conversei com a Cláudia Raiabuscar e pedi desculpas sobre as coisas que falei da época em que fomos casados. Coisas que só interessavam a mim e a ela. Ela, faço questão de frisar, é superbem casada, tem uma família linda. Criei um desconforto no casamento dela. Já tive a oportunidade de falar com ela pessoalmente e pedir desculpas, mas publicamente essa é a primeira vez que faço isso.

Conseguiu pedir desculpas ao Wolf e ao Daniel?
Não. Até já encontrei com o Wolf, mas em situações que tinham outras pessoas e a gente não conseguiu conversar. Até nos falamos porque nossa história é grande, de sucesso. Tenho muitas saudades dos musicais que fazíamos, mas não consegui sentar e conversar com ele, não. Para o Daniel, mandei um e-mail há dois anos e ele me respondeu: “Que bom que o equilíbrio está chegando. Nunca é tarde para se equilibrar”. Acredito muito nisso. Todo mundo já errou, e nunca é tarde para reavaliar quem você é, e como você quer ser.

O que você acha que tem de bom e que está ajudando a retomar sua carreira?
Tenho muita disposição e vontade de trabalhar. Sou um cara que chega muito cedo para trabalhar, e que tem uma família que depende de mim. Tenho um filho de oito anos, o Mayã, que mora em Brasília, e minha namorada, a Natália, que está comigo há um ano e oito meses. Aproveitei bem os meus vinte e poucos anos, os meus trinta e poucos, e agora estou numa fase que sempre quis, mas não sabia que caminhos percorrer para chegar até ela. Encontrei na Record um respaldo para isso. Fiquei um ano e 10 meses trabalhando com o Márcio Garciabuscar e, se não fosse ele, teria ficado esquecido pela mídia. Agora, em Janeiro, veio o contrato de três anos para supervisionar o programa “Bofe de Elite”, dentro do “Show do Tom”, e também colaborando com a parte artística, e subordinado ao Deto Costa.

Os filmes pornos foram um erro?
Posso dizer que esse foi o maior erro da minha vida. Ta certo que eu fiz pela necessidade do dinheiro. Foi por que eu gostava de sexo? Foi também! Mas foi o erro da minha vida ter feito isso. Não posso voltar atrás e mudar o erro. Tá feito. Tá filmado. Mas falo com toda a certeza: nunca mais outra vez. Posso vir a passar fome, mas filme porno eu não faço mais.

Mas foi ruim por que atrasou ou impossibilitou outras coisas que você podia fazer na carreira?
Não gosto da palavra impossibilitou, mas atrasou a retomada ou a minha chegada nas coisas que eu estou vivendo hoje em dia, que é estar de volta a uma emissora e com contrato fixo.

Você se sente responsabilizado por ter aberto um filão de celebridades no porno?
Isso não. Cada um é dono de si e faz o que quer. O que sinto é que eu criei um desconforto muito grande para a minha família, amigos, perdi alguns amigos, trabalhos, deixei de fazer coisas que eu gostava como ir às festas porque as pessoas me olhavam diferente. A imprensa parece que esqueceu tudo o que fiz na minha carreira: as 12 novelas, minisséries, especiais, musicais pra Globo, apresentei o "Rock In Rio II". Também fiz filmes sérios como “Matou a Família e foi ao Cinema”, do Neville de Almeida. Mas parece que tudo o eu fiz se apagou completamente e só ficou o filme porno. Parece que eu nasci fazendo filme porno. Foi uma bandeira muito forte que me atrapalhou mais que me ajudou.

Que outros problemas os filmes te causaram?
Tive que deixar de frequentar alguns lugares porque minha figura não combinava mais. Posso ser amigo do presidente da Adidas. Ele me adora, a gente sai, curte churrasco de fim de semana na casa dele, mas publicamente ficava muito louco. Em um lançamento dos produtos da Adidas, por exemplo, não combinava minha imagem ali porque as pessoas não me associavam mais com a imagem de desportista, coisa que sempre fui.

Você recebeu proposta financeira para continuar no ramo do porno?
Fizeram proposta financeira, quando viram que eu não ia aceitar, lançaram no mercado uma história de que eu estava me preparando para abrir minha própria produtora. Uma bagunça.

Você se surpreendeu com o fato de uma emissora evangélica ter te aberto as portas?
Não me surpreendeu porque eu já tinha passado por aqui uma época, e acho que eles entenderam que eu não roubei, não matei, e que tenho potencial. Que posso criar, produzir, e que estou com vontade.

É um projecto voltar a fazer novela ou cinema?
Não crio mais expectativa. Não faço mais planos em relação à teledramaturgia. Se um dia aparecer um convite que seja bom para mim e para a emissora, não vou dizer que não farei. É uma coisa que sempre gostei e gosto, mas não é minha prioridade nesse momento. Minha prioridade é a área de direcção e criação de novos projectos e eventos.


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