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A actriz norte-americana Betty Garrett, estrela da Broadway que contracenou com Frank Sinatra em dois musicais, morreu no sábado, aos 91 anos.
Além dos dois filmes com Sinatra, Betty Garrett protagonizou ainda "Words and Music" ("Os Reis do Ritmo") e "Neptune's Daughter" ("A Filha de Neptuno"), em que cantou, com Red Skelton, a canção "Baby, It's Cold Outside", distinguida com um Óscar e que se tornou um "standard", cantado por estrelas como Ella Fitzgerald, Ray Charles, Dionne Warwick, Dean Martin, Tom Jones, Willie Nelson e Norah Jones, entre muitos outros.
Segundo indicou o filho, Garrett Parks, este domingo, a actriz morreu no sábado no Ronald Reagan UCLA Medical Center, em Los Angeles, provavelmente em consequência de um aneurisma na aorta.
Apesar dos 91 anos, Betty Garrett gozava de boa saúde. Na quarta-feira deu, como habitualmente, a sua aula de comédia musical no Theater West, a organização sem fins lucrativos que ajudou a fundar, mas na sexta-feira foi hospitalizada com problemas cardíacos.
Mais conhecida como a rapariga que estava apaixonada pelo tímido Sinatra em "Take Me Out to the Ballgame" ("A Linda Ditadora") e "On the Town" ("Um Dia em Nova Iorque"), ambos de 1949, Betty Garrett tornou-se mais tarde famosa na televisão com vários papéis em "sitcoms" da década de 1970, como "All in the Family" ("Uma Família às Direitas") e "Laverne and Shirley".
A sua carreira cinematográfica foi breve, sobretudo devido à caça às bruxas conduzida pelo Congresso norte-americano, que obrigou o seu marido, o actor Larry Parks, a depor em 1951 sobre a sua anterior filiação no Partido Comunista.
Parks tinha atingido o estrelato e obtido uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor pelo papel do cantor Al Jolson no filme de 1946 "The Jolson Story". Mas em 1951, foi intimado a depor perante a House of Un-American Activities Committee e ele admitiu ter aderido ao Partido Comunista em 1941 e ter saído em 1944 ou 1945.
Pressionado para nomear outros membros do partido, Parks pediu para não ser forçado "a chafurdar na lama como informador" e acedeu apenas a testemunhar em audiência.
Ainda fez mais um filme, "Love Is Better Than Ever", com Elizabeth Taylor, e depois a sua carreira cinematográfica acabou. "Foi um período negro e muito, muito disparatado. Destruiu muitas vidas e arruinou a carreira do meu marido", disse Betty Garrett em 1998.
Ela própria teve uma breve aproximação ao partido mas não foi chamada para depor, talvez porque - como argumentou - "estava grávida de nove meses do meu segundo filho e eles acharam que eu não seria uma boa testemunha".
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Além dos dois filmes com Sinatra, Betty Garrett protagonizou ainda "Words and Music" ("Os Reis do Ritmo") e "Neptune's Daughter" ("A Filha de Neptuno"), em que cantou, com Red Skelton, a canção "Baby, It's Cold Outside", distinguida com um Óscar e que se tornou um "standard", cantado por estrelas como Ella Fitzgerald, Ray Charles, Dionne Warwick, Dean Martin, Tom Jones, Willie Nelson e Norah Jones, entre muitos outros.
Segundo indicou o filho, Garrett Parks, este domingo, a actriz morreu no sábado no Ronald Reagan UCLA Medical Center, em Los Angeles, provavelmente em consequência de um aneurisma na aorta.
Apesar dos 91 anos, Betty Garrett gozava de boa saúde. Na quarta-feira deu, como habitualmente, a sua aula de comédia musical no Theater West, a organização sem fins lucrativos que ajudou a fundar, mas na sexta-feira foi hospitalizada com problemas cardíacos.
Mais conhecida como a rapariga que estava apaixonada pelo tímido Sinatra em "Take Me Out to the Ballgame" ("A Linda Ditadora") e "On the Town" ("Um Dia em Nova Iorque"), ambos de 1949, Betty Garrett tornou-se mais tarde famosa na televisão com vários papéis em "sitcoms" da década de 1970, como "All in the Family" ("Uma Família às Direitas") e "Laverne and Shirley".
A sua carreira cinematográfica foi breve, sobretudo devido à caça às bruxas conduzida pelo Congresso norte-americano, que obrigou o seu marido, o actor Larry Parks, a depor em 1951 sobre a sua anterior filiação no Partido Comunista.
Parks tinha atingido o estrelato e obtido uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor pelo papel do cantor Al Jolson no filme de 1946 "The Jolson Story". Mas em 1951, foi intimado a depor perante a House of Un-American Activities Committee e ele admitiu ter aderido ao Partido Comunista em 1941 e ter saído em 1944 ou 1945.
Pressionado para nomear outros membros do partido, Parks pediu para não ser forçado "a chafurdar na lama como informador" e acedeu apenas a testemunhar em audiência.
Ainda fez mais um filme, "Love Is Better Than Ever", com Elizabeth Taylor, e depois a sua carreira cinematográfica acabou. "Foi um período negro e muito, muito disparatado. Destruiu muitas vidas e arruinou a carreira do meu marido", disse Betty Garrett em 1998.
Ela própria teve uma breve aproximação ao partido mas não foi chamada para depor, talvez porque - como argumentou - "estava grávida de nove meses do meu segundo filho e eles acharam que eu não seria uma boa testemunha".
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