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A falta de descanso pode afetar tanto o corpo como a nossa capacidade de raciocinar. Dormir mal, além de causar complicações no dia a dia, pode desencadear algumas doenças.
A 'Sleep Foundation' relaciona este problema com complicações cardíacas, diabetes tipo 2, pressão alta, risco de obesidade, depressão e ansiedade.
Um cientista do sono, psicólogo e terapeuta com experiência no tratamento de insónias e distúrbios do sono, Merijn Van De Laar, explicou, numa entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto, como 'Dormir como um homem das cavernas', que é a técnica que diz que vai revolucionar a qualidade do sono e é também o nome do seu livro mais recente.
Como surgiu a ideia de voltar à forma como os nossos antepassados costumavam dormir?
O autor refere que a inspiração de voltar a práticas dos nossos antepassados surge da constatação do afastamento que criámos dos ritmos biológicos naturais. "Apesar dos confortos modernos, temos mais dificuldades do que nunca para dormir", enquanto os nossos antepassados, por outro lado, viviam sincronizados com a luz do dia, a temperatura e o ritmo social, mesmo sem se preocuparem com a qualidade do sono ou em ponderarem medicação que ajudasse a descansar.
O que significa, na prática, "dormir como os nossos antepassados"?
Não se trata de voltar a viver em cavernas ou usar peles de animais. Trata-se de recriar as condições naturais que permitem à nossa biologia fazer o que já sabe fazer. Na prática, isso significa:
Luz: receber luz solar natural no início do dia e diminuir a luz artificial à noite.
Temperatura: dormir num ambiente mais fresco, escuro e silencioso.
Rotina: ir para a cama e acordar em horários regulares, criando uma sensação de segurança e previsibilidade.
Conexão: partilhar momentos de calma ou reflexão antes de dormir.
Aceitar estar acordado como uma parte natural do nosso descanso noturno, desde que esses momentos de vigília não sejam agitados, mas repousantes.
O especialista diz que vê o sono como um ato natural de confiança, a forma do corpo dizer: "Agora podes relaxar" e acrescenta que é a forma mais poderosa e livre de recuperação que temos.
"Tento tratá-lo com respeito, em vez de tentar controlá-lo. O sono não é uma tarefa a ser aperfeiçoada, é algo a ser permitido. E essa é uma grande mudança: os nossos antepassados provavelmente não se esforçavam para dormir, simplesmente dormiam", refere o autor.
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