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A pecuária é incompatível com preservação da Amazónia
A pecuária é uma actividade incompatível com a conservação do meio ambiente, afirmou o activista da organização não-governamental Greenpeace, André Muggiati, ao anunciar os impactos causados pela criação de gado na região amazónica.
«A pecuária e a conservação ambiental não coexistem. Na Amazónia não existe nenhuma forma de pecuária sustentável«, criticou o ambientalista, referindo-se à maneira como ela é praticada actualmente, exigindo grandes extensões de terra.
A média para criação de gado é de um boi por hectare na região amazónica, onde se estima que existam mais de 70 milhões de cabeças de gado. «O que estamos a pedir é que se interrompa esse ciclo de expansão da pecuária sobre a floresta«, disse à Lusa Muggiati, destacando que cerca de 17 por cento da área de cobertura original da floresta já foi destruída.
Segundo o activista, praticamente 80 por cento das áreas desflorestadas na Amazónia são ocupadas pelo gado. O ambientalista adiantou à Lusa o que será tornado público a 29 de Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, que se inicia esta semana em Belém, no Pará
André Muggiati é coordenador de campanha da Amazónia do Greenpeace e irá anunciar o estudo «O rastro da pecuária na Amazónia« feito pela organização através de imagens de satélite tiradas principalmente no Estado do Mato Grosso.
Para Muggiati, a partir do levantamento é possível comprovar a tese de que «a maior parte das áreas já desmatadas da Amazónia está hoje ocupada por gado». O Mato Grosso é o maior criador de gado do país, assim como o maior produtor de soja. Este Estado tem «o maior desmatamento acumulado na região amazónica».
A estratégia de lançar o estudo no FSM é aproveitar a grande concentração de pessoas para «maximizar o impacto« na tentativa de que sejam implantadas políticas públicas que contenham a expansão desta actividade de forma predatória.
A 8ª edição do Fórum terá como principal foco as discussões sobre as crises financeira, climática e de governação global. O evento deverá reunir cerca de 120 mil pessoas de 130 países diferentes a partir de terça-feira.
Diário Digital / Lusa
A pecuária é uma actividade incompatível com a conservação do meio ambiente, afirmou o activista da organização não-governamental Greenpeace, André Muggiati, ao anunciar os impactos causados pela criação de gado na região amazónica.
«A pecuária e a conservação ambiental não coexistem. Na Amazónia não existe nenhuma forma de pecuária sustentável«, criticou o ambientalista, referindo-se à maneira como ela é praticada actualmente, exigindo grandes extensões de terra.
A média para criação de gado é de um boi por hectare na região amazónica, onde se estima que existam mais de 70 milhões de cabeças de gado. «O que estamos a pedir é que se interrompa esse ciclo de expansão da pecuária sobre a floresta«, disse à Lusa Muggiati, destacando que cerca de 17 por cento da área de cobertura original da floresta já foi destruída.
Segundo o activista, praticamente 80 por cento das áreas desflorestadas na Amazónia são ocupadas pelo gado. O ambientalista adiantou à Lusa o que será tornado público a 29 de Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, que se inicia esta semana em Belém, no Pará
André Muggiati é coordenador de campanha da Amazónia do Greenpeace e irá anunciar o estudo «O rastro da pecuária na Amazónia« feito pela organização através de imagens de satélite tiradas principalmente no Estado do Mato Grosso.
Para Muggiati, a partir do levantamento é possível comprovar a tese de que «a maior parte das áreas já desmatadas da Amazónia está hoje ocupada por gado». O Mato Grosso é o maior criador de gado do país, assim como o maior produtor de soja. Este Estado tem «o maior desmatamento acumulado na região amazónica».
A estratégia de lançar o estudo no FSM é aproveitar a grande concentração de pessoas para «maximizar o impacto« na tentativa de que sejam implantadas políticas públicas que contenham a expansão desta actividade de forma predatória.
A 8ª edição do Fórum terá como principal foco as discussões sobre as crises financeira, climática e de governação global. O evento deverá reunir cerca de 120 mil pessoas de 130 países diferentes a partir de terça-feira.
Diário Digital / Lusa