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A Multiplicidade do Vértice, de Picasso em exposição em Sines

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A Multiplicidade do Vértice, de Picasso em exposição em Sines

Cerca de 40 obras de Pablo Picasso, realizadas entre 1930 e 1970, vão poder ser apreciadas no Centro de Artes de Sines a partir de sexta-feira, numa exposição intitulada "A Multiplicidade do Vértice", anunciou hoje a instituição.

A mostra, patente ao público até 19 de Outubro, é inaugurada sexta-feira, às 19:00, reunindo trabalhos do artista espanhol que pertencem a colecções públicas e privadas da Extremadura (Espanha).

Comissariada por Pedro Pizarro, "A Multiplicidade do Vértice" realiza um percurso através da obra gráfica de Picasso (1881-1973) e das suas ilustrações para livros.

O Centro de Artes de Sines vai expor cerca de 40 obras realizadas pelo artista entre 1930 e 1970, nas técnicas de água-forte, aguarela e litografia.

Citado pela organização, Pedro Pizarro realça que o criador da linguagem cubista (juntamente com Braque), apesar de ter trabalhado com outras estéticas, "sempre foi fiel à representação de planos autónomos e independentes e à multiplicidade de olhares sobre um objecto".

Uma "multiplicidade de arestas a que podíamos chamar multiplicidade do vértice", acrescenta o comissário, garantindo que foi essa "visão polifórmica" que fez de Picasso "um dos mais originais criadores de todos os tempos".

"Isso pode apreciar-se na gravura, um meio em que se expressou em numerosas ocasiões", sustenta.

O pintor, natural de Málaga, também se identificou, em "inumeráveis ocasiões", com o espectáculo circense, cujas personagens representou "com frequência".

"A sua admiração foi tal que o poeta Jean Cocteau lhe ofereceu um fato de arlequim, que pode ser contemplado nos retratos que Picasso fez ao pintor Jacint Salvató, em 1923", relata Pedro Pizarro.

Todo esse "mundo de acrobatas, de bailarinas, de jogo, de mulheres" foi retratado por Picasso, em especial nas suas gravuras, assinala ainda o comissário da exposição.

Pablo Picasso, "salvo raras ocasiões, não foi um autor simbolista", sendo sim um "pintor do quotidiano", e a "desmistificação da beleza e do cânone estético" aparece no artista como "emblema de uma época de ruptura que destrói, acompanhando as duas Guerras Mundiais, alguns dos estigmas estéticos herdados do passado".

"Romper a simetria fazia parte da nova revolução estética" praticada por Picasso, que "não perseguia nem pretendia encontrar beleza, mas sensações, isto é, comunicação".

Segundo o comissário, num rápido apanhado de toda a obra do autor, "é evidente que não cria beleza, pelo menos no sentido mais tradicional ou clássico do termo (...). O que deseja Picasso é provocar".

A exposição em Sines resulta de uma parceria entre várias entidades, como os municípios de Sines e de Ponte de Sor, Fundação António Prates, Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporânea (MEIAC), de Badajoz, e a respectiva Associação de Amigos e Junta da Extremadura.





Fonte:Lusa
 
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