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A importância do intervalo entre gravidezes

Luana

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A importância do intervalo entre gravidezes


Prematuridade, problemas congénitos ou baixo peso à nascença são alguns dos maiores riscos de gestações muito próximas



Se o nascimento do seu bebé teve um impacto tão grande na sua vida que mal pode esperar para ter um segundo filho, é melhor respirar fundo e deixar passar mais algum tempo. Os resultados de um novo estudo, realizado em Israel, indicam que deve existir, pelo menos, um intervalo de meio ano entre o parto e uma gravidez seguinte. O melhor mesmo é deixar passar, pelo menos, 11 meses, antes de conceber novamente.



O trabalho do Centro Médico Shaare Zedek, localizado em Jerusalém, revelou que quando o espaço entre duas gravidezes é menor do que seis meses existe um risco acrescido do segundo bebé ser prematuro, ter problemas congénitos ou apresentar baixo peso à nascença.



«A recomendação, por sistema, de um intervalo mínimo representa um meio fácil, acessível e pouco dispendioso de melhorar a saúde dos recém-nascidos», considera a principal investigadora do estudo publicao no jornal Contraception, Sorina Grisaru-Granovsky.



São várias as teorias que procuram explicar este fenómeno, entre as quais a diminuição dos níveis de nutrientes no organismo da mãe durante as semanas iniciais da segunda gravidez, o desequilíbrio hormonal que caracteriza a fase do pós-parto e o eventual stresse ligado à amamentação.



Sorina Grisaru-Granovsky e a sua equipa socorreram-se da base nacional de dados demográficos de Israel e analisaram mais de 440 mil segundos nascimentos ocorridos no país entre 2000 e 2005. As hipóteses de terem partos pré-termo aumentaram 23 por cento nas mulheres que esperaram menos de seis meses, enquanto o risco de dar à luz um bebé pequeno para a idade gestacional à altura do parto aumentou 15 por cento.



Mais preocupante ainda, os cientistas determinaram que os riscos de morte neonatal aumentaram 64 por cento no grupo de mulheres que esperaram menos de seis meses e 22 por cento no grupo que esperou entre os seis e os 11 meses. Por outro lado, o risco de problemas congénitos eram 14 por cento maior nos casos de uma segunda gravidez menos de seis meses antes da primeira.




Texto: PAIS & Filhos
 
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