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100 mil euros para projecto de gestão das áreas marinhas
Galardão foi entregue pela Fundação Gulbenkian e pelo Oceanário de Lisboa
Um projecto para resolver conflitos entre a pesca comercial, a conservação da natureza e gerir de forma sustentável as três áreas marinhas protegidas nacionais foi premiado, esta terça-feira, com 100 mil euros, pela Fundação Gulbenkian e o Oceanário de Lisboa.
«O objectivo é estruturar um modelo de governância colaborativa entre os vários actores das áreas marinhas, sejam eles pescadores, praticantes de caça submarina, associações do porto, comunidades e autoridades locais, investigadores e entidades oficiais», explicou à agência Lusa a investigadora Lia Vasconcelos, que coordena o projecto.
Para esta professora do departamento de ciências e engenharia do ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa, «a fraca governância e a escassa participação dos actores locais» na gestão das áreas marinhas é «uma barreira» à sustentabilidade daquelas zonas protegidas.
Portugal continental tem três áreas marinhas protegidas: a Reserva Natural das Berlengas, criada em 1981, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina (1988) e o Parque Marinho Professor Luís Saldanha (Arrábida), a última a ser criada e o local escolhido para arrancar com este projecto de investigação.
«Esta área marinha foi escolhida para o projecto porque já tem uma série de conflitos, nomeadamente entre a conservação da natureza e a pesca comercial. Mas a ideia é usar esta área como protótipo e alargar o modelo de governância às outras áreas marinhas», adiantou Lia Vasconcelos.
A investigadora defende que «o diálogo é essencial para a sustentabilidade dos oceanos», assim como a participação activa dos vários intervenientes para assegurar uma troca eficiente de ideias e experiências, cooperação técnico-científica, integração de vários conhecimentos e boas práticas.
«A componente humana tem sido descurada, tem-se apostado mais na variante técnico-científica. Temos de tornar os actores mais agentes de mudança», defendeu.
A equipa que vai levar a cabo o projecto, composta por investigadores, especialistas em tecnologias de informação, em biodiversidade e conservação da natureza, conta apresentar um modelo de governância para as áreas marinhas dentro de dois anos.
«Em princípio, o projecto vai demorar dois anos e é composto por três fases: diagnóstico, estabelecimento de plataformas de partilha de dados e informação e, por fim, o desenvolvimento de uma proposta para um modelo de gestão colaborativa», precisou.
No valor de 100 mil euros, este galardão é uma iniciativa conjunta do Programa Gulbenkian Ambiente e do Oceanário de Lisboa, com o objectivo de estimular a sociedade civil a criar projectos para o desenvolvimento sustentável dos Oceanos.
IOL
Galardão foi entregue pela Fundação Gulbenkian e pelo Oceanário de Lisboa
Um projecto para resolver conflitos entre a pesca comercial, a conservação da natureza e gerir de forma sustentável as três áreas marinhas protegidas nacionais foi premiado, esta terça-feira, com 100 mil euros, pela Fundação Gulbenkian e o Oceanário de Lisboa.
«O objectivo é estruturar um modelo de governância colaborativa entre os vários actores das áreas marinhas, sejam eles pescadores, praticantes de caça submarina, associações do porto, comunidades e autoridades locais, investigadores e entidades oficiais», explicou à agência Lusa a investigadora Lia Vasconcelos, que coordena o projecto.
Para esta professora do departamento de ciências e engenharia do ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa, «a fraca governância e a escassa participação dos actores locais» na gestão das áreas marinhas é «uma barreira» à sustentabilidade daquelas zonas protegidas.
Portugal continental tem três áreas marinhas protegidas: a Reserva Natural das Berlengas, criada em 1981, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina (1988) e o Parque Marinho Professor Luís Saldanha (Arrábida), a última a ser criada e o local escolhido para arrancar com este projecto de investigação.
«Esta área marinha foi escolhida para o projecto porque já tem uma série de conflitos, nomeadamente entre a conservação da natureza e a pesca comercial. Mas a ideia é usar esta área como protótipo e alargar o modelo de governância às outras áreas marinhas», adiantou Lia Vasconcelos.
A investigadora defende que «o diálogo é essencial para a sustentabilidade dos oceanos», assim como a participação activa dos vários intervenientes para assegurar uma troca eficiente de ideias e experiências, cooperação técnico-científica, integração de vários conhecimentos e boas práticas.
«A componente humana tem sido descurada, tem-se apostado mais na variante técnico-científica. Temos de tornar os actores mais agentes de mudança», defendeu.
A equipa que vai levar a cabo o projecto, composta por investigadores, especialistas em tecnologias de informação, em biodiversidade e conservação da natureza, conta apresentar um modelo de governância para as áreas marinhas dentro de dois anos.
«Em princípio, o projecto vai demorar dois anos e é composto por três fases: diagnóstico, estabelecimento de plataformas de partilha de dados e informação e, por fim, o desenvolvimento de uma proposta para um modelo de gestão colaborativa», precisou.
No valor de 100 mil euros, este galardão é uma iniciativa conjunta do Programa Gulbenkian Ambiente e do Oceanário de Lisboa, com o objectivo de estimular a sociedade civil a criar projectos para o desenvolvimento sustentável dos Oceanos.
IOL