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“Sou um violador”: Marido que recrutou homens para violar a mulher admitiu crimes e pediu desculpa à ex-companheira
Dominique Pélicot revelou ter sido abusado sexualmente na juventude.
“Sou um violador como todos os que estão nesta sala. Todos eles sabiam, não podem dizer o contrário”, disse Dominique Pélicot esta terça-feira em tribunal, referindo-se aos outros 50 arguidos acusados de terem violado Gisèle Pélicot. O homem, de 71 anos, drogou a agora ex-mulher, Gisèle, durante quase dez anos, para a violar e recrutou dezenas de homens na Internet para fazerem o mesmo. “Sou culpado do que fiz. Peço à minha mulher, aos meus filhos e aos meus netos que aceitem as minhas desculpas. Peço-lhes perdão, mesmo que não seja aceitável”, afirmou.
Perante o Tribunal Penal de Vaucluse, em Avignon, Pélicot disse que a ex-mulher não merecia passar pelo que passou e admitiu nunca ter tocado nos três filhos. Revelou, ainda, que sempre teve traumas por ter sido violado na juventude. “Não se nasce assim, tornamo-nos assim”, disse em lágrimas, acrescentando que aguentou por 40 anos e foi “muito feliz” com Gisèle, porque ela era o oposto da sua mãe, “totalmente submissa”.
O julgamento começou a 2 de setembro, mas desde dia 11 que Dominique, o principal acusado, não comparecia no tribunal por questões de saúde. O seu testemunho é crucial para o caso dos outros homens acusados de violarem Gisèle Pélicot. Nos próximos dias, deverão começar a ser ouvidos alguns dos arguidos. Dezoito dos acusados, entre os quais Dominique Pélicot, estão em prisão preventiva. Outros 32 continuam em liberdade, enquanto um está dado como fugitivo e será julgado à revelia. O caso tornou-se muito mediático e deverá durar vários meses. Quando a sessão desta terça-feira terminou, os acusados saíram todos de máscara e alguns de cara tapada, com exceção de Dominique Pélicot. No exterior do tribunal, várias pessoas filmaram-nos com os telemóveis e pediram que que mostrassem a cara e assumissem o que fizeram.
Os abusos foram descobertos em setembro de 2020, quando Dominique Pélicot foi detido pelos seguranças de um supermercado depois de três mulheres o terem denunciado por ter tentado filmar por debaixo das suas saias.
Ao investigar o seu telemóvel e computador, a polícia encontrou centenas de vídeos e fotografias que mostravam Pélicot e cerca de 50 outros homens a abusarem de Gisèle enquanto ela estava inconsciente. Também havia fotografias da filha do arguido principal e das suas duas noras, algumas delas nuas e tiradas sem o conhecimento delas.
CAIXA DE VIDRO
Dominique Pélicot entrou na sala de audiências com uma bengala, sentou-se no banco dos réus - uma poltrona mais confortável para que possa acompanhar as próximas sessões - e ficou dentro de uma caixa de vidro.
20 MIL IMAGENS
Pélicot diz que as fotografias e vídeos da mulher a ser violada foram feitos por “prazer”, mas também “como garantia”, pois, “hoje, é graças aos vídeos que conseguimos encontrar as pessoas que participaram nisto”.
Correio da Manhã
Dominique Pélicot revelou ter sido abusado sexualmente na juventude.
“Sou um violador como todos os que estão nesta sala. Todos eles sabiam, não podem dizer o contrário”, disse Dominique Pélicot esta terça-feira em tribunal, referindo-se aos outros 50 arguidos acusados de terem violado Gisèle Pélicot. O homem, de 71 anos, drogou a agora ex-mulher, Gisèle, durante quase dez anos, para a violar e recrutou dezenas de homens na Internet para fazerem o mesmo. “Sou culpado do que fiz. Peço à minha mulher, aos meus filhos e aos meus netos que aceitem as minhas desculpas. Peço-lhes perdão, mesmo que não seja aceitável”, afirmou.
Perante o Tribunal Penal de Vaucluse, em Avignon, Pélicot disse que a ex-mulher não merecia passar pelo que passou e admitiu nunca ter tocado nos três filhos. Revelou, ainda, que sempre teve traumas por ter sido violado na juventude. “Não se nasce assim, tornamo-nos assim”, disse em lágrimas, acrescentando que aguentou por 40 anos e foi “muito feliz” com Gisèle, porque ela era o oposto da sua mãe, “totalmente submissa”.
O julgamento começou a 2 de setembro, mas desde dia 11 que Dominique, o principal acusado, não comparecia no tribunal por questões de saúde. O seu testemunho é crucial para o caso dos outros homens acusados de violarem Gisèle Pélicot. Nos próximos dias, deverão começar a ser ouvidos alguns dos arguidos. Dezoito dos acusados, entre os quais Dominique Pélicot, estão em prisão preventiva. Outros 32 continuam em liberdade, enquanto um está dado como fugitivo e será julgado à revelia. O caso tornou-se muito mediático e deverá durar vários meses. Quando a sessão desta terça-feira terminou, os acusados saíram todos de máscara e alguns de cara tapada, com exceção de Dominique Pélicot. No exterior do tribunal, várias pessoas filmaram-nos com os telemóveis e pediram que que mostrassem a cara e assumissem o que fizeram.
Os abusos foram descobertos em setembro de 2020, quando Dominique Pélicot foi detido pelos seguranças de um supermercado depois de três mulheres o terem denunciado por ter tentado filmar por debaixo das suas saias.
Ao investigar o seu telemóvel e computador, a polícia encontrou centenas de vídeos e fotografias que mostravam Pélicot e cerca de 50 outros homens a abusarem de Gisèle enquanto ela estava inconsciente. Também havia fotografias da filha do arguido principal e das suas duas noras, algumas delas nuas e tiradas sem o conhecimento delas.
CAIXA DE VIDRO
Dominique Pélicot entrou na sala de audiências com uma bengala, sentou-se no banco dos réus - uma poltrona mais confortável para que possa acompanhar as próximas sessões - e ficou dentro de uma caixa de vidro.
20 MIL IMAGENS
Pélicot diz que as fotografias e vídeos da mulher a ser violada foram feitos por “prazer”, mas também “como garantia”, pois, “hoje, é graças aos vídeos que conseguimos encontrar as pessoas que participaram nisto”.
Correio da Manhã