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Uma jovem de 28 anos foi obrigada a dar à luz em plena rua do Carregado depois de os serviços de emergência médica terem falhado, revelou esta terça-feira o ‘Correio da Manhã’. “Liguei para a linha da Saúde 24 para mandarem uma ambulância, mandaram-nos ir de carro” explicou Isabel Moreira, mãe de Soraia, uma doente de risco e grávida de 40 semanas e cinco dias, que depois de uma ida à pastelaria com os pais começou a ter contrações. “Telefonei, então, para o 112 a pedir ajuda, mas demoraram imenso tempo a atender. Falaram em inglês, eu já não estava a perceber nada”, apontou.
Esta segunda-feira, pelas 10h30, Soraia foi ajudada pelos pais a dar à luz num passeio da cidade. Durante a gravidez foi seguida no Centro de Saúde de Alenquer e fez um pedido, há cerca de três semanas, para passar para a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.
“A médica ligou à minha filha, há umas duas semanas, a dizer que o pedido tinha sido recusado, que não sabia o que fazer, porque tinha muitas grávidas em fim de gestação e não tinha para onde as mandar. Os serviços ou estão fechados ou a recusar mais grávidas”, frisou Isabel Moreira.
O parto foi feito no meio da rua, com o apoio de moradores e lojistas da zona, que auxiliaram da forma possível, com toalhas e panos. “Tivemos sorte, porque depois, quando a nossa neta já estava cá fora, apareceu uma senhora na rua, que era enfermeira, e ainda um médico, que vivia no prédio ao lado. Foram eles que as assistiram, mas fomos nós, os avós, que trouxemos a nossa neta ao mundo”, disse.
A mãe e a bebé, chamada Serena, foram encaminhadas de ambulância para o Hospital de Santarém, onde estão internadas. “Acho inadmissível que situações destas aconteçam. No caso da minha filha e da minha neta correu bem, mas podia ter corrido mal. Tudo porque o Serviço Nacional de Saúde está neste caos”, reforçou.
De acordo com o jornal diário, em 2025 já nasceram 48 bebés em ambulâncias dos bombeiros, face aos encerramentos sucessivos de várias emergências hospitalares de Obstetrícia e Ginecologia.
IN:EXCUTIVE DIGEST