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Época chuvosa ameaça 1.800 famílias em província moçambicana
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo.
O administrador do distrito de Cuamba, província de Niassa, admitiu esta segunda-feira que cerca de 1.800 famílias deverão ser afetadas na presente época chuvosa e ciclónica, que se prolonga até abril, naquela região do norte de Moçambique.
"Estamos a emitir comunicados de forma que a população possa se precaver dessas situações. Estamos na fase de chuva e as pessoas devem estar mais precavidas. Recomendamos sempre à nossa população para evitar atravessar os rios enquanto estão cheios, porque sabemos muito bem que no passado tivemos situações de pessoas que quiseram desafiar e tivemos situações não muito boas", disse João Manguinji.
Em causa estão as populações dos postos administrativos de Lúrio, Etatara, Mepica, incluindo parte dos bairros da área municipal, no distrito de Cuamba, indicou o administrador, acrescentando que o uso de canoas impróprias, neste período, também tem originado incidentes.
"Há pessoas que utilizam canoas, sabendo que as canoas que não estão em condições para levar famílias de uma margem para outra, causando situações não muito boas", avançou.
O administrador explicou ainda que já foram identificados locais para o reassentamento dos possíveis afetados nesta época das chuvas, a nível local.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha todos os eventos extremos desde 2019, e respetivas consequências, acrescentando que estes provocaram, ainda, no mesmo período de quatro anos, 2.936 feridos.
A província de Sofala, no centro de Moçambique, foi a mais atingida por um único evento, com o ciclone Idai, em 2019, a provocar 403 mortos - dos 603 que provocou em todo o país -, afetando 1.190.594 pessoas e deixando ferimentos em 1.597.
Ainda devido ao ciclone Idai, seguiu-se a província de Manica, com 262.890 afetadas, 185 mortos e 23 feridos.
O relatório aponta ainda, em 2021, chuvas, ventos e descargas atmosféricas que provocaram 30 mortos, seguindo-se, em 2022, a tempestade tropical Ana, que afetou 186.739 pessoas, incluindo 21 mortos, o ciclone tropical Gombe, que provocou 61 mortos, afetou 755.166 pessoas e feriu 117, entre outros eventos climáticos extremos.
Em 2023, chuvas intensas, ventos fortes, inundações e cheias, incêndios e descargas atmosféricas afetaram em todo o país 76.359 pessoas, provocando 105 mortos e 74 feridos.
A última época de chuvas em Moçambique, iniciada em outubro de 2023, afetou cerca de 240 mil pessoas, destruindo totalmente mais de 1.800 casas, segundo dados apresentados em junho pelo Governo.
"Em todo o território nacional foram afetadas cerca de 240 mil pessoas, afetou mais 34 mil casas, mais de 5.000 parcialmente destruídas e cerca de 1.800 totalmente destruídas", avançou o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.
Correio da Manhã
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo.
O administrador do distrito de Cuamba, província de Niassa, admitiu esta segunda-feira que cerca de 1.800 famílias deverão ser afetadas na presente época chuvosa e ciclónica, que se prolonga até abril, naquela região do norte de Moçambique.
"Estamos a emitir comunicados de forma que a população possa se precaver dessas situações. Estamos na fase de chuva e as pessoas devem estar mais precavidas. Recomendamos sempre à nossa população para evitar atravessar os rios enquanto estão cheios, porque sabemos muito bem que no passado tivemos situações de pessoas que quiseram desafiar e tivemos situações não muito boas", disse João Manguinji.
Em causa estão as populações dos postos administrativos de Lúrio, Etatara, Mepica, incluindo parte dos bairros da área municipal, no distrito de Cuamba, indicou o administrador, acrescentando que o uso de canoas impróprias, neste período, também tem originado incidentes.
"Há pessoas que utilizam canoas, sabendo que as canoas que não estão em condições para levar famílias de uma margem para outra, causando situações não muito boas", avançou.
O administrador explicou ainda que já foram identificados locais para o reassentamento dos possíveis afetados nesta época das chuvas, a nível local.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha todos os eventos extremos desde 2019, e respetivas consequências, acrescentando que estes provocaram, ainda, no mesmo período de quatro anos, 2.936 feridos.
A província de Sofala, no centro de Moçambique, foi a mais atingida por um único evento, com o ciclone Idai, em 2019, a provocar 403 mortos - dos 603 que provocou em todo o país -, afetando 1.190.594 pessoas e deixando ferimentos em 1.597.
Ainda devido ao ciclone Idai, seguiu-se a província de Manica, com 262.890 afetadas, 185 mortos e 23 feridos.
O relatório aponta ainda, em 2021, chuvas, ventos e descargas atmosféricas que provocaram 30 mortos, seguindo-se, em 2022, a tempestade tropical Ana, que afetou 186.739 pessoas, incluindo 21 mortos, o ciclone tropical Gombe, que provocou 61 mortos, afetou 755.166 pessoas e feriu 117, entre outros eventos climáticos extremos.
Em 2023, chuvas intensas, ventos fortes, inundações e cheias, incêndios e descargas atmosféricas afetaram em todo o país 76.359 pessoas, provocando 105 mortos e 74 feridos.
A última época de chuvas em Moçambique, iniciada em outubro de 2023, afetou cerca de 240 mil pessoas, destruindo totalmente mais de 1.800 casas, segundo dados apresentados em junho pelo Governo.
"Em todo o território nacional foram afetadas cerca de 240 mil pessoas, afetou mais 34 mil casas, mais de 5.000 parcialmente destruídas e cerca de 1.800 totalmente destruídas", avançou o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.
Correio da Manhã