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- Abr 25, 2007
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ISTO JÁ É O PARTO?
Até aos quatro centímetros de dilatação, as recomendações são para ficar em casa. A esta fase do parto chama-se pré-parto ou fase latente e, numa gravidez normal, em que tudo esteja a correr nem, não há nada que se possa fazer na maternidade para ajudar o bebé a sair.
O melhor é estar em família, confortável, o mais descontraída possível, para que a ocitocina natural possa fazer o seu trabalho e ajudar o útero a contrair. Esta fase costuma ser a mais longa do parto, mas também a menos intensa. Pode começar sem que se dê conta, sem dores, alguns dias ou até semanas antes. Ou pode durar algumas (às vezes muitas) horas e notar-se perfeitamente, com contracções ligeiras e espaçadas mais de 20 minutos. Todas as mulheres são diferentes.
À primeira contracção, o normal é surgir a dúvida: é isto? Já estou em trabalho de parto? A dor será semelhante à de uma cólica menstrual. A sensação será precisamente de contracção na barriga, como se fi casse dura. É o útero a contrair-se. Se não se repetir em breve, podem ser apenas as contracções de Braxton-Hicks, que não são sinal de parto, mas sim uma espécie de treino do útero para as verdadeiras contracções. Essas, as verdadeiras, são mais prolongadas, mais intensas e vão-se tornando mais frequentes e mais dolorosas com o passar do tempo. É normal não distinguir umas das outras, por isso, à primeira contracção, a atitude certa é manter a calma e esperar. Só quando começarem a ter intervalos de quatro minutos, deve pensar em ir para o hospital (o tempo entre contracções conta-se desde o início de uma ao início da outra). Entretanto, o seu corpo irá trabalhando, dilatando, abrindo, ajudando o bebé a descer.
E QUE FAÇO EM CASA?
Se for de noite, tente dormir. Nesta fase, é importante descansar o mais possível, poupando forças para quando chegar a parte difícil. Deite-se, de preferência sobre o lado esquerdo, a posição que mais facilita a dilatação, pois optimiza o afluxo de sangue e de nutrientes à placenta. Mesmo que não consiga alcançar um sono pesado, deixe-se ir «passando pelas brasas». Qualquer minuto de repouso será precioso para o trabalho árduo que se segue.
A vantagem de estar em casa é ser muito mais fácil relaxar, ainda que continue a ser complicado serenar os pensamentos, sabendo que o bebé está prestes, prestes a nascer. O truque é manter-se entretida, para que a cabeça não atrapalhe o corpo.
Continuar a rotina do dia-a-dia ajuda a tranquilizar. Faça o que tinha planeado, mas não se afaste muito de casa. Num primeiro parto, nunca se sabe. Às vezes, os quatro centímetros chegam depressa e, nessa altura, as contracções já podem ser mais dolorosas. Em casa, há sempre mais recursos para aliviar a dor: música agradável, luz a gosto, os nossos cheiros.
E pode:
■ Tomar um banho ou duche morno. Ajuda a relaxar, alivia as dores e favorece a dilatação.
■ Muitas mulheres optam por cozinhar quando estão em pré-parto. Porque não fazer bolos ou bolachas para levar para o hospital? Sempre é um bocadinho de casa que vai consigo e saberá bem saborear um lanche caseiro depois do esforço do parto.
■ Fazer actividades que a aproximem do bebé: dar os últimos retoques no quarto, ver se falta alguma coisa na mala que levará para a maternidade, tirar fotografi as à barriga, despedir-se da barriga, pois irá ter saudades.
■ Fazer coisas que provavelmente não fará tão cedo: ver um filme, ler um livro, sentar-se no sofá.
■ Ir as vezes que forem precisas à casa-de-banho. Quanto mais espaço livre houver mais fácil será para o bebé fazer o caminho.
■ Usar todas as técnicas de relaxamento que souber e que se lembrar: respiração, meditação, visualização. Aproveite o momento, sinta a felicidade de estar quase a chegar à meta.
E QUANDO VOU PARA O HOSPITAL?
Ir para o hospital muito cedo pode gerar ansiedade na grávida e levar a intervenções desnecessárias por parte dos profi ssionais de saúde (ocitocina artificial, monitorização fetal). O ambiente médico, aliado ao facto de ter de trocar a sua roupa por uma bata, de (em alguns hospitais) não poder comer, nem beber, e (também em alguns hospitais) não poder ter um acompanhante ao lado nesta fase em nada contribuem para o relaxamento necessário à dilatação. O conforto de um hospital, por muito hoteleiro que seja, não se compara ao da nossa casa. Para saber quando está na altura de deixar o ninho pode usar o método «411»: significa contracções de quatro em quatro minutos, com duração de um minuto, durante uma hora. Começa a fase activa do trabalho de parto, começa o bebé a descer pelo canal vaginal. Se o hospital for longe (mais de meia hora de caminho) convém ir mais cedo. Mas, a não ser em casos excepcionais, não é preciso ir a correr. Se se sentir bem e confiante, até pode ficar mais tempo em casa. Nesta fase, o normal em primeiros filhos é que o útero dilate cerca de um centímetro por hora. Se estiver mesmo com quatro dedos de dilatação, ainda tem, pelo menos, seis horas pela frente….
NÃO FIQUE EM CASA SE:
■ Não sentir o bebé durante 12 horas. Mas primeiro tente estimulá-lo comendo algo doce, mexendo-se ou falando com ele.
■ Tiver uma hemorragia vaginal considerável. Pequenas perdas de sangue são normais durante a gravidez, mas se for em grande quantidade pode signifi car alguma complicação, habitualmente com a placenta.
■ Se a bolsa de águas rebentar, mesmo que não tenha dores. Se o líquido for claro e inodoro não é preciso ir logo para o hospital, mas é conveniente falar com o médico.
FASES DO PARTO
Primeira fase
■ Fase latente (ou pré-parto): até aos quatro centímetros de dilatação; as contracções vão sendo mais fortes e ritmadas. Pode durar até 20 horas.
■ Fase activa: dos quatro aos dez centímetros; descida do bebé pelo canal vaginal; as contracções tornam-se mais intensas. Habitualmente dura sete a oito horas. Em média, o útero dilata um centímetro por hora.
Segunda fase
■ Período expulsivo: desde que o útero atinge os dez centímetros de dilatação até ao nascimento do bebé; a mãe começa a sentir vontade de fazer força. Pode durar entre 45 e 60 minutos num primeiro parto e entre 15 a 20 nos restantes.
Terceira fase
■ Dequitadura: expulsão da placenta. Demora cerca de 30 minutos.
in Pais e Filhos
Até aos quatro centímetros de dilatação, as recomendações são para ficar em casa. A esta fase do parto chama-se pré-parto ou fase latente e, numa gravidez normal, em que tudo esteja a correr nem, não há nada que se possa fazer na maternidade para ajudar o bebé a sair.
O melhor é estar em família, confortável, o mais descontraída possível, para que a ocitocina natural possa fazer o seu trabalho e ajudar o útero a contrair. Esta fase costuma ser a mais longa do parto, mas também a menos intensa. Pode começar sem que se dê conta, sem dores, alguns dias ou até semanas antes. Ou pode durar algumas (às vezes muitas) horas e notar-se perfeitamente, com contracções ligeiras e espaçadas mais de 20 minutos. Todas as mulheres são diferentes.
À primeira contracção, o normal é surgir a dúvida: é isto? Já estou em trabalho de parto? A dor será semelhante à de uma cólica menstrual. A sensação será precisamente de contracção na barriga, como se fi casse dura. É o útero a contrair-se. Se não se repetir em breve, podem ser apenas as contracções de Braxton-Hicks, que não são sinal de parto, mas sim uma espécie de treino do útero para as verdadeiras contracções. Essas, as verdadeiras, são mais prolongadas, mais intensas e vão-se tornando mais frequentes e mais dolorosas com o passar do tempo. É normal não distinguir umas das outras, por isso, à primeira contracção, a atitude certa é manter a calma e esperar. Só quando começarem a ter intervalos de quatro minutos, deve pensar em ir para o hospital (o tempo entre contracções conta-se desde o início de uma ao início da outra). Entretanto, o seu corpo irá trabalhando, dilatando, abrindo, ajudando o bebé a descer.
E QUE FAÇO EM CASA?
Se for de noite, tente dormir. Nesta fase, é importante descansar o mais possível, poupando forças para quando chegar a parte difícil. Deite-se, de preferência sobre o lado esquerdo, a posição que mais facilita a dilatação, pois optimiza o afluxo de sangue e de nutrientes à placenta. Mesmo que não consiga alcançar um sono pesado, deixe-se ir «passando pelas brasas». Qualquer minuto de repouso será precioso para o trabalho árduo que se segue.
A vantagem de estar em casa é ser muito mais fácil relaxar, ainda que continue a ser complicado serenar os pensamentos, sabendo que o bebé está prestes, prestes a nascer. O truque é manter-se entretida, para que a cabeça não atrapalhe o corpo.
Continuar a rotina do dia-a-dia ajuda a tranquilizar. Faça o que tinha planeado, mas não se afaste muito de casa. Num primeiro parto, nunca se sabe. Às vezes, os quatro centímetros chegam depressa e, nessa altura, as contracções já podem ser mais dolorosas. Em casa, há sempre mais recursos para aliviar a dor: música agradável, luz a gosto, os nossos cheiros.
E pode:
■ Tomar um banho ou duche morno. Ajuda a relaxar, alivia as dores e favorece a dilatação.
■ Muitas mulheres optam por cozinhar quando estão em pré-parto. Porque não fazer bolos ou bolachas para levar para o hospital? Sempre é um bocadinho de casa que vai consigo e saberá bem saborear um lanche caseiro depois do esforço do parto.
■ Fazer actividades que a aproximem do bebé: dar os últimos retoques no quarto, ver se falta alguma coisa na mala que levará para a maternidade, tirar fotografi as à barriga, despedir-se da barriga, pois irá ter saudades.
■ Fazer coisas que provavelmente não fará tão cedo: ver um filme, ler um livro, sentar-se no sofá.
■ Ir as vezes que forem precisas à casa-de-banho. Quanto mais espaço livre houver mais fácil será para o bebé fazer o caminho.
■ Usar todas as técnicas de relaxamento que souber e que se lembrar: respiração, meditação, visualização. Aproveite o momento, sinta a felicidade de estar quase a chegar à meta.
E QUANDO VOU PARA O HOSPITAL?
Ir para o hospital muito cedo pode gerar ansiedade na grávida e levar a intervenções desnecessárias por parte dos profi ssionais de saúde (ocitocina artificial, monitorização fetal). O ambiente médico, aliado ao facto de ter de trocar a sua roupa por uma bata, de (em alguns hospitais) não poder comer, nem beber, e (também em alguns hospitais) não poder ter um acompanhante ao lado nesta fase em nada contribuem para o relaxamento necessário à dilatação. O conforto de um hospital, por muito hoteleiro que seja, não se compara ao da nossa casa. Para saber quando está na altura de deixar o ninho pode usar o método «411»: significa contracções de quatro em quatro minutos, com duração de um minuto, durante uma hora. Começa a fase activa do trabalho de parto, começa o bebé a descer pelo canal vaginal. Se o hospital for longe (mais de meia hora de caminho) convém ir mais cedo. Mas, a não ser em casos excepcionais, não é preciso ir a correr. Se se sentir bem e confiante, até pode ficar mais tempo em casa. Nesta fase, o normal em primeiros filhos é que o útero dilate cerca de um centímetro por hora. Se estiver mesmo com quatro dedos de dilatação, ainda tem, pelo menos, seis horas pela frente….
NÃO FIQUE EM CASA SE:
■ Não sentir o bebé durante 12 horas. Mas primeiro tente estimulá-lo comendo algo doce, mexendo-se ou falando com ele.
■ Tiver uma hemorragia vaginal considerável. Pequenas perdas de sangue são normais durante a gravidez, mas se for em grande quantidade pode signifi car alguma complicação, habitualmente com a placenta.
■ Se a bolsa de águas rebentar, mesmo que não tenha dores. Se o líquido for claro e inodoro não é preciso ir logo para o hospital, mas é conveniente falar com o médico.
FASES DO PARTO
Primeira fase
■ Fase latente (ou pré-parto): até aos quatro centímetros de dilatação; as contracções vão sendo mais fortes e ritmadas. Pode durar até 20 horas.
■ Fase activa: dos quatro aos dez centímetros; descida do bebé pelo canal vaginal; as contracções tornam-se mais intensas. Habitualmente dura sete a oito horas. Em média, o útero dilata um centímetro por hora.
Segunda fase
■ Período expulsivo: desde que o útero atinge os dez centímetros de dilatação até ao nascimento do bebé; a mãe começa a sentir vontade de fazer força. Pode durar entre 45 e 60 minutos num primeiro parto e entre 15 a 20 nos restantes.
Terceira fase
■ Dequitadura: expulsão da placenta. Demora cerca de 30 minutos.
in Pais e Filhos