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Existem comprimidos que podem ser complicados tomar de uma vez só. Em alguns casos, acaba por parti-los em pedaços mais pequenos para conseguir ingerir. Ainda assim, será boa ideia partir os medicamentos quando não os consegue tomar inteiros?
A verdade é que, em alguns casos, não existe problema e o efeito acaba por não ser alterado. Por outro lado, existem alguns fármacos em que convém não fazê-lo pois pode comprometer a sua eficácia.
Será boa ideia partir os medicamentos?
"Em alguns casos é possível contornar este problema, utilizando outra forma farmacêutica que facilite a deglutição, como soluções orais, comprimidos efervescentes ou granulados para suspensão oral. Contudo, quando estas alternativas não estão disponíveis, partir a medicação torna-se numa opção que permite facilitar este processo", explica a Ordem dos Farmacêuticos.
Deve sempre consultar o seu profissional de saúde antes de partir qualquer medicamento. Contudo, na maioria dos casos, os comprimidos que tenham uma pequena linha ao meio podem ser divididos sem qualquer problema.
“Uma vez que mostra exatamente onde o comprimido deverá ser partido; todavia, não assuma que todos os comprimidos com ranhura podem ser fracionados. Fale primeiro com o seu farmacêutico”, continua a Ordem.
Esta é uma ação que não pode ser feita a todo o tipo de medicamentos, daí que é sempre importante falar com o seu profissional de saúde e também ler o folheto informativo. "Alguns comprimidos não são, de uma forma geral, passíveis de ser partidos, pois o seu fracionamento pode resultar na administração de doses incorretas, alterações das suas características, produção de efeitos irritantes para o organismo ou perda de eficácia."
Os comprimidos que nunca deve partir ou manipular
É o caso, por exemplo, de medicamentos com película. "O revestimento pode ser utilizado por razões diversas, nomeadamente, para mascarar o gosto ou o odor, pelo que se o comprimido for fracionado, pode resultar num sabor intolerável." Por outro lado, evite partir medicamentos que sejam assimétricos, já que pode resultar em doses diferentes do medicamento.
Existem ainda os medicamentos de libertação modificada, que "resultam de um processo específico e/ou método de fabrico especial, de forma que a libertação da sua substância ativa, sofra uma modificação deliberada quanto à sua velocidade e/ou local onde ocorre". Aqui estão, por exemplo, os comprimidos gastrorresistentes.
Também as cápsulas convém que não as parta o abra, a não ser que tenha alguma indicação para tal.
“Por norma, [as cápsulas] não deverão ser manipuladas. Contudo, existem algumas exceções onde estas poderão ser abertas e o seu conteúdo dissolvido num líquido, imediatamente antes da sua administração. Antes de abrir uma cápsula, consulte sempre primeiro o seu farmacêutico.”
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