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Água: Conferência reúne no Porto especialistas mundiais
A gestão da água no continente africano vai estar em análise em Outubro, no Porto, numa conferência internacional onde participa o inglês Tony Allan, um dos maiores especialistas mundiais na gestão de recursos hídricos.
«Vamos procurar colocar as questões relacionadas com a água em África no seu contexto político, já que elas são mais de natureza política e de gestão do que originadas por falta de água», disse hoje à Lusa Ana Cascão, especialista do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP).
A conferência, que decorre entre 2 e 3 de Outubro, numa iniciativa do CEAUP, vai reunir académicos, investigadores e quadros técnicos de cerca de uma dezena e meia de países, que vão analisar o problema dos recursos hídricos em África.
Para a especialista, «o maior problema não é saber se há ou não água, mas o que se faz com a que existe. A questão é como fazê-la chegar a quem precisa dela».
«A conferência, ao chamar a atenção para esta realidade, pode ajudar a combater o pessimismo e o conformismo existente no sector e permitir passar a acções concretas», frisou a especialista.
Nesse sentido, a conferência terá como tema central a água no continente africano, num confronto entre as posições defendidas pelos hidropessimistas e pelos hidroptimistas.
Tony Allan, que venceu este ano o Stockholm Water Prize, o maior prémio internacional dedicado aos recursos hídricos, é um dos principais convidados da iniciativa, que contará com especialistas oriundos de vários países africanos, nomeadamente Moçambique, Angola, Botsuana, Etiópia, Tunísia, Nigéria e África do Sul.
Nos trabalhos vão também participar especialistas provenientes de países europeus, designadamente Portugal, França, Holanda, Bélgica, Alemanha e Inglaterra.
No primeiro dia de trabalhos, os participantes vão analisar questões como as políticas de água transfronteiriças, a importância da água na agricultura e o acesso à água como um direito humano fundamental
No dia seguinte , os trabalhos abordarão temas como a relação entre a água e as alterações climáticas ou a descentralização e regionalização da gestão dos recursos hídricos.
Durante a conferência vão ser apresentadas comunicações sobre vários casos concretos, entre os quais os que se referem ao acesso à água em Cabo Verde, na capital angolana, Luanda, e na área metropolitana de Maputo, capital de Moçambique.
O seminário que o Centro de Estudos Africanos é o primeiro que se realiza em Portugal abrangendo todo o continente africano.
Recebeu 75 propostas de comunicações, metade das quais relacionadas com questões como o acesso e a distribuição de água potável, a privatização dos serviços de abastecimento e o direito à água.
A construção de barragens em África é também um dos assuntos em destaque nas propostas de comunicações recebidas pela organização do seminário, reflectindo a nova realidade resultante da crescente presença chinesa no continente africano.
O Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto foi fundado em Novembro de 1997, constituindo desde 1999 uma unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que reúne actualmente 31 investigadores.
Diário Digital / Lusa
A gestão da água no continente africano vai estar em análise em Outubro, no Porto, numa conferência internacional onde participa o inglês Tony Allan, um dos maiores especialistas mundiais na gestão de recursos hídricos.
«Vamos procurar colocar as questões relacionadas com a água em África no seu contexto político, já que elas são mais de natureza política e de gestão do que originadas por falta de água», disse hoje à Lusa Ana Cascão, especialista do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP).
A conferência, que decorre entre 2 e 3 de Outubro, numa iniciativa do CEAUP, vai reunir académicos, investigadores e quadros técnicos de cerca de uma dezena e meia de países, que vão analisar o problema dos recursos hídricos em África.
Para a especialista, «o maior problema não é saber se há ou não água, mas o que se faz com a que existe. A questão é como fazê-la chegar a quem precisa dela».
«A conferência, ao chamar a atenção para esta realidade, pode ajudar a combater o pessimismo e o conformismo existente no sector e permitir passar a acções concretas», frisou a especialista.
Nesse sentido, a conferência terá como tema central a água no continente africano, num confronto entre as posições defendidas pelos hidropessimistas e pelos hidroptimistas.
Tony Allan, que venceu este ano o Stockholm Water Prize, o maior prémio internacional dedicado aos recursos hídricos, é um dos principais convidados da iniciativa, que contará com especialistas oriundos de vários países africanos, nomeadamente Moçambique, Angola, Botsuana, Etiópia, Tunísia, Nigéria e África do Sul.
Nos trabalhos vão também participar especialistas provenientes de países europeus, designadamente Portugal, França, Holanda, Bélgica, Alemanha e Inglaterra.
No primeiro dia de trabalhos, os participantes vão analisar questões como as políticas de água transfronteiriças, a importância da água na agricultura e o acesso à água como um direito humano fundamental
No dia seguinte , os trabalhos abordarão temas como a relação entre a água e as alterações climáticas ou a descentralização e regionalização da gestão dos recursos hídricos.
Durante a conferência vão ser apresentadas comunicações sobre vários casos concretos, entre os quais os que se referem ao acesso à água em Cabo Verde, na capital angolana, Luanda, e na área metropolitana de Maputo, capital de Moçambique.
O seminário que o Centro de Estudos Africanos é o primeiro que se realiza em Portugal abrangendo todo o continente africano.
Recebeu 75 propostas de comunicações, metade das quais relacionadas com questões como o acesso e a distribuição de água potável, a privatização dos serviços de abastecimento e o direito à água.
A construção de barragens em África é também um dos assuntos em destaque nas propostas de comunicações recebidas pela organização do seminário, reflectindo a nova realidade resultante da crescente presença chinesa no continente africano.
O Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto foi fundado em Novembro de 1997, constituindo desde 1999 uma unidade de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que reúne actualmente 31 investigadores.
Diário Digital / Lusa