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«Pessoa, Plural sempre singular» em recital

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Comemorações dos 120 anos do nascimento do poeta português

«Pessoa, Plural sempre singular» em recital

«Pessoa, Plural sempre singular» é o recital que Luís Machado apresenta, no dia 26, na Casa Pessoa, ao som do piano de Inês Correia

Ana Serra



A Casa Pessoa apresenta, no âmbito das comemorações dos cento e vinte anos do nascimento do poeta português, «Pessoa, Plural sempre singular», um recital de poesia por Luís Machado. No dia 26, às 18h30, Luís Machado recita poemas do homónimo Fernando Pessoa, bem como dos seus heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, acompanhado pelo piano de Inês Rodrigues Correia, naquele é 'o primeiro recital dedicado exclusivamente a Pessoa', do divulgador cultural.
Com trinta anos como leitor de poesia, Luís Machado admite que 'é um grande desafio dar voz a Fernando Pessoa, devido à diversidade da sua obra, composta por máscaras, em que cada uma engloba características muito especiais', Esse foi um dos motivos pelos quais o leitor teve alguma dificuldade em seleccionar os poemas e heterónimos a recitar, confessando, no entanto, que tem uma especial predilecção por Álvaro de Campos.
Considerando a escola de declamação demasiado teatral, procura 'sentir os poemas enquanto os leio, para transmitir esses mesmos sentimentos ao público', afirma. E é para envolver quem o ouve que Luís Machado vê o contributo da música como uma peça imprescindível, enquanto 'criadora de harmonia',

Um Pessoa 'diferente e único '
Luís Machado assume-se como 'um verdadeiro pessoano', que desde a sua adolescência estuda a obra e vida do poeta, este última tema do seu livro «À Mesa com Fernando Pessoa». Luís Machado retrata o quotidiano de um dos mais célebres escritores nacionais, 'desde os jornais que lia, aos locais que frequentava, o ciclo de amigos que mantinha', explica o autor, em entrevista ao nosso jornal. A intenção é desmistificar a ideia da generalidade de um Pessoa doente, associado ao consumo de álcool, mas sim como um homem 'melancólico, solitário e reservado, com um estilo muito próprio que, na época, era considerado muito estranho', 'Estas características de uma pessoa nervosa e introspectiva são o que faz de Fernando Pessoa um Ser Humano', e não só o grande génio da literatura pela qual é conhecido. Para rematar, Luís Machado explica que o que o mais fascina em Fernando Pessoa é a sua pluralidade: 'Dentro da sua própria pluralidade é sempre excelente, diferente e único',
Natural de Lisboa e diplomado em teatro pelo Conservatório Nacional, Luís Machado exerceu durante alguns anos actividades como jornalista e crítico de cinema. Especialista em comunicação institucional e relações públicas, trabalhou nessas áreas no Teatro Nacional D. Maria II mantendo enquanto divulgador cultural uma série de actividades por todo o País, sendo responsável pelas iniciativas «Evocações», de homenagem a Eça de Queirós e José Gomes Ferreira, e «Itinerários», onde foram evocados os trajectos de Eugénio de Andrade e Miguel Torga.

Pessoa e heterónimos
«Pessoa, Plural sempre singular» inclui alguns dos mais famosos poemas de Fernando Pessoa, entre os quais, «O Infante» «O Mostrengo» ou «Autopsicografia». Já a lírica de Alberto Caeiro contempla poemas como «Da minha aldeia vejo» ou «Se depois de eu morrer». «Prefiro, Rosas meu amor» é um dos poemas de Ricardo Reis a ser recitado, assim como o célebre «Todas as cartas de Amor», de Álvaro de Campos.
As celebrações na Casa de Pessoa promovem um mês de iniciativas pessoanas, entre as quais a apresentação de «Fernando Pessoa e os Mundos Esotéricos», da autoria de José Manuel Anes, por Manuela Parreira da Silva e Cecília Barreira (professoras da FCSH/UNL), no dia 23. Por seu lado, «Livros em Desassossegos» convida à tertúlia, no dia 25, moderada por Carlos Vaz Marques.

O divulgador cultural, Luís Machado, revela-se 'um verdadeiro pessoano'.



Fonte: o primeiro de janeiro
 
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