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Peça de José Maria Vieira Mendes gira em torno de quatro personagens
«Ana» estreia no CCB no dia 13 de Novembro
A peça «Ana», escrita por José Maria Vieira Mendes, vai estrear no dia 13 de Novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
«Ana» é uma peça sobre o tempo escrita por José Maria Vieira Mendes para os Artistas Unidos, uma história contada na primeira pessoa, que gira em torno de quatro personagens de contornos incertos.
Por ser 'uma peça de câmara para elenco pequeno', que 'requer uma grande intimidade entre os actores e espectadores', como explica o encenador, Jorge Silva Melo, haverá ensaios abertos ao público em Leiria, na Sala Jaime Salazar Sampaio, amanhã, sexta-feira e sábado, uma antestreia em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, a 6 de Novembro, e outra em Coimbra, no Teatrão, no dia seguinte.
A estreia propriamente dita será a 13 de Novembro, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, onde estará em cena até dia 22, seguindo depois para o Teatro Municipal de Almada, a partir de dia 26.
A narrativa decorre ao longo de três dias e é, segundo o autor, filha de uma afirmação feita em «Baal», de Bertolt Brecht: 'As histórias que se percebem é porque foram mal contadas',
'É um texto sobre o tempo e sobre o fim da ficção, como se pudéssemos substituir a palavra «Ana» por «ficção», e, claramente, para mim, este foi o texto de final de um processo de escrita, um texto que fala da impossibilidade da ficção, ou que explora a ficção até um ponto em que ela se desfaz e se fecha a si própria e diz que não quer ser mais escrita', disse José Maria Vieira Mendes.
'É levar isso ao extremo e, gradualmente, fazendo uso de muito poucos recursos ficcionais – apenas uma mala, quatro personagens, um vestido e um chá – e da palavra, conseguir jogar com o tempo', referiu Vieira Mendes.
Para Jorge Silva Melo, a grande dificuldade da encenação deste texto é 'a total ausência de referências cénicas ': 'Não sabemos quem são estas personagens, o que estão a fazer, quais são as relações entre elas… Portanto, estamos sempre na era da suspeita',
'Ora, é quase impossível a um actor representar uma adversativa. Um actor não pode representar um «mas», ou um «ou»', defendeu.
Os actores Sylvie Rocha, Pedro Lacerda, António Simão e Rita Brutt estarão em palco a interpretar as personagens de «Ana», cuja vida não é uma só, 'podem ser muitas', diz José Maria Vieira Mendes.
Centro Cultural de Belém. Sylvie Rocha, Pedro Lacerda, António Simão e Rita Brutt protagonizam a peça «Ana»
Arquivo
«Ana» estreia no CCB no dia 13 de Novembro
A peça «Ana», escrita por José Maria Vieira Mendes, vai estrear no dia 13 de Novembro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
«Ana» é uma peça sobre o tempo escrita por José Maria Vieira Mendes para os Artistas Unidos, uma história contada na primeira pessoa, que gira em torno de quatro personagens de contornos incertos.
Por ser 'uma peça de câmara para elenco pequeno', que 'requer uma grande intimidade entre os actores e espectadores', como explica o encenador, Jorge Silva Melo, haverá ensaios abertos ao público em Leiria, na Sala Jaime Salazar Sampaio, amanhã, sexta-feira e sábado, uma antestreia em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, a 6 de Novembro, e outra em Coimbra, no Teatrão, no dia seguinte.
A estreia propriamente dita será a 13 de Novembro, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, onde estará em cena até dia 22, seguindo depois para o Teatro Municipal de Almada, a partir de dia 26.
A narrativa decorre ao longo de três dias e é, segundo o autor, filha de uma afirmação feita em «Baal», de Bertolt Brecht: 'As histórias que se percebem é porque foram mal contadas',
'É um texto sobre o tempo e sobre o fim da ficção, como se pudéssemos substituir a palavra «Ana» por «ficção», e, claramente, para mim, este foi o texto de final de um processo de escrita, um texto que fala da impossibilidade da ficção, ou que explora a ficção até um ponto em que ela se desfaz e se fecha a si própria e diz que não quer ser mais escrita', disse José Maria Vieira Mendes.
'É levar isso ao extremo e, gradualmente, fazendo uso de muito poucos recursos ficcionais – apenas uma mala, quatro personagens, um vestido e um chá – e da palavra, conseguir jogar com o tempo', referiu Vieira Mendes.
Para Jorge Silva Melo, a grande dificuldade da encenação deste texto é 'a total ausência de referências cénicas ': 'Não sabemos quem são estas personagens, o que estão a fazer, quais são as relações entre elas… Portanto, estamos sempre na era da suspeita',
'Ora, é quase impossível a um actor representar uma adversativa. Um actor não pode representar um «mas», ou um «ou»', defendeu.
Os actores Sylvie Rocha, Pedro Lacerda, António Simão e Rita Brutt estarão em palco a interpretar as personagens de «Ana», cuja vida não é uma só, 'podem ser muitas', diz José Maria Vieira Mendes.
Centro Cultural de Belém. Sylvie Rocha, Pedro Lacerda, António Simão e Rita Brutt protagonizam a peça «Ana»
Arquivo
o primeiro de janeiro