Era uma árvore diferente de todas as árvores. Não dava maçãs. Não dava laranjas. Não dava cerejas. Dava estrelas.
Estrelas azuis, douradas, verdes, vermelhas, prateadas. Para as apanhar não era preciso trepar à árvore, nem encostar-lhe uma escada ao tronco.
Todas as manhãs a árvore sacudia os ramos, e as estrelas caíam no chão para quem as quisesse.
Havia pessoas, que, vendo-as tão lindas, apanhavam-nas e iam para casa muito alegres com as algibeiras cheias de estrelas. Mas havia também gente apressada que passava ao volante do seu automóvel e nem as via.
Como havia gente que andava a pé mas nem olhava para o alto nem olhava para o chão, só olhava para dentro, e por isso também não reparava nelas. E havia outras que se divertiam a fazer pontaria às estrelas; quando lhes acertavam, as estrelas apagavam-se como um gritinho de cristal partido. Que pena!
Mas o vento pegava nas que ficavam esquecidas, e levava-as consigo pelos ares fora. E atirava-as para dentro das casas através das janelas abertas. Deitava-as pela chaminé das casas que tinham as janelas fechadas. Ou deixava-as dependuradas numa beirinha do telhado onde ficavam a baloiçar como sinos pequeninos.
E as pessoas que tinham enchido as algibeiras de estrelas, repartiam-nas com os vizinhos distraídos e apressados.
Isto, todos os dias. Sempre. Porque a árvore das estrelas dava tantas que chegavam para todos.
Até ao dia em que cada pessoa do mundo tivesse a sua estrela.
Então o mundo seria feliz.
Estrelas azuis, douradas, verdes, vermelhas, prateadas. Para as apanhar não era preciso trepar à árvore, nem encostar-lhe uma escada ao tronco.
Todas as manhãs a árvore sacudia os ramos, e as estrelas caíam no chão para quem as quisesse.
Havia pessoas, que, vendo-as tão lindas, apanhavam-nas e iam para casa muito alegres com as algibeiras cheias de estrelas. Mas havia também gente apressada que passava ao volante do seu automóvel e nem as via.
Como havia gente que andava a pé mas nem olhava para o alto nem olhava para o chão, só olhava para dentro, e por isso também não reparava nelas. E havia outras que se divertiam a fazer pontaria às estrelas; quando lhes acertavam, as estrelas apagavam-se como um gritinho de cristal partido. Que pena!
Mas o vento pegava nas que ficavam esquecidas, e levava-as consigo pelos ares fora. E atirava-as para dentro das casas através das janelas abertas. Deitava-as pela chaminé das casas que tinham as janelas fechadas. Ou deixava-as dependuradas numa beirinha do telhado onde ficavam a baloiçar como sinos pequeninos.
E as pessoas que tinham enchido as algibeiras de estrelas, repartiam-nas com os vizinhos distraídos e apressados.
Isto, todos os dias. Sempre. Porque a árvore das estrelas dava tantas que chegavam para todos.
Até ao dia em que cada pessoa do mundo tivesse a sua estrela.
Então o mundo seria feliz.