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Teerão (em persa: تهران, na convenção internacional: Tehrān) é a capital e principal cidade da República Islâmica do Irã (a antiga Pérsia), assim como da Província de Teerã. Sua população urbana é de 7 160 094, enquanto sua região metropolitana reúne aproximadamente 14 milhões em uma área de 1 500 km².
Uma cidade moderna em meio à antigüidade do Oriente Médio. Teerã concentra mais da metade da indústria nacional, incluindo fábricas de automóveis, eletrônicos, equipamentos elétricos, armamentos, têxteis, açúcar, cimento e químicos. É também famosa pela venda de tapetes orientais, móveis e outros artesanatos. Há uma refinaria de petróleo nas cercanias. A cidade goza de numerosos museus, galerias de arte, palácios e centros culturais.
Teerã espalha-se por uma imensa extensão geográfica aos sopés da cadeia de Alborz e dispõe de uma intensa rede rodoviária, a qual não há paralelo no Oriente Médio. É também o maior nó ferroviário do país e possui dois aeroportos internacionais.
Além da maioria persa, há também importantes populações de azeris, armênios, assírios, curdos e judeus. No total 98% dos habitantes são de fala persa. A religião predominante é o islamismo da seita xiita, e há um grande número de mesquitas, mas se encontram também igrejas, sinagogas e templos zoroastras, freqüentados por grupos minoritários.
Apesar da região onde se encontra haver sido habitada desde a mais remota antigüidade, Teerã desenvolveu-se como cidade independente apenas em tempos relativamente recentes. Viria a tornar-se a capital da Pérsia aos fins do século XVIII.
A palavra "Tehran" é derivada de Tiran ou Tirgan, que significa "a morada de Tir" (a divindade zoroastra associada a Hermes). Esta antiga aldeia de Tiran era vizinha de Mehran (a morada de Mehr ou Mitra), ambas sendo dominadas pela grande cidade de Ray ou Rhages. Mehran e Ray ainda existem como subúrbios de Teerã.
Escavações demonstram a existência de assentamentos no local já em 6000 a.C. Teerã era conhecida como uma aldeia no século IX, mas era de menos importância que a cidade de Rhages que floresceu na vizinhança durante a era pre-mongólica. No século XIII, após Rhages haver sido arrasada pelos mongóis, muitos de seus habitantes refugiaram-se em Teerã.
Dom Ruy Gonzáles de Clavijo, um diplomata castelhano, foi provavelmente o primeiro europeu a visitar a cidade, durante sua jornada rumo a Samarcanda, à época a capital dos mongóis. Neste tempo, a cidade não era murada, o que indica sua pouca importância.
No século XVI, Teerã tornou-se a residência dos soberanos safávidas. Tahmasp I ordenou a construção de um bazar, assim como a de um muro ao seu redor. Porém, a cidade perdeu o favor real quando Abbas I adoeceu ao passar pela cidade a caminho de a uma guerra contra os uzbeques.
No início do século XVIII, Karim Khan Zand decretou a construção em Teerã de um palácio, um harem, e de escritórios governamentais, possivelmente com a intenção de declará-la sua capital, mas ao final optou por Shiraz. Teerã finalmente tornou-se a capital do Império Persa em 1795, quando o xá Agha Mohammad Khan da dinastia Qajar lá foi coroado. A cidade retém até hoje essa distinção.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha e a União Soviética forçosamente ocuparam a cidade, assim como o resto da Pérsia, por suspeitar que o xá Reza Pahlavi fosse secretamente um simpatizante nazista. Em 1943, os ocupantes lá organizaram a conferência de cúpula freqüentada por Josef Stalin, Franklin Roosevelt e Winston Churchill.
No período pós-guerra, muitos dos antigos monumentos e edifícios da cidade foram demolidos por ordem de Mohammad Reza Pahlavi, o qual havia sucedido seu pai, Reza Pahlavi. O soberano acreditava que a arquitetura tradicional não devesse ser parte de uma cidade moderna, e edifícios típicos dos anos 1950 e 1960 foram construídos em seu lugar, destruindo para sempre grande parte da herança cultural do país, assim como o visual da cidade. Por outro lado, essas reformas resultaram em melhorias na infraestrutura antiquada da cidade.
A partir de 8 de setembro de 1978, começaram demonstrações populares contra a corrupção e repressão do regime imperial, que respondeu com um alto grau de violência, causando centenas de mortes, que por sua vez inspiraram novas demonstrações, ainda mais massivas. Em janeiro do ano seguinte, a monarquia caiu quando o Xá Mohammad Reza Pahlavi se viu obrigado a abandonar o país. A volta, alguns dias mais tarde, do Aiatolá Khomeini após um longo exílio inaugurou a era da República Islâmica.
Em 4 de novembro de 1979, estudantes partidários de Khomeini invadiram a embaixada norte-americana na cidade, a qual eles suspeitavam corretamente de ser a sede das atividades ilícitas da CIA no país [1]. Os funcionários e fuzileiros navais capturados pelos demonstrantes acabaram sendo detidos por um período de 444 dias.
Durante a Guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988, Teerã foi repetidamente atacada por mísseis tipo scud, resultando em milhares de mortes e ferimentos entre a população civil.
Teerã localiza-se a 1 190m de elevação em uma região de grande variação geográfica. Seus arredores encontram os sopés da cadeia de Alborz, cujo mais alto pico, o Damavand, atinge 5 610m e pode ser facilmente avistado da cidade. Ao sul da metrópole encontra-se o Dasht-e Kavir ou Grande Deserto Salgado, ao norte, a zona costeira do Mar Cáspio exibe vegetação exuberante graças a um alto índice pluviométrico.
O clima local é também bastante variável, sendo classificado como subtropical mediterrâneo (Cfa), com apenas 230mm de precipitação anual, que cai quase exclusivamente durante a estação fria. Os verões são bastante cálidos, embora menos que nas regiões de baixa altitude do Oriente Médio, com temperaturas que chegam a atingir 42°C, enquanto os invernos são relativamente frios, com mínimas que chegam por vezes a -12°C, e apresentando quedas de neve com certa freqüencia.
Fonte: wikipédia
Uma cidade moderna em meio à antigüidade do Oriente Médio. Teerã concentra mais da metade da indústria nacional, incluindo fábricas de automóveis, eletrônicos, equipamentos elétricos, armamentos, têxteis, açúcar, cimento e químicos. É também famosa pela venda de tapetes orientais, móveis e outros artesanatos. Há uma refinaria de petróleo nas cercanias. A cidade goza de numerosos museus, galerias de arte, palácios e centros culturais.
Teerã espalha-se por uma imensa extensão geográfica aos sopés da cadeia de Alborz e dispõe de uma intensa rede rodoviária, a qual não há paralelo no Oriente Médio. É também o maior nó ferroviário do país e possui dois aeroportos internacionais.
Além da maioria persa, há também importantes populações de azeris, armênios, assírios, curdos e judeus. No total 98% dos habitantes são de fala persa. A religião predominante é o islamismo da seita xiita, e há um grande número de mesquitas, mas se encontram também igrejas, sinagogas e templos zoroastras, freqüentados por grupos minoritários.
Apesar da região onde se encontra haver sido habitada desde a mais remota antigüidade, Teerã desenvolveu-se como cidade independente apenas em tempos relativamente recentes. Viria a tornar-se a capital da Pérsia aos fins do século XVIII.
A palavra "Tehran" é derivada de Tiran ou Tirgan, que significa "a morada de Tir" (a divindade zoroastra associada a Hermes). Esta antiga aldeia de Tiran era vizinha de Mehran (a morada de Mehr ou Mitra), ambas sendo dominadas pela grande cidade de Ray ou Rhages. Mehran e Ray ainda existem como subúrbios de Teerã.
Escavações demonstram a existência de assentamentos no local já em 6000 a.C. Teerã era conhecida como uma aldeia no século IX, mas era de menos importância que a cidade de Rhages que floresceu na vizinhança durante a era pre-mongólica. No século XIII, após Rhages haver sido arrasada pelos mongóis, muitos de seus habitantes refugiaram-se em Teerã.
Dom Ruy Gonzáles de Clavijo, um diplomata castelhano, foi provavelmente o primeiro europeu a visitar a cidade, durante sua jornada rumo a Samarcanda, à época a capital dos mongóis. Neste tempo, a cidade não era murada, o que indica sua pouca importância.
No século XVI, Teerã tornou-se a residência dos soberanos safávidas. Tahmasp I ordenou a construção de um bazar, assim como a de um muro ao seu redor. Porém, a cidade perdeu o favor real quando Abbas I adoeceu ao passar pela cidade a caminho de a uma guerra contra os uzbeques.
No início do século XVIII, Karim Khan Zand decretou a construção em Teerã de um palácio, um harem, e de escritórios governamentais, possivelmente com a intenção de declará-la sua capital, mas ao final optou por Shiraz. Teerã finalmente tornou-se a capital do Império Persa em 1795, quando o xá Agha Mohammad Khan da dinastia Qajar lá foi coroado. A cidade retém até hoje essa distinção.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha e a União Soviética forçosamente ocuparam a cidade, assim como o resto da Pérsia, por suspeitar que o xá Reza Pahlavi fosse secretamente um simpatizante nazista. Em 1943, os ocupantes lá organizaram a conferência de cúpula freqüentada por Josef Stalin, Franklin Roosevelt e Winston Churchill.
No período pós-guerra, muitos dos antigos monumentos e edifícios da cidade foram demolidos por ordem de Mohammad Reza Pahlavi, o qual havia sucedido seu pai, Reza Pahlavi. O soberano acreditava que a arquitetura tradicional não devesse ser parte de uma cidade moderna, e edifícios típicos dos anos 1950 e 1960 foram construídos em seu lugar, destruindo para sempre grande parte da herança cultural do país, assim como o visual da cidade. Por outro lado, essas reformas resultaram em melhorias na infraestrutura antiquada da cidade.
A partir de 8 de setembro de 1978, começaram demonstrações populares contra a corrupção e repressão do regime imperial, que respondeu com um alto grau de violência, causando centenas de mortes, que por sua vez inspiraram novas demonstrações, ainda mais massivas. Em janeiro do ano seguinte, a monarquia caiu quando o Xá Mohammad Reza Pahlavi se viu obrigado a abandonar o país. A volta, alguns dias mais tarde, do Aiatolá Khomeini após um longo exílio inaugurou a era da República Islâmica.
Em 4 de novembro de 1979, estudantes partidários de Khomeini invadiram a embaixada norte-americana na cidade, a qual eles suspeitavam corretamente de ser a sede das atividades ilícitas da CIA no país [1]. Os funcionários e fuzileiros navais capturados pelos demonstrantes acabaram sendo detidos por um período de 444 dias.
Durante a Guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988, Teerã foi repetidamente atacada por mísseis tipo scud, resultando em milhares de mortes e ferimentos entre a população civil.
Teerã localiza-se a 1 190m de elevação em uma região de grande variação geográfica. Seus arredores encontram os sopés da cadeia de Alborz, cujo mais alto pico, o Damavand, atinge 5 610m e pode ser facilmente avistado da cidade. Ao sul da metrópole encontra-se o Dasht-e Kavir ou Grande Deserto Salgado, ao norte, a zona costeira do Mar Cáspio exibe vegetação exuberante graças a um alto índice pluviométrico.
O clima local é também bastante variável, sendo classificado como subtropical mediterrâneo (Cfa), com apenas 230mm de precipitação anual, que cai quase exclusivamente durante a estação fria. Os verões são bastante cálidos, embora menos que nas regiões de baixa altitude do Oriente Médio, com temperaturas que chegam a atingir 42°C, enquanto os invernos são relativamente frios, com mínimas que chegam por vezes a -12°C, e apresentando quedas de neve com certa freqüencia.
Fonte: wikipédia