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Cláudio Neves Valente, de 48 anos, ex-aluno da Brown, foi encontrado morto na noite de quinta-feira com um ferimento de bala autoinfligido, anunciou o chefe de polícia de Providence, no estado norte-americano de Rhode Island, Oscar Perez, em conferência de imprensa. Perez disse que, segundo a investigação, o suspeito terá agido sozinho.
Os investigadores acreditam que Valente é responsável pelo ataque na Universidade Brown e pelo assassínio do professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o português Nuno Loureiro, morto a tiro em casa, em Brookline, na segunda-feira, de acordo com a procuradora federal de Massachusetts, Leah B. Foley.
Duas pessoas morreram e nove ficaram feridas no ataque a tiro ocorrido no sábado na Universidade Brown. A investigação mudou de rumo na quinta-feira, quando as autoridades disseram que estavam a investigar uma possível ligação entre o ataque em Brown e a morte de Nuno Loureiro, de 47 anos.
A presidente da Universidade Brown, Christina Paxson, disse que Valente esteve matriculado na instituição entre 2000 e 2001, tendo sido admitido na pós-graduação para estudar Física a partir de setembro de 2000. "Não tem nenhum vínculo atual com a universidade", acrescentou.
Valente e Loureiro frequentaram o mesmo programa académico numa universidade em Portugal, entre 1995 e 2000, acrescentou Foley.
Loureiro, que cresceu em Viseu, formou-se e fez investigação no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.
O FBI tinha indicado anteriormente não ter conhecimento de nenhuma ligação entre os dois ataques.
Uma segunda pessoa, identificada como próxima do suspeito, apresentou-se após a conferência de imprensa de quarta-feira e ajudou "a desvendar" o caso, declarou procurador-geral de Rhode Island, Peter Neronha.
"Essa pessoa levou-nos ao carro, levou-nos ao nome", notou Neronha.
O procurador-geral disse que o suspeito colocou uma matrícula do estado de Maine sobre outra da Flórida, para ocultar a identidade. O último endereço conhecido de Valente era em Miami.
Ainda permanecem "muitas incógnitas" em relação ao motivo dos ataques, referiu o responsável. "Agora, não sabemos porquê, por que razão Brown, por que razão esses alunos e por que razão essa sala de aula", disse.
Embora responsáveis da Brown afirmem que existem 1.200 câmaras no polo universitário, o ataque ocorreu numa área mais antiga do edifício de Engenharia "que tem poucas - ou nenhuma - câmaras", escreveu a agência de notícias Associated Press (AP).
Os investigadores acreditam que o atirador entrou e saiu por uma porta que dá para uma rua residencial, o que pode explicar a razão pela qual as câmaras da universidade não capturaram o autor do crime.
Loureiro ingressou no MIT em 2016 e foi nomeado, no ano passado, para liderar o Centro de Ciência de Plasma e Fusão, onde trabalhou para promover tecnologias de energia limpa e outras invesigações. O centro, um dos maiores laboratórios do MIT, tinha mais de 250 pessoas a trabalhar em sete edifícios quando o português assumiu a direção.
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