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Roter.Teufel

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Rede social X denuncia investigação devido a "agenda política" em França

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A investigação surgiu depois de dois relatórios que "relatavam o alegado uso do algoritmo da X (antigo Twitter) para interferência estrangeira".

A empresa que gere a rede social X, investigada em França por suspeita de ter distorcido o seu algoritmo, denunciou esta segunda-feira ser alvo de "uma agenda política" e recusou dar acesso a dados às autoridades.

"Com base no que sabemos até agora, a X acredita que esta investigação distorce a lei francesa para servir uma agenda política e, em última análise, restringir a liberdade de expressão", escreveu o departamento de Relações Públicas da rede social norte-americana, propriedade de Elon Musk, numa publicação na própria rede.

"Por estas razões, a X não atendeu os pedidos das autoridades francesas, como temos o direito legal de fazer", acrescentou a empresa tecnológica.

De acordo com a rede social, as autoridades francesas solicitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como dados em tempo real sobre todas as publicações dos utilizadores da plataforma.

O Ministério Público de Paris anunciou a 11 de julho que foi confiada à polícia uma investigação sobre a rede social X, enquanto entidade legal, e contra as "pessoas singulares" que a gerem.

Esta investigação diz respeito, em particular, à alteração do funcionamento de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado e à extração fraudulenta de dados de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado.

A investigação surgiu depois de dois relatórios, recebidos em janeiro, que "relatavam o alegado uso do algoritmo da X (antigo Twitter) para interferência estrangeira", de acordo com os procuradores franceses.

Um desses relatórios veio de um membro do parlamento especializado nestas questões, Éric Bothorel, do partido Renascimento do Presidente francês, Emmanuel Macron, que alertou os tribunais para "as recentes alterações no algoritmo da X, bem como a aparente interferência na gestão desde a aquisição por Elon Musk", em 2022.

A empresa de Elon Musk negou categoricamente as acusações de estar a manipular o algoritmo para interferência estrangeira.

"Esta investigação, iniciada pelo deputado francês Éric Bothorel, compromete seriamente o direito fundamental da X ao devido processo legal e ameaça os direitos dos nossos utilizadores à privacidade e à liberdade de expressão", argumentou a empresa, lamentando a utilização, pelas autoridades francesas, de dois especialistas que acusou de serem hostis.

O deputado Éric Bothorel respondeu à plataforma num comunicado agora divulgado, lembrando que "ninguém está acima da lei", ao mesmo tempo que desafiou a empresa tecnológica a colaborar com a justiça.

"Seria aconselhável que respondessem aos tribunais porque, em França, ninguém está acima da lei. (...) Não há liberdade sem responsabilidade e controlo. A ausência de responsabilidade e controlo põe em perigo a liberdade tanto quanto as proibições e a censura", escreveu o deputado no comunicado.

Correio da Manhã
 
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