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Presidente do Supremo do Brasil diz que críticas da revista britânica 'The Economist' são narrativa golpista
Luiz Roberto Barroso defendeu juiz Alexandre de Moraes e afirmou que a revista está a apoiar e a disseminar a narrativa usada por Jair Bolsonaro e outros golpistas.
Com palavras mais incisivas do que as que geralmente usa, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Luiz Roberto Barroso, classificou como narrativa golpista as críticas feitas dias atrás pela respeitada revista britânica The Economist aos supostos superpoderes do juiz Alexandre de Moraes e à forma como tem sido conduzido o processo contra o ex-presidente do país Jair Bolsonaro, que deve começar a ser julgado em breve por aquele tribunal por tentativa de golpe de Estado. Barroso defendeu Moraes e afirmou que a revista está a apoiar e a disseminar a narrativa usada por Jair Bolsonaro e outros golpistas.
“O enfoque dado pela revista na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram dar o golpe do que ao facto real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de Direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais. O juiz Alexandre de Moraes cumpre o seu papel com empenho e coragem, com o apoio do tribunal e não individualmente", escreveu Barroso num comunicado divulgado no final deste sábado.
Dias atrás, o editorial da The Economist criticava o que chamou de” exagerados superpoderes” de Alexandre de Moraes, crítica que não é somente da revista e é cada vez mais comum no Brasil. Advogados, imprensa e até, em algumas situações, a PGR, Procuradoria-Geral da República, têm criticado a forma extremamente veloz e dura como Moraes conduz os processos a que preside, e não somente aqueles contra Jair Bolsonaro, as pesadas penas que decreta, sempre no máximo previsto em lei, e as regras pelas quais se rege, que parecem em alguns casos serem próprias e não as constitucionais.
Outra crítica feita pela revista, e que tem sido igualmente bastante manifestada no Brasil, é o facto de Jair Bolsonaro, acusado de ter planeado um golpe de Estado no final de 2022, quando perdeu as presidenciais para Lula da Silva, não ir ser julgado no plenário do STF, que tem 11 juízes, e sim na Primeira Turma, que tem somente 5 e onde as decisões de Alexandre de Moraes preponderam. Além do próprio Moraes, com um antagonismo claro e público com Jair Bolsonaro, dois outros juízes levantam dúvidas quanto à imparcialidade do julgamento, Flávio Dino, que foi ministro da Justiça do atual governo lulista, e Cristiano Zanin, que até pouco tempo atrás era o advogado pessoal de Lula e conseguiu tirá-lo da prisão.
Correio da Manhã

Luiz Roberto Barroso defendeu juiz Alexandre de Moraes e afirmou que a revista está a apoiar e a disseminar a narrativa usada por Jair Bolsonaro e outros golpistas.
Com palavras mais incisivas do que as que geralmente usa, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Luiz Roberto Barroso, classificou como narrativa golpista as críticas feitas dias atrás pela respeitada revista britânica The Economist aos supostos superpoderes do juiz Alexandre de Moraes e à forma como tem sido conduzido o processo contra o ex-presidente do país Jair Bolsonaro, que deve começar a ser julgado em breve por aquele tribunal por tentativa de golpe de Estado. Barroso defendeu Moraes e afirmou que a revista está a apoiar e a disseminar a narrativa usada por Jair Bolsonaro e outros golpistas.
“O enfoque dado pela revista na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram dar o golpe do que ao facto real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de Direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais. O juiz Alexandre de Moraes cumpre o seu papel com empenho e coragem, com o apoio do tribunal e não individualmente", escreveu Barroso num comunicado divulgado no final deste sábado.
Dias atrás, o editorial da The Economist criticava o que chamou de” exagerados superpoderes” de Alexandre de Moraes, crítica que não é somente da revista e é cada vez mais comum no Brasil. Advogados, imprensa e até, em algumas situações, a PGR, Procuradoria-Geral da República, têm criticado a forma extremamente veloz e dura como Moraes conduz os processos a que preside, e não somente aqueles contra Jair Bolsonaro, as pesadas penas que decreta, sempre no máximo previsto em lei, e as regras pelas quais se rege, que parecem em alguns casos serem próprias e não as constitucionais.
Outra crítica feita pela revista, e que tem sido igualmente bastante manifestada no Brasil, é o facto de Jair Bolsonaro, acusado de ter planeado um golpe de Estado no final de 2022, quando perdeu as presidenciais para Lula da Silva, não ir ser julgado no plenário do STF, que tem 11 juízes, e sim na Primeira Turma, que tem somente 5 e onde as decisões de Alexandre de Moraes preponderam. Além do próprio Moraes, com um antagonismo claro e público com Jair Bolsonaro, dois outros juízes levantam dúvidas quanto à imparcialidade do julgamento, Flávio Dino, que foi ministro da Justiça do atual governo lulista, e Cristiano Zanin, que até pouco tempo atrás era o advogado pessoal de Lula e conseguiu tirá-lo da prisão.
Correio da Manhã