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Vestidos de de 'uniforme' vermelho e acompanhados por elfos, um grupo de Pais Natal entrou num supermercado de Montreal, no Canadá, na segunda-feira passada, dia 15 de dezembro, encheu os sacos de produtos alimentares e desapareceu.
Na verdade, foi um assalto... mas, alegadamente, por uma boa causa. Isto porque, depois do furto, o grupo em questão emitiu um comunicado, na quinta-feira passada, onde esclarecia que a comida roubada seria distribuída pelos mais necessitados.
No comunicado foi também explicado que a aventura ao estilo Robin dos Bosques tinha como objetivo principal salientar a crescente crise do custo de vida, que tem tornado cada vez mais inacessíveis os bens de primeira necessidade.
Note-se que neste episódio participaram cerca de 40 membros de um grupo que se intitula de "Robin des Ruelles" (Robin das Ruas, na tradução livre).
A nota do grupo denominada "Quando a fome justifica os meios", e citada pelo The Guardian, afirmava que as pessoas no geral estão a trabalhar "cada vez mais para poder comprar alimentos nas redes de supermercados que se aproveitam da inflação como pretexto para obter lucros recorde".
"Não há outra forma de dizer: muitas empresas estão a manter as nossas necessidades básicas como reféns", lê-se, acrescentando que as empresas "continuam a sufocar a população para desviar o máximo de dinheiro possível".
"Não se esqueçam: a fome justifica os meios. Feliz Natal", escreveu o grupo.
Por sua vez, o supermercado onde ocorreu o assalto pronunciou-se, dizendo que o furto em lojas é um ato criminoso e inaceitável. O porta-voz da cadeia de supermercados Metro referiu que os aumentos dos preços tem sido influenciado por diversos fatores exteriores à loja.
Segundo o Conselho de Vendas do Canadá, os crimes deste tipo estão a crescer e representam mas de nove mil milhões de dólares em perdas de vendas, no ano de 2024.
"É importante ressalvar que, como vendedor, somos o elo final da cadeia de suprimentos", disse esclarecendo que "os preços nas prateleiras refletem diretamente os custos dessa cadeia".
As autoridades informaram que estão a investigar o assalto, mas que, até ao momento, ninguém tinha sido detido.
IN:NM
