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O PIOR INIMIGO DOS PEIXES
O pior inimigo das espécies de peixes de aquário e dos animais domésticos em geral é a consanguinidade.
Espécies sexuadas, ao apresentarem grande diversidade individual através de constantes recombinações conseguem, à partida, responder com mais sucesso às alterações do meio ambiente. Porém a reprodução sexuada tem um problema: muitas vezes aparecem genes com caracteristicas negativas que são recessivos (os dominantes são rapidamente eliminados). Na nossa espécie, tipicamente sexuada, existem inúmeros casos de genes negativos recessivos: Miopia, hemofilia, etc, etc. Esses genes acabam por existir na espécie porque só aos pares (quando o gene vem de ambos os pais) é que estão activos. A selecção natural torna-se então pouco eficiente a remover os genes.
Todas as espécies sexuadas apresentam genes recessivos negativos. Os cruzamentos sucessivos entre irmãos vão tornar provável que os genes recessivos se encontrem com maior frequência: torna-se então muito mais provável o aparecimento das caracteristicas negativas.
Quando cruzamos irmãos estamos assim a debilitar a espécie: em primeiro lugar reduzindo a sua diversidade e em segundo lugar permitindo que os genes recessivos se encontrem.
Este processo só se torna mais notado ao fim de várias gerações. Imagine-se que adquirimos um casal de guppies (peixes já de origem sujeitos a uma grande selecção artificial) e que os mantemos no aquário deixando que os descendentes sucessivamente se cruzem. Ao fim de poucos anos nota-se que o número de mal-formações congénitas aumentou, que os peixes têm um tempo de vida menor e que são menos resistentes às doencas.
Para ultrapassar esses problemas é essencial injectar de vez enquando "sangue novo", ou seja, deixar que o processo de reprodução se realize com peixes não aparentados.
É uma muito boa prática, para quem gosta de reproduzir os peixes, um programa de trocas frequente com outros aquariófilos, ou a aquisição de tempos a tempos de um espécime novo no mercado.
Só assim podemos evitar que alguns dos mais prolíferos peixes se transformem em Cavaleiros da Triste Figura, como infelizmente já é comum encontrarem-se em certas lojas da especialidade.
O pior inimigo das espécies de peixes de aquário e dos animais domésticos em geral é a consanguinidade.
Espécies sexuadas, ao apresentarem grande diversidade individual através de constantes recombinações conseguem, à partida, responder com mais sucesso às alterações do meio ambiente. Porém a reprodução sexuada tem um problema: muitas vezes aparecem genes com caracteristicas negativas que são recessivos (os dominantes são rapidamente eliminados). Na nossa espécie, tipicamente sexuada, existem inúmeros casos de genes negativos recessivos: Miopia, hemofilia, etc, etc. Esses genes acabam por existir na espécie porque só aos pares (quando o gene vem de ambos os pais) é que estão activos. A selecção natural torna-se então pouco eficiente a remover os genes.
Todas as espécies sexuadas apresentam genes recessivos negativos. Os cruzamentos sucessivos entre irmãos vão tornar provável que os genes recessivos se encontrem com maior frequência: torna-se então muito mais provável o aparecimento das caracteristicas negativas.
Quando cruzamos irmãos estamos assim a debilitar a espécie: em primeiro lugar reduzindo a sua diversidade e em segundo lugar permitindo que os genes recessivos se encontrem.
Este processo só se torna mais notado ao fim de várias gerações. Imagine-se que adquirimos um casal de guppies (peixes já de origem sujeitos a uma grande selecção artificial) e que os mantemos no aquário deixando que os descendentes sucessivamente se cruzem. Ao fim de poucos anos nota-se que o número de mal-formações congénitas aumentou, que os peixes têm um tempo de vida menor e que são menos resistentes às doencas.
Para ultrapassar esses problemas é essencial injectar de vez enquando "sangue novo", ou seja, deixar que o processo de reprodução se realize com peixes não aparentados.
É uma muito boa prática, para quem gosta de reproduzir os peixes, um programa de trocas frequente com outros aquariófilos, ou a aquisição de tempos a tempos de um espécime novo no mercado.
Só assim podemos evitar que alguns dos mais prolíferos peixes se transformem em Cavaleiros da Triste Figura, como infelizmente já é comum encontrarem-se em certas lojas da especialidade.