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As pessoas que sofrem de obesidade, doença crónica que afeta 1,4 milhões de portugueses, têm uma nova opção de tratamento, mas para já não tem comparticipação.
A opção farmacológica, o liraglutido, é um análogo de uma hormona humana que ajuda a controlar o apetite e, segundo informa a farmacêutica Novo Nordisk, comprovou ajudar também a controlar as várias doenças associadas à obesidade.
A professora Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), diz que apesar de obesidade ser “uma doença crónica com um grande impacto na saúde pública e nos sistemas de saúde” e de a sua prevalência ter “aumentado a um nível alarmante em todo o mundo”, verifica-se que “a Obesidade é ainda bastante subdiagnosticada e consequentemente subtratada no nosso país”.
Sabe-se que a obesidade está associada a um decréscimo da esperança média de vida e a várias comorbidades, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares, apneia do sono, problemas ortopédicos, certos tipos de cancro e doença da vesícula biliar. Sendo que pode ainda levar a múltiplos desequilíbrios funcionais físicos e psicológicos e, claro, à diminuição da qualidade de vida.
O novo tratamento que está agora disponível, e que se junta a apenas um outro aprovado em Portugal, atua como análogo da hormona humana (GLP-1) que é libertada em resposta à ingestão de alimentos, reduzindo o apetite, e que está diminuída em indivíduos com obesidade, segundo os investigadores apuraram.
A farmacêutica explica em comunicado enviado às redações que “este novo tratamento regula o apetite, fazendo com que a sensação de fome diminua e aumente a sensação de satisfação e de saciedade depois da ingestão de alimentos”.
Sendo que os estudos realizados revelam que este novo tratamento, comercializado pela farmacêutica Novo Nordisk, o liraglutido 3 mg, conseguiu que 9 em cada 10 pessoas percam peso. Os ensaios clínicos do fármaco, que foi acompanhado por uma dieta baixa em calorias e exercício físico, mostram que, em média, as pessoas perderam 9,2% do seu peso corporal. Comparativamente, seguir a mesma dieta e fazer exercício mas tomar um placebo só conseguiu induzir a perda de 5% do peso corporal.
No que toca ao reganho do peso perdido, o novo fármaco também se mostrou promissor, com uma recuperação do peso mínima e boa manutenção do peso. O estudo SCALE, que teve a duração de 52 semanas, verificou ainda que os pacientes tratados com este fármaco notavam grandes alterações positivas no tamanho da circunferência da cintura e na tensão arterial, sendo que a prevalência de prediabetes também diminuiu em cerca de 20%.
O grande senão será, no entanto, o custo deste tratamento que, por não ser comparticipado, o paciente terá de suportar. A farmacêutica estará a aguardar a decisão do ministério em relação à possibilidade de comparticipação, mas para já cada embalagem de liraglutido 3 mg tem o custo de cerca de 256 euros – sendo que o paciente poderá ter de tomar uma embalagem por mês.
“Portugal tem uma incidência acima da média europeia com cerca de 16,4% da população com obesidade, pelo que encaramos de forma muito positiva o lançamento desta nova opção que poderá ajudar muitas pessoas a alcançar e manter a perda de peso, a evitar doenças associadas à obesidade e, em alguns casos, evitar que as pessoas recorram a procedimentos mais invasivos ou que os façam em condições de maior segurança”, comenta a presidente da SPEO no mesmo comunicado.
“Na Europa, o liraglutido 3.0 é indicado em complemento a uma dieta com redução de calorias e aumento da atividade física para gestão do peso em adultos obesos ou com excesso de peso na presença de, pelo menos, uma comorbilidade relacionada com o peso como a disglicemia (prediabetes ou diabetes tipo 2), hipertensão ou apneia obstrutiva do sono.”
IN:NM
A opção farmacológica, o liraglutido, é um análogo de uma hormona humana que ajuda a controlar o apetite e, segundo informa a farmacêutica Novo Nordisk, comprovou ajudar também a controlar as várias doenças associadas à obesidade.
A professora Paula Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), diz que apesar de obesidade ser “uma doença crónica com um grande impacto na saúde pública e nos sistemas de saúde” e de a sua prevalência ter “aumentado a um nível alarmante em todo o mundo”, verifica-se que “a Obesidade é ainda bastante subdiagnosticada e consequentemente subtratada no nosso país”.
Sabe-se que a obesidade está associada a um decréscimo da esperança média de vida e a várias comorbidades, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares, apneia do sono, problemas ortopédicos, certos tipos de cancro e doença da vesícula biliar. Sendo que pode ainda levar a múltiplos desequilíbrios funcionais físicos e psicológicos e, claro, à diminuição da qualidade de vida.
O novo tratamento que está agora disponível, e que se junta a apenas um outro aprovado em Portugal, atua como análogo da hormona humana (GLP-1) que é libertada em resposta à ingestão de alimentos, reduzindo o apetite, e que está diminuída em indivíduos com obesidade, segundo os investigadores apuraram.
A farmacêutica explica em comunicado enviado às redações que “este novo tratamento regula o apetite, fazendo com que a sensação de fome diminua e aumente a sensação de satisfação e de saciedade depois da ingestão de alimentos”.
Sendo que os estudos realizados revelam que este novo tratamento, comercializado pela farmacêutica Novo Nordisk, o liraglutido 3 mg, conseguiu que 9 em cada 10 pessoas percam peso. Os ensaios clínicos do fármaco, que foi acompanhado por uma dieta baixa em calorias e exercício físico, mostram que, em média, as pessoas perderam 9,2% do seu peso corporal. Comparativamente, seguir a mesma dieta e fazer exercício mas tomar um placebo só conseguiu induzir a perda de 5% do peso corporal.
No que toca ao reganho do peso perdido, o novo fármaco também se mostrou promissor, com uma recuperação do peso mínima e boa manutenção do peso. O estudo SCALE, que teve a duração de 52 semanas, verificou ainda que os pacientes tratados com este fármaco notavam grandes alterações positivas no tamanho da circunferência da cintura e na tensão arterial, sendo que a prevalência de prediabetes também diminuiu em cerca de 20%.
O grande senão será, no entanto, o custo deste tratamento que, por não ser comparticipado, o paciente terá de suportar. A farmacêutica estará a aguardar a decisão do ministério em relação à possibilidade de comparticipação, mas para já cada embalagem de liraglutido 3 mg tem o custo de cerca de 256 euros – sendo que o paciente poderá ter de tomar uma embalagem por mês.
“Portugal tem uma incidência acima da média europeia com cerca de 16,4% da população com obesidade, pelo que encaramos de forma muito positiva o lançamento desta nova opção que poderá ajudar muitas pessoas a alcançar e manter a perda de peso, a evitar doenças associadas à obesidade e, em alguns casos, evitar que as pessoas recorram a procedimentos mais invasivos ou que os façam em condições de maior segurança”, comenta a presidente da SPEO no mesmo comunicado.
“Na Europa, o liraglutido 3.0 é indicado em complemento a uma dieta com redução de calorias e aumento da atividade física para gestão do peso em adultos obesos ou com excesso de peso na presença de, pelo menos, uma comorbilidade relacionada com o peso como a disglicemia (prediabetes ou diabetes tipo 2), hipertensão ou apneia obstrutiva do sono.”
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