NASA procura propostas para produzir energia nuclear na Lua

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A Lua poderá ser explorada para os mais variados fins. Depois da ideia de servir de Hub, base lunar, da exploração espacial, falou-se na possibilidade da exploração mineira. Além destas propostas, a colocação de uma central nuclear também está em cima da mesa. A NASA e o Departamento de Energia estão à procura de propostas industriais para o desenvolvimento de um sistema de energia nuclear compacto.


A ideia é até 2027 este sistema ser colocado na Lua, embora Marte também seja uma possibilidade a longo prazo.






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NASA quer produzir na Lua energia nuclear
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Numa apresentação no 1.º de setembro ao Comité de Tecnologia, Inovação e Engenharia do Conselho Consultivo da NASA, funcionários da agência disseram que esperavam lançar um pedido de propostas no final de setembro ou início de outubro para a primeira fase do seu esforço de Energia de Superfície de Fissão.



Este projeto, que já está pensado há muitos anos, visa desenvolver um sistema de energia de fissão de 10 quilowatts que poderia ser colocado na Lua já em 2027. Assim, a ideia será fornecer energia para permitir atividades de superfície lunar de longo prazo, especialmente durante a noite de duas semanas, quando a energia solar não é uma opção.


É uma capacidade de ativação para uma presença lunar sustentada, particularmente para sobreviver a uma noite lunar. A superfície da Lua oferece-nos a oportunidade de fabricar, testar e voar qualificar um sistema de fissão espacial.



Referiu Anthony Calomino, gestor de portfólios de sistemas nucleares da NASA.

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[h=3]Kilopower, o reator que poderá produzir energia na Lua[/h]
A NASA e o Departamento de Energia (DOE) têm vindo a trabalhar em conjunto nos últimos anos num projeto de energia nuclear espacial chamado Kilopower. Segundos os responsáveis, que o apresentaram em 2018, trata-se de um reator de um quilowatt. Este projeto utilizou urânio altamente enriquecido (HEU), o que permite um reator eficiente e leve.



Contudo, a utilização de HEU suscitou preocupações na comunidade de não proliferação nuclear. Esta organização argumentou que a iniciativa poderia criar um precedente para a produção renovada de HEU, que também pode ser utilizado em armas nucleares.



Anthony Calomino referiu que o DOE está agora a considerar a utilização de urânio pouco enriquecido (LEU), que não tem as questões de não proliferação. No entanto, não está tecnicamente tão maduro como o HEU, o que poderia obrigar a um aumento na massa do reator.



O Departamento de Energia procura agora ideias da indústria para desenvolver o tal sistema de energia. No passado dia 20 de agosto, as agências realizaram um dia da indústria, que atraiu mais de 180 participantes de empresas da indústria nuclear. Algumas mostraram interesse, como a BWXT e a General Atomics, bem como de empresas aeroespaciais como a Blue Origin e a Lockheed Martin.



O protótipo Kilopower inclui um sistema de conversão de energia Stirling. Crédito: NASA


[h=3]Parcerias para lançar o projeto na Lua até 2027
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O DOE e a NASA irão gerir os interessados na parceria e os projetos que surjam. Conforme é referido, para tornar o processo mais atrativo, as agências poderão entregar vários prémios até que os projetos preliminares escolhidos sejam concluídos até ao final de 2021. Uma segunda fase, com início no início de 2022, selecionaria uma empresa para desenvolver uma unidade de voo que estaria pronta para lançamento em 2027.



Além do desafio de criar algo, as agências procuram parceiros para partilhar os custos de aquisição. Isso poderia permitir às empresas propor um reator que respeite os limites de massa do projeto, mas que possa gerar mais de 10 quilowatts.



Portanto, a NASA está empenhada em usar a Lua como base de instalação de centrais de produção de energia nuclear.




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