Não resiste a 'espiar' o parceiro? 11% dos portugueses acha "aceitável"

Lordelo

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Portugal é o 12.º país da União Europeia com mais utilizadores afetados por 'stalkerware', uma ferramenta que permite a um agressor monitorizar a vida privada de outra pessoa através de um dispositivo móvel, sem o consentimento da vítima. Entre janeiro e outubro deste ano, foram contabilizados 62 utilizadores afetados. Esta é uma das conclusões do estudo 'O Assédio Digital nas Relações' da Kaspersky.

No entanto, mais de metade dos inquiridos (55%) não sabem o que é um stalkerware. Aqueles que são mais conhecedores da tecnologia estão conscientes de que este tipo de software pode monitorizar a atividade da Internet (64%), gravar a localização (64%) e fazer gravações de vídeo e áudio. Mas menos de metade dos portugueses estão conscientes de que também podem aceder às palavras-passe (31%), alertar o agressor se uma vítima tentar desinstalar o 'stalkerware' (27%) ou enviar uma notificação quando o utilizador chega a casa (30%).

Cerca de 7% dos portugueses admite que não vê qualquer problema em monitorizar o seu parceiro sem o seu conhecimento. Suspeitas de infidelidade é a principal razão que levaria uma pessoa a 'vigiar' o seu parceiro online (64%).

Embora a maioria dos portugueses (81%) não acredite que seja aceitável monitorizar o seu parceiro sem consentimento, 11% não vê qualquer problema e considera-o aceitável em algumas circunstâncias. Entre estes últimos, quase dois terços (64%) fá-lo-iam se acreditassem que o seu parceiro estava a ser infiel, se tal estivesse relacionado com a sua segurança (56%) ou se acreditassem que estavam envolvidos em atividades criminosas (48%).

O estudo da Kaspersky concluiu ainda que a 6% dos inquiridos a nível nacional já foi pedida a instalação de uma aplicação de monitorização por parte do seu parceiro. Destes, 15% já experienciaram alguma forma de violência ou abuso por parte do seu parceiro.

Quase duas em cada 10 pessoas já foi vítima de stalkerware: 17% dos inquiridos afirma ter sido vítima de perseguição através de novas tecnologias, normalmente através de dispositivos móveis e monitorização. E cerca de 15% suspeitam que o seu parceiro os espia, sendo que a esmagadora maioria dos portugueses (83%) admitem que confrontariam o seu parceiro caso descobrissem que estavam a ser seguidos.

Este estudo global contou com mais de 21 mil participantes em 21 países – incluindo Portugal.


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