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Estudo da Organização Gender and Water (Aliança Gênero e Água) mostra que as mulheres são bem mais afetadas pelas mudanças climáticas do que os homens
De acordo com María Angélica Alegria, membro da Universidade Nacional de Tucumán (Argentina) e da Aliança Gênero e Água "os mais afetados pela mudança climática são os pobres - ou seja, 1,3 milhões de pessoas, sendo que 70% destas são mulheres". Segundo Alegria, que estuda o tema há anos, 90% das pessoas que saem de suas comunidades em busca de água são mulheres, já que nos países em desenvolvimento normalmente são elas as chefes da família, responsáveis pela sobrevivência de seus filhos. Também interfere o fato de que, principalmente nos países em desenvolvimento, falta informação às mulheres sobre como se comportar em situações de risco ou de desastre ambiental. Um exemplo claro disso é que no tsunami ocorrido no sudeste asiático em 2004, 80% das vítimas eram mulheres e crianças.
A pesquisadora Celia Barbero, do Instituto para a Promoção de Ajuda para o Desenvolvimento (IPADE) FUNDACIÓN IPADE, também apresentou dados que comprovam a falta de informação das mulheres sobre como agir em situações extremas. Segundo Barbero, durante o furacão Mitch, que afetou a costa da América Central, cerca de 5 mil pessoas morreram e 8 mil foram declaradas desaparecidas. Entretanto, no povoado de Masica (localizado na costa caribenha de Honduras) não houve nem mortos, nem desaparecidos, já que toda população estava bastante bem informada sobre como agir nesse tipo de situação, principalmente a parcela feminina da comunidade. Nesta mesma região, quando os homens abandonaram seus postos ante os avisos de furacão e emergência, foram as mulheres quem os substituíram e conseguiram evitar a tragédia.
Segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Selma Lopes