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Morto com três tiros nas costas

Rotertinho

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Caneças: Homicida fugiu do local mas acabou detido em casa
Morto com três tiros nas costas

A rivalidade entre António Sales e Fernando Carreira por causa dos terrenos e do barulho dos cães durava há vários anos, mas nunca passava de discussões acesas, sempre no meio da rua, no bairro do Pinhal Verde, em Caneças, Odivelas. Mas, anteontem de madrugada, os dois homens discutiram mais uma vez, agrediram-se mutuamente a soco e a pontapé e António, com cerca de 60 anos, pegou numa pistola e assassinou Fernando com três tiros nas costas.

O agressor foi, pouco depois, detido em casa. "Aquilo foi horrível. O Fernando estava quase a ir embora com um amigo que tinha vindo com ele dar comida aos cães quando o António os seguiu com um bastão e disse que os ia matar, mas ainda não lhe tinha mostrado a arma. Os dois estiveram a discutir e o António ainda levou vários murros e pontapés na cara, mas conseguiu levantar-se e deu três tiros nas costas do Fernando", recorda ao CM uma testemunha que assistiu ao homicídio.

O INEM foi chamado ao local mas já nada havia a fazer. Aos 49 anos, a vítima deixa mulher e dois filhos. Depois do sucedido, António Sales pôs-se em fuga, mas a PSP deteve-o pouco depois na garagem de casa. É hoje presente a tribunal.

Fernando Carreira vivia com a família em Casal de São Brás, na Amadora, mas tinha um terreno onde guardava os cães mesmo em frente à casa de António. Ao que o CM apurou, a família da vítima não tinha conhecimento das constantes ameaças de morte, que duravam há já bastantes anos. O homicida está reformado por stress de guerra, do tempo em que esteve no Ultramar. Os familiares de Fernando recusaram-se a prestar declarações.

"UM DIA VOU MATAR ALGUÉM"

António Sales, com cerca de 60 anos, é visto pelos vizinhos do bairro do Pinhal Verde, em Caneças, Odivelas, como uma pessoa violenta. "Toda a gente tem medo dele aqui porque tem armas em casa. Anda sempre a ameaçar as pessoas por causa dos terrenos e dos cães que fazem barulho. Até é acusado de cegar os animais", contou ao CM uma vizinha que, com medo de represálias, pediu o anonimato.

"Sabia que ele tinha uma pistolas porque ele já me mostrou, mas nunca pensei que ele perdesse a cabeça desta maneira. As ameaças de morte eram muitas e ele nunca as concretizou, mas realmente dizia várias vezes: um dia vou matar alguém...", recorda outro vizinho. A mulher ainda tentou esconder o homem, que, após o crime, se escondeu em casa. Também ela não aceitou falar ontem ao CM.


Correio da Manha
 
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