Meteorito mais valioso que ouro pode conter blocos da construção da vida na Terra

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Não é a primeira vez que alguns investigadores sugerem que a vida na Terra teve origem extraterrestre. Aliás, com a evolução da tecnologia, há cada vez mais evidência conseguidas através de meteoritos que caem no nosso planeta.


Em 2019, uma pequena e macia rocha espacial atingiu a Costa Rica. Este meteorito colorido pode ter carregado blocos de construção para toda a vida.






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Meteorito poderá ter a chave da vida na Terra
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Era um bola de fogo que explodiu antes de atingir o solo terrestre. Da explosão resultaram muitos fragmentos de um meteorito que poderá ser a chave da vida na Terra.



Estes fragmentos espalharam-se por duas aldeias da Costa Rica, La Palmera e Aguas Zarcas. E embora os meteoritos apareçam um pouco por todo o planeta, estes fragmentos são especiais.



Conforme foi dado a conhecer, o asteroide que gerou estes meteoritos era um fragmento remanescente do início do sistema solar.







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Meteorito Aguas Zarca carrega indícios do princípio da vida do Sistema Solar
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Em homenagem ao local da descoberta, os fragmentos foram batizados com o nome da aldeia, chamaram-lhes Aguas Zarcas.



Este meteorito pertence a uma classe rara chamada condritos carbonáceos. São pedaços de material com origem nas primeiras horas de vida do Sistema Solar.



Neles podem ser encontrados compostos de carbono complexos, onde se incluem aminoácidos, compostos capazes de se unir para formar proteínas e ADN e talvez outros blocos de construção ainda mais complexos da vida.



Enquanto outros pedaços rochosos do início do sistema solar se tornaram partes de planetas, este permaneceu intacto e mudou com o tempo apenas por meio de reações químicas impulsionadas pela luz solar que estimularam a criação de compostos químicos cada vez mais complexos.



Este caso não é o primeiro. Isto porque em 1969, na Austrália, explodiu o meteoro Murchison, que apresenta características semelhantes.



Conforme foi descrito num artigo para a Science, Joshua Sokol explicou que a análise aos elementos químicos que compõe este tipo de meteoritos, pode ter ajudado a formar a ideia de que a vida teve origem no espaço.






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A vida na Terra poderá ter origem extraterrestre
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Tal como o meteorito Murchison, este fragmento de Aguas Zarcas contém poeira da antiga Via Láctea, antes do nosso Sol se formar.



Apesar de os estudos ao novo meteorito ainda serem incompletos, os investigadores estão entusiasmados. Isto porque atualmente poderão examinar os fragmentos recorrendo a tecnologias modernas. Nesse sentido será possível procurar por compostos orgânicos complexos – talvez até proteínas – que, mesmo que existissem no interior do meteorito de Murchison, já desapareceram há muito tempo, degradando-se na atmosfera da Terra.



O meteorito Murchison assemelhava muito ao Aguas Zarcas, e se Aguas Zarcas continha proteínas, então Murchison provavelmente também, embora a oportunidade de as detetar tenha sido perdida.



Atualmente já existem evidências de aminoácidos neste fragmento de Aguas Zarcas que não encontrados em outro lugar em Terra.



Os fragmentos de Aguas Zarcas podem oferecer as amostras mais puras do início do sistema solar e da nuvem de poeira pré-solar.



Estes restos de asteroides deverão ser realmente puros, pois podem nunca ter tocado na atmosfera ou ter-se instalado no solo.



Escreveu o jornalista Joshua Sokol.

[h=3]Missão ao asteroide Ryugu poderá trazer mais pistas[/h]
Para já as amostras que podem ajudar são as que temos no planeta. Contudo, a sonda japonesa Hayabusa2, lançada em 2014, tem o objetivo de analisar o asteroide Ryugu. Assim, as amostras desse astro podem conter condrito carbonáceo.


Em 2023, a NASA voltará às suas próprias amostras de um asteroide semelhante, Bennu. Segundo Sokol, estas amostras estarão provavelmente relacionadas com a Aguas Zarcas.




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