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Laboratório - Processamento

ferny

GF Prata
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Laboratório-Processamento





Comecemos nesta parte por desfazer um erro muito comum: chamar equivocadamente REVELAÇÃO a um conjunto de procedimentos divididos em duas partes, cada uma com pelos menos quatro processos, tratando- de filmes Preto-e-Branco. Como é grande o número de laboratórios onde deixamos o filme exposto e pegamos as cópias em papel prontas, dá-se a impressão que se trata de um processo simples; e é, mas tal processo envolve mais do que aquilo que podemos considerar como a revelação propriamente dita, de maneira que o termo mais adequado para este conjunto de operações, em que o filme exposto é convertido em cópias em papel, é PROCESSAMENTO.



Negativo P/B





Primeiramente, diz-se que um filme é virgem quando ainda não recebeu nenhuma luz; caso contrário, dizemos que foi exposto, isto é, recebeu exposição de luz.
Na exposição de uma emulsão fotográfica, ocorrem alguns fenómenos de ordem atómica com os halóides de prata. A luz que incide sobre a prata numa proporção de contraste, isto é, objectos que refletem pouca luz não sendo sensibilizados e os demais sim, tende a transformar estes últimos em átomos neutros, mas que não se distinguem dos demais vistos neste estágio, nem mesmo a nível microscópico. Nesta etapa, onde os halóides de prata ainda não são visíveis, chamamos a imagem apreendida no filme de IMAGEM LATENTE. Para que tais átomos modificados pela acção da luz tornem-se visíveis e distintos dos demais, faz-se necessária a intervenção de um agente REVELADOR, ou seja, um composto químico capaz de traduzir esta diferença atómica em forma de enegrecimento das partículas.Entretanto, embora o revelador transforme a imagem latente em visível, ele fa-lo apenas nos halóides sensibilizados. Todos os grãos da prata que não sofreram acção da luz continuam na emulsão, e mantém as suas capacidades fotossensíveis, de maneira que ainda se podem alterar quando novamente expostos. Desta arte faz-se necessário um outro procedimento que tem duas funções básicas: retirar os grão não atingidos pela luz e estabilizar a imagem revelada da prata metálica que formou a imagem. Este procedimento é feito pelo agente FIXADOR. O fixador reduz os grãos de prata não sensibilizados a uma suspensão invisível de átomos que é eliminada na última etapa, a LAVAGEM, feita com água.
Existe ainda a necessidade de uma etapa intermediária entre revelação e fixação, decorrente da capacidade do revelador actuar sobre os halóides sensíveis de maneira progressiva. Cada filme possui um tempo de revelação próprio decorrente da sua sensibilidade e da forma como foi exposto. Alterar este tempo equivale a modificar a sensibilidade original e desviar-se da exposição correcta, ainda que tal prática possa ser feita com intuito proposital. Assim, deve existir um agente INTERRUPTOR, que neutraliza o efeito do revelador a fim de preservar as suas condições originais ou manter rígido controle sobre as alterações que o fotógrafo julge necessárias. O interruptor é ácido acético diluído.
Portanto, temos as seguintes etapas do processamento partindo da imagem latente até o negativo estável:
1) Revelação
2) Interrupção
3) Fixação
4) Lavagem



Positivo P/B





No processo reversível do Preto-e-Branco, os princípios são os mesmos, mas é adicionado, após o banho interruptor, um agente BRANQUEADOR. Ele tem a função de inverter a imagem negativa, eliminando a imagem de prata sensibilizada e velando os halóides que não foram atingidos pela luz. Assim, o processamento reversível grava no filme as áreas escuras, e não as claras, deixando a imagem final transparente e positiva.
 
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