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Uma experiência da Universidade de Brown conseguiu restaurar a visão de animais com doenças da retina. O tratamento, embora ainda em fase experimental, mostra-se promissor. Sim, injetam ouro no olho doente!
Uma técnica revolucionária desenvolvida por investigadores da Universidade de Brown conseguiu restaurar parcialmente a visão em animais com doenças retinianas, através da injeção de nanopartículas de ouro.
Este tratamento, que ainda se encontra em fase experimental, poderá vir a ser uma alternativa eficaz para milhões de pessoas afetadas por degeneração macular e outras patologias visuais. O procedimento consiste em introduzir no olho partículas microscópicas de ouro que se fixam às células internas da retina.
Estas partículas são ativadas por um laser de luz infravermelha projetado a partir de uns óculos, o que permite estimular diretamente as células bipolares e ganglionares.
Desta forma, evita-se a dependência dos fotorrecetores, que normalmente estão danificados neste tipo de doenças.
Ao contrário dos métodos anteriores, que exigiam a colocação de elétrodos através de cirurgia, esta técnica requer apenas uma injeção intravítrea, considerada um dos procedimentos mais simples em oftalmologia.
Explicou Jiarui Nie, autora principal do estudo publicado na revista ACS Nano.
A experiência foi realizada em ratos geneticamente modificados para simular doenças retinianas.
Após a aplicação da solução com nanopartículas, os investigadores verificaram que o cérebro dos animais reagia a estímulos visuais, o que indica que parte do sinal perdido foi recuperado. Além disso, confirmou-se que as nanopartículas podiam permanecer no olho durante vários meses sem provocar efeitos tóxicos ou inflamatórios.
Em Portugal, cerca de 12,5% da população com 55 anos ou mais apresenta sinais de alguma forma de Degenerescência Macular da Idade (DMI), conforme revelado por um estudo nacional.
A forma mais precoce da doença é responsável por aproximadamente 85% a 90% dos casos e, geralmente, não provoca sintomas relevantes.
As estimativas apontam para cerca de 300.000 casos de DMI precoce no país. Além disso, surgem anualmente cerca de 3.000 novos casos de DMI exsudativa e 2.000 casos de atrofia geográfica, que são formas mais avançadas da doença.
Assim, este tratamento, ao focar-se nas células que ainda se mantêm funcionais, permite recuperar a visão sem alterar a estrutura do olho nem recorrer a técnicas invasivas.
O sistema concebido pelos investigadores seria complementado com uns óculos equipados com câmara e emissor de luz infravermelha, capazes de transformar as imagens do ambiente em sinais que as nanopartículas possam interpretar.
Desta forma, conseguir-se-ia uma ativação personalizada e precisa do campo visual sem interferir com a visão residual do paciente.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o método também supera uma das principais limitações das tecnologias anteriores: a resolução. Enquanto os antigos implantes baseados em elétrodos cobriam apenas cerca de 60 pixeis, a dispersão uniforme das nanopartículas por toda a retina permitiria cobrir uma área maior do campo visual com uma resolução mais natural.
Concluiu Nie, que desenvolveu esta investigação durante o seu doutoramento na Universidade de Brown.
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Visão de ouro!
Uma técnica revolucionária desenvolvida por investigadores da Universidade de Brown conseguiu restaurar parcialmente a visão em animais com doenças retinianas, através da injeção de nanopartículas de ouro.
Este tratamento, que ainda se encontra em fase experimental, poderá vir a ser uma alternativa eficaz para milhões de pessoas afetadas por degeneração macular e outras patologias visuais. O procedimento consiste em introduzir no olho partículas microscópicas de ouro que se fixam às células internas da retina.

Estas partículas são ativadas por um laser de luz infravermelha projetado a partir de uns óculos, o que permite estimular diretamente as células bipolares e ganglionares.
Desta forma, evita-se a dependência dos fotorrecetores, que normalmente estão danificados neste tipo de doenças.
Ao contrário dos métodos anteriores, que exigiam a colocação de elétrodos através de cirurgia, esta técnica requer apenas uma injeção intravítrea, considerada um dos procedimentos mais simples em oftalmologia.
Esta é um novo tipo de prótese retiniana que pode restaurar a visão sem necessidade de cirurgia complexa nem modificações genéticas.
Explicou Jiarui Nie, autora principal do estudo publicado na revista ACS Nano.
A experiência foi realizada em ratos geneticamente modificados para simular doenças retinianas.
Após a aplicação da solução com nanopartículas, os investigadores verificaram que o cérebro dos animais reagia a estímulos visuais, o que indica que parte do sinal perdido foi recuperado. Além disso, confirmou-se que as nanopartículas podiam permanecer no olho durante vários meses sem provocar efeitos tóxicos ou inflamatórios.
Uma esperança realista para milhares de portugueses
Em Portugal, cerca de 12,5% da população com 55 anos ou mais apresenta sinais de alguma forma de Degenerescência Macular da Idade (DMI), conforme revelado por um estudo nacional.
A forma mais precoce da doença é responsável por aproximadamente 85% a 90% dos casos e, geralmente, não provoca sintomas relevantes.
As estimativas apontam para cerca de 300.000 casos de DMI precoce no país. Além disso, surgem anualmente cerca de 3.000 novos casos de DMI exsudativa e 2.000 casos de atrofia geográfica, que são formas mais avançadas da doença.
Assim, este tratamento, ao focar-se nas células que ainda se mantêm funcionais, permite recuperar a visão sem alterar a estrutura do olho nem recorrer a técnicas invasivas.
O sistema concebido pelos investigadores seria complementado com uns óculos equipados com câmara e emissor de luz infravermelha, capazes de transformar as imagens do ambiente em sinais que as nanopartículas possam interpretar.
Desta forma, conseguir-se-ia uma ativação personalizada e precisa do campo visual sem interferir com a visão residual do paciente.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o método também supera uma das principais limitações das tecnologias anteriores: a resolução. Enquanto os antigos implantes baseados em elétrodos cobriam apenas cerca de 60 pixeis, a dispersão uniforme das nanopartículas por toda a retina permitiria cobrir uma área maior do campo visual com uma resolução mais natural.
Demonstrámos que as nanopartículas podem permanecer na retina durante meses sem causar toxicidade.
E demonstrámos que conseguem ativar com sucesso o sistema visual. Isso é muito encorajador para aplicações futuras.
Concluiu Nie, que desenvolveu esta investigação durante o seu doutoramento na Universidade de Brown.
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