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A ilha de Santa Maria situa-se no extremo sudeste do arquipélago dos Açores, fazendo parte do seu Grupo Oriental. Tem uma superfície de 97,4 km² e uma população residente (gentílico: marienses) de 5 578 habitantes (2001), distribuída pelas cinco freguesias que compõem o concelho de Vila do Porto, o único da ilha.
Terá sido a primeira ilha dos Açores a ser avistada, por volta de 1427, pelo navegador português Diogo de Silves. Cristóvão Colombo escalou na ilha no regresso da sua primeira viagem à América (fevereiro de 1493).
O principal pilar de sustentação da economia da ilha é a actividade aeronáutica, com o Aeroporto de Santa Maria e o Centro de Controlo Aéreo do Atlântico, o qual administra a FIR Oceânica de Santa Maria, uma das maiores e mais importantes regiões de informação de voo do Mundo.
Localizada no extremo sueste do arquipélago dos Açores, a cerca de 100 km ao sul da ilha de São Miguel e a cerca de 600 km da ilha das Flores, Santa Maria é a ilha mais antiga do arquipélago, com formações que ultrapassam os 8,12 milhões de anos de idade[1], sendo por isso a de vulcanismo mais remoto. Esta idade comparativamente avançada confere maturidade ao relevo e explica a presença de extensas formações de origem sedimentar onde se podem encontrar fósseis marinhos. É também a única dos Açores que não apresenta actividade vulcânica recente, embora esteja sujeita a sismicidade relativamente elevada dada a sua proximidade ao troço final da Falha Glória (zona de fractura Açores-Gibraltar).
Com apenas 97,4 km² de área emersa, forma grosseiramente oval, com um comprimento máximo no sentido noroeste-sudeste de 16,8 km, a ilha está dividida em duas regiões com aspecto geomorfológico nitidamente contrastante:
Uma extensa região aplanada e baixa, ocupando os dois terços ocidentais da ilha, com uma altitude máxima de 277 metros acima do nível do mar nos Piquinhos, com solos argilosos. A baixa altitude não permite a intercepção da humidade atmosférica, gerando um clima seco, que dá a esta região da ilha um carácter distintamente mediterrânico, em forte contraste com o resto do arquipélago. No extremo sudoeste desta zona aplainada situa-se a vila de Vila do Porto, a maior povoação da ilha (com cerca de 65% da população residente) e as freguesias de São Pedro e de Almagreira. O aeroporto de Santa Maria ocupa toda a faixa litoral oeste da ilha, aproveitando a paisagem naturalmente plana do local e a ausência de obstáculos nas suas zonas de aproximação. Na costa sudoeste, na foz das duas ribeiras que ali confluem, encontra-se uma profunda enseada onde se localiza o porto da Vila do Porto. Uma larga baía a norte, abriga o porto dos Anjos, o povoado mais antigo da ilha, e o local de desembarque de Cristóvão Colombo.
O terço oriental da ilha é constituído por terras altas, muito acidentadas e esculpidas pela erosão. Nesta zona situa-se o ponto mais elevado da ilha, o Pico Alto, com 590 metros de altitude, e os picos das Cavacas (491 m) e Caldeira (481 m). A intercepção da humidade dos ventos leva à formação de nuvens orográficas em torno do pico, propiciando abundante precipitação oculta e dando à área condições para a existência de uma vegetação rica e de alguma agricultura. Nesta região situam-se as freguesias de Santa Bárbara e de Santo Espírito, as mais rurais e mais agrícolas da ilha.
A geologia da ilha caracteriza-se pela presença de um substrato basáltico deformado por fracturas que seguem uma orientação preferencial NW-SW, no qual está intercalada uma densa rede filoniana com a mesma orientação. Intercalados nos basaltos encontram-se algumas formações de carácter traquibasáltico. Sobre estes materiais encontram-se extensos depósitos fossilíferos, incrustados em depósitos calcários de origem marinha, formado num período de transgressão em que o oceano se encontraria a cerca de 40 metros acima do actual nível médio do mar. A presença destes depósitos, únicos nos Açores, originou na ilha uma indústria de extracção de calcário e fabrico de cal, que atingiu o seu auge no princípio do século XX, encontrando-se há muito extinta.
Os depósitos fossilíferos de Santa Maria despertaram grande interesse da comunidade científica, levando a numerosos estudos paleontológicos, desenvolvidos a partir do terceiro quartel do século XIX. Publicaram estudos sobre os fósseis da ilha, entre outros, Georg Hartung (1860)[2], Reiss (1862)[3], Bronn (1860), Mayer (1864), Friedlander (1929) e José Agostinho (1937). A importância científica dos depósitos fossilíferos levou à criação, pelo Decreto Legislativo Regional n.º 5/2005/A, de 13 de Maio, da Reserva Natural Regional do Figueiral e Prainha, incluindo o Monumento Natural da Pedreira do Campo, uma zona de particular interesse geológico.
A antiguidade da ilha e a fama que a existência de calcários lhe confere, levou à crença, errada, de que a ilha não seria vulcânica, a que se junta o mito de que nela não ocorreriam sismos (o que é desmentido pelos fortes sismos de Novembro de 1937 e Maio de 1939 e pela recente crise sísmica de Março de 2007).
A região ocidental da ilha está recoberta por um solo argiloso de cor avermelhada, resultante da profunda alteração de piroclastos de idade pliocénica, formados quando o clima da ilha era muito mais quente e húmido do que o actual e o nível médio do mar se situaria cerca de 100 metros abaixo do actual[4]. Nas imediações de Vila do Porto, aparecem espessos depósitos de barro vermelho que deram origem a uma importante indústria de olaria, hoje quase desaparecida, e à exportação de bolas de barro para Vila Franca do Campo e Lagoa, constituindo assim a principal matéria prima da olaria tradicional micaelense.
A costa da ilha é em geral escarpada, atingindo os 340 metros de altura nas arribas do lugar da Rocha Alta. A ilha tem um conjunto de pontas muito pronunciadas (Ponta do Marvão, Ponta do Castelo e Ponta do Norte), demarcando algumas baías abrigadas onde aparecem praias de areias brancas (Baía de São Lourenço e Praia Formosa). Ao longo das costas de Santa Maria existem alguns ilhéus e rochedos de dimensão apreciável, com destaque para o ilhéu de São Lourenço, o ilhéu da Vila e o ilhéu das Lagoínhas.
O povoamento é disperso, com as casas espalhadas por toda a ilha, formando pequenos núcleos ao longo das zonas mais ricas em água da parte ocidental e anichadas nos vales da parte oriental. O maior povoado é Vila do Porto, à qual está ligado o complexo habitacional e cívico que nasceu em torno do aeroporto, restos da estrutura urbana da antiga base aérea americana dos tempos da Segunda Guerra Mundial. A habitação tradicional é em alvenaria de pedra, com rebocos pintados de branco, barras coloridas em torno das portas e janelas e grandes chaminés cilíndricas, fazendo lembrar as casas alentejanas e algarvias.
O relevo e a riqueza de contrastes entre a terra e o mar, a que se associa o equilíbrio arquitectónico dos povoados, conferem grande beleza à paisagem rural mariense.
O território da ilha constitui um único concelho, o de Vila do Porto, com uma população residente de 5 578 habitantes (2001), dividido em cinco freguesias:
Vila do Porto, incluindo o Aeroporto e os lugares de Anjos e Rosa Alta, com 2 997 habitantes (2001);
São Pedro, com 841 habitantes (2001);
Almagreira, com 537 habitantes (2001);
Santo Espírito, com 723 habitantes (2001);
Santa Bárbara, com 480 habitantes (2001).
Dada a sua baixa altitude, a ilha tem um clima oceânico menos acentuado do que as restantes ilhas açorianas, ameno e com grande insolação, aproximando-se das características do clima mediterrânico, com um Verão seco e quente, bem marcado, e um Inverno suave e pouco chuvoso. As temperaturas médias do ar oscilam entre os 14º C e os 22º C.
Fonte: wikipédia
Terá sido a primeira ilha dos Açores a ser avistada, por volta de 1427, pelo navegador português Diogo de Silves. Cristóvão Colombo escalou na ilha no regresso da sua primeira viagem à América (fevereiro de 1493).
O principal pilar de sustentação da economia da ilha é a actividade aeronáutica, com o Aeroporto de Santa Maria e o Centro de Controlo Aéreo do Atlântico, o qual administra a FIR Oceânica de Santa Maria, uma das maiores e mais importantes regiões de informação de voo do Mundo.
Localizada no extremo sueste do arquipélago dos Açores, a cerca de 100 km ao sul da ilha de São Miguel e a cerca de 600 km da ilha das Flores, Santa Maria é a ilha mais antiga do arquipélago, com formações que ultrapassam os 8,12 milhões de anos de idade[1], sendo por isso a de vulcanismo mais remoto. Esta idade comparativamente avançada confere maturidade ao relevo e explica a presença de extensas formações de origem sedimentar onde se podem encontrar fósseis marinhos. É também a única dos Açores que não apresenta actividade vulcânica recente, embora esteja sujeita a sismicidade relativamente elevada dada a sua proximidade ao troço final da Falha Glória (zona de fractura Açores-Gibraltar).
Com apenas 97,4 km² de área emersa, forma grosseiramente oval, com um comprimento máximo no sentido noroeste-sudeste de 16,8 km, a ilha está dividida em duas regiões com aspecto geomorfológico nitidamente contrastante:
Uma extensa região aplanada e baixa, ocupando os dois terços ocidentais da ilha, com uma altitude máxima de 277 metros acima do nível do mar nos Piquinhos, com solos argilosos. A baixa altitude não permite a intercepção da humidade atmosférica, gerando um clima seco, que dá a esta região da ilha um carácter distintamente mediterrânico, em forte contraste com o resto do arquipélago. No extremo sudoeste desta zona aplainada situa-se a vila de Vila do Porto, a maior povoação da ilha (com cerca de 65% da população residente) e as freguesias de São Pedro e de Almagreira. O aeroporto de Santa Maria ocupa toda a faixa litoral oeste da ilha, aproveitando a paisagem naturalmente plana do local e a ausência de obstáculos nas suas zonas de aproximação. Na costa sudoeste, na foz das duas ribeiras que ali confluem, encontra-se uma profunda enseada onde se localiza o porto da Vila do Porto. Uma larga baía a norte, abriga o porto dos Anjos, o povoado mais antigo da ilha, e o local de desembarque de Cristóvão Colombo.
O terço oriental da ilha é constituído por terras altas, muito acidentadas e esculpidas pela erosão. Nesta zona situa-se o ponto mais elevado da ilha, o Pico Alto, com 590 metros de altitude, e os picos das Cavacas (491 m) e Caldeira (481 m). A intercepção da humidade dos ventos leva à formação de nuvens orográficas em torno do pico, propiciando abundante precipitação oculta e dando à área condições para a existência de uma vegetação rica e de alguma agricultura. Nesta região situam-se as freguesias de Santa Bárbara e de Santo Espírito, as mais rurais e mais agrícolas da ilha.
A geologia da ilha caracteriza-se pela presença de um substrato basáltico deformado por fracturas que seguem uma orientação preferencial NW-SW, no qual está intercalada uma densa rede filoniana com a mesma orientação. Intercalados nos basaltos encontram-se algumas formações de carácter traquibasáltico. Sobre estes materiais encontram-se extensos depósitos fossilíferos, incrustados em depósitos calcários de origem marinha, formado num período de transgressão em que o oceano se encontraria a cerca de 40 metros acima do actual nível médio do mar. A presença destes depósitos, únicos nos Açores, originou na ilha uma indústria de extracção de calcário e fabrico de cal, que atingiu o seu auge no princípio do século XX, encontrando-se há muito extinta.
Os depósitos fossilíferos de Santa Maria despertaram grande interesse da comunidade científica, levando a numerosos estudos paleontológicos, desenvolvidos a partir do terceiro quartel do século XIX. Publicaram estudos sobre os fósseis da ilha, entre outros, Georg Hartung (1860)[2], Reiss (1862)[3], Bronn (1860), Mayer (1864), Friedlander (1929) e José Agostinho (1937). A importância científica dos depósitos fossilíferos levou à criação, pelo Decreto Legislativo Regional n.º 5/2005/A, de 13 de Maio, da Reserva Natural Regional do Figueiral e Prainha, incluindo o Monumento Natural da Pedreira do Campo, uma zona de particular interesse geológico.
A antiguidade da ilha e a fama que a existência de calcários lhe confere, levou à crença, errada, de que a ilha não seria vulcânica, a que se junta o mito de que nela não ocorreriam sismos (o que é desmentido pelos fortes sismos de Novembro de 1937 e Maio de 1939 e pela recente crise sísmica de Março de 2007).
A região ocidental da ilha está recoberta por um solo argiloso de cor avermelhada, resultante da profunda alteração de piroclastos de idade pliocénica, formados quando o clima da ilha era muito mais quente e húmido do que o actual e o nível médio do mar se situaria cerca de 100 metros abaixo do actual[4]. Nas imediações de Vila do Porto, aparecem espessos depósitos de barro vermelho que deram origem a uma importante indústria de olaria, hoje quase desaparecida, e à exportação de bolas de barro para Vila Franca do Campo e Lagoa, constituindo assim a principal matéria prima da olaria tradicional micaelense.
A costa da ilha é em geral escarpada, atingindo os 340 metros de altura nas arribas do lugar da Rocha Alta. A ilha tem um conjunto de pontas muito pronunciadas (Ponta do Marvão, Ponta do Castelo e Ponta do Norte), demarcando algumas baías abrigadas onde aparecem praias de areias brancas (Baía de São Lourenço e Praia Formosa). Ao longo das costas de Santa Maria existem alguns ilhéus e rochedos de dimensão apreciável, com destaque para o ilhéu de São Lourenço, o ilhéu da Vila e o ilhéu das Lagoínhas.
O povoamento é disperso, com as casas espalhadas por toda a ilha, formando pequenos núcleos ao longo das zonas mais ricas em água da parte ocidental e anichadas nos vales da parte oriental. O maior povoado é Vila do Porto, à qual está ligado o complexo habitacional e cívico que nasceu em torno do aeroporto, restos da estrutura urbana da antiga base aérea americana dos tempos da Segunda Guerra Mundial. A habitação tradicional é em alvenaria de pedra, com rebocos pintados de branco, barras coloridas em torno das portas e janelas e grandes chaminés cilíndricas, fazendo lembrar as casas alentejanas e algarvias.
O relevo e a riqueza de contrastes entre a terra e o mar, a que se associa o equilíbrio arquitectónico dos povoados, conferem grande beleza à paisagem rural mariense.
O território da ilha constitui um único concelho, o de Vila do Porto, com uma população residente de 5 578 habitantes (2001), dividido em cinco freguesias:
Vila do Porto, incluindo o Aeroporto e os lugares de Anjos e Rosa Alta, com 2 997 habitantes (2001);
São Pedro, com 841 habitantes (2001);
Almagreira, com 537 habitantes (2001);
Santo Espírito, com 723 habitantes (2001);
Santa Bárbara, com 480 habitantes (2001).
Dada a sua baixa altitude, a ilha tem um clima oceânico menos acentuado do que as restantes ilhas açorianas, ameno e com grande insolação, aproximando-se das características do clima mediterrânico, com um Verão seco e quente, bem marcado, e um Inverno suave e pouco chuvoso. As temperaturas médias do ar oscilam entre os 14º C e os 22º C.
Fonte: wikipédia