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Notícias Homem detido em Maputo por envolvimento em rapto

Roter.Teufel

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Homem detido em Maputo por envolvimento em rapto

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Polícia moçambicana registou um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) anunciou esta quinta-feira a detenção de um cidadão indiciado de participar no crime de rapto que ocorreu em 11 de outubro, na capital moçambicana.

Em conferência de imprensa esta quinta-feira, o porta-voz do Sernic em Maputo, Hilário Lole, afirmou tratar-se de um cidadão de 47 anos de idade, do sexo masculino, que supostamente terá participado na materialização do rapto de um empresário na capital do país, com a falsificação da matrícula do veículo usado para operacionalizar o crime.

"O indivíduo confessa ter participado na atribuição da chapa da matrícula que foi usada na viatura, a matrícula não é pertencente àquela viatura e eles primeiro fizeram um trabalho de identificar uma matrícula que iam usar e criar artifícios fraudulentos para reproduzi-la e colar noutra viatura para a prática do crime", declarou à comunicação social o responsável da polícia.

"A solicitação da estampagem da matrícula foi feita de forma irregular, não obedeceu aos requisitos e eles usaram artifícios fraudulentos, tendo se confirmado que não era a primeira vez que este indivíduo faz este tipo de trabalho", acrescentou o porta-voz do Sernic.

As autoridades policiais moçambicanas avançaram que, em conexão com o caso, investigam o suposto mandante do rapto, tendo declarado que têm evidências de se tratar de um cidadão que já esteve detido num estabelecimento penitenciário da província moçambicana de Maputo, envolvido igualmente na prática de crime de rapto.

O Sernic disse ainda que na viatura usada para o rapto encontrou outras chapas de matrículas, em que acredita que seriam usados para raptar outras vítimas.

Mais um empresário foi raptado no centro de Maputo, por homens armados, mas entretanto resgatado peças forças policiais, anunciou em 11 de outubro a Polícia da República de Moçambique (PRM) na capital moçambicana.

"Foi por volta das 08:00 [menos uma hora em Lisboa] que um empresário moçambicano, de cerca de 50 anos, foi intercetado, justamente quando ia instalar [abrir] o seu estabelecimento comercial, que depois de atravessar essa avenida teria sido interpelado por três indivíduos que traziam consigo armas de fogo", disse Leonel Muchina porta-voz da PRM em Maputo.

O rapto aconteceu na rua José Solvo, centro da cidade de Maputo, quando o empresário, junto ao seu estabelecimento comercial, foi "arrastado" pelos raptores e colocado à "força" numa viatura.

Trata-se do primeiro caso de rapto conhecido publicamente em Maputo desde o início de agosto, período que coincidiu com a campanha para as eleições gerais no país, realizadas esta quarta-feira.

Cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixaram o país por receio, segundo números divulgados em julho pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que defende que é tempo de o Governo dizer "basta".

"Já vão a caminho de 150. Abandonaram o país mais de uma centena. Não estamos a falar daqueles que exerciam cargos da administração ou direção, se contarmos com esses são muitos mais. Estamos a falar daqueles que detinham o capital, eram os acionistas das empresas", afirmou, em conferência de imprensa, em Maputo, o presidente do pelouro de segurança e proteção privada da CTA, Pedro Baltazar.

"Passados cerca de 12 anos desde a ocorrência do primeiro rapto, achamos que é tempo suficiente para que o Governo se pressione de forma mais pragmática a dar um basta a este mal. Por isso, reiteramos a necessidade de o Governo acolher as medidas propostas pelo setor privado", afirmou o dirigente da CTA, reconhecendo o impacto de "biliões de dólares" na economia e no emprego no país.

A polícia moçambicana registou, até março, um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou anteriormente o ministro do Interior.

Correio da Manhã
 
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