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A partir do próximo ano, todos os jovens de 18 anos vão passar a receber um questionário sobre a sua disposição para servir nas Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr). Os homens deverão preencher o documento e submeter-se a uma triagem médica abrangente, mas não serão obrigados a servir.
O compromisso resolve a longa disputa entre os partidos da coligação sobre o novo serviço militar com vários avanços e recuos. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, teve de tornar mensurável o aumento do efetivo das tropas, sob pressão da CDU/CSU, introduzindo o registo militar e a triagem obrigatória para todos os homens nascidos a partir de 01 de janeiro de 2008.
Com base nos questionários e nos resultados da triagem, as Forças Armadas poderão, em caso de defesa nacional, recorrer a uma lista de potenciais recrutas.
A administração militar terá cerca de 18 meses para reconstruir um sistema de triagem capaz de avaliar até 300 mil pessoas por ano.
Quem servir voluntariamente recebe cerca de 2.600 euros brutos por mês. A partir de um compromisso de um ano, será concedido um subsídio para carta de condução de carro ou camião.
Caso não se voluntariem jovens suficientes para atingir os números pretendidos pelo governo, poderá ser introduzida uma "obrigação de serviço militar por necessidade". O parlamento decidirá em função da situação de segurança, se isto deve acontecer.
Neste caso, poderá utilizar-se um procedimento aleatório para selecionar candidatos. Mas o sistema de sorteio, proposto pelos conservadores, fica fora do acordo.
Em conferência de imprensa, Jens Spahn, líder parlamentar da União Democrata-cristão (CDU), considerou este novo modelo um bom resultado com "mais compromisso com o voluntariado".
Já Matthias Miersch, do SPD, revelou que as negociações não foram fáceis, mas mostrou confiança no voluntariado. Caso a meta não seja alcançada, admitiu ter de voltar a discutir o tema no parlamento.
Paralelamente ao reforço das Forças Armadas, os serviços civis voluntários também serão alargados. Para tal, no próximo ano serão disponibilizados mais 50 milhões de euros e, a partir de 2027, 80 milhões anuais. O objetivo é criar mais de 15 mil novos lugares, por exemplo em creches, escolas, lares de idosos, bem como no setor do clima e proteção civil.
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