Em que hardware devo investir? Parte II

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por Hugo Cura

Tal como já foi referido no primeiro artigo desta rubrica, esta dúvida surge sempre que somos confrontados com a velocidade de funcionamento do nosso desktop.

Normalmente, a primeira coisa que o utilizador comum faz é ver qual o hardware que está a limitar a máquina. Dependendo do que queremos tirar partido (excluindo problemas de software), esse procedimento é sem dúvida um ponto de partida mas há sempre um componente de hardware vital que é esquecido: a fonte de alimentação.

 

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Tal como é do conhecimento comum, a fonte de alimentação de um computador não é mais que um conjunto de electrónica que baixa a tensão, em corrente alternada, rectifica para corrente contínua e regula esses valores para 12V, 5V, 3.3V, -5V (em algumas) e -12V.

O que nem toda a gente sabe, é que estes são valores de tensão teóricos, pois na realidade é necessária qualidade de construção para os manter estáveis, com um desvio máximo aceitável na ordem dos 2%.

É também fulcral que a corrente máxima que a fonte pode fornecer seja suficiente para alimentar devidamente todo o hardware e que as fases de corrente estejam devidamente distribuídas.

Valores de tensão instáveis e corrente insuficiente podem danificar irreversivelmente o hardware.

O consumo do hardware (potência P) é medido em watt, que pode ser calculado pela fórmula P=V.I, onde V é a tensão em Volt e I é a corrente em ampere. É preciso ter em conta a eficiência da fonte de alimentação, que normalmente é na ordem dos 80%.

Existem ferramentas online que fazem uma estimativa do valor da potência que deve ter a fonte de alimentação para determinado sistema, já referido aqui, no entanto, a ferramenta da OuterVision Extreme está devidamente actualizada.

 

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Se desejar fazer um upgrade à fonte de alimentação, não deve definitivamente escolher uma fonte de marca branca, pois nesse caso a sua eficiência energética é péssima (consumindo mais energia eléctrica) e os valores das várias tensões são muito instáveis.
Devem ser escolhidas marcas como Be Quiet, OCZ, Corsair, LC Power, Seasonic, etc, que garantam uma alimentação segura. Algumas são bastante caras, sim, mas…



… lembre-se: a fonte de alimentação é o dispositivo que alimenta e protege o computador. Deve ser sempre o primeiro hardware a investir e devemos-nos certificar que não aquece em demasia pois, caso o ar que emite seja bem quente, poderá ser um “alarme” que identifica algo que não está bem, estando provavelmente a trabalhar no limite.



Para finalizar, outra ideia que por vezes surge, erradamente, é a de pensar que uma fonte de alimentação de, por exemplo, 850w tenha um consumo energético dessa ordem. De facto não é verdade pois esse é um valor máximo que a fonte pode fornecer. A fonte fornece tanta energia quanto aquela que lhe é “pedida”, sendo obviamente proporcional ao consumo energético (na energia da casa), ou seja, um computador com o consumo de 350w gasta tanta energia eléctrica quer seja alimentado por uma fonte de 400w quer seja de 1000w ou 2000w, desde que a eficiência energética de ambas seja a mesma.