Fonsec@
In Memoriam
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- Set 22, 2006
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Uma das coisas que mais me motiva para estar presente em provas com profissionais americanos é a certeza de que sempre se aprende algo. Um bom pescador aprende em qualquer jornada de pesca, mas estar a ver pescar estes senhores é outra coisa. Eles são os criativos da pesca que praticamos e sempre arriscam novas aproximações de velhas técnicas, novas técnicas ou inventam mesmo novas amostras que, mais ano menos ano, estão ao nosso dispor no mercado.
Tem havido verdadeiras revoluções nas amostras, nos empates, nas técnicas e nas formas de apresentação ao longo da vida da pesca do achigã com iscos artificiais. Quem não se lembra de inovações como a Slug-go, o Fin-S, o Senko? Nem seria possível falar de todas…
De cada vez que vou a um Clássico vejo coisas novas e, este ano, não foi excepção. Para mim não faz qualquer sentido ver essas coisas e guardá-las para mim e, logo que cheguei, comecei a mostrar a alguns amigos, primeiro, depois, em duas acções de formação, que já dinamizei entretanto, exemplifiquei e, agora, acho que é tempo de vos dar conta de duas amostras e um empate que vi por lá e que, sem dúvida, podem ajudar a alargar o leque das vossas opções nos dias de pesca que estão para vir.
O Toad buzz No Verão do ano passado chegou a Portugal, às lojas de pesca, uma amostra da Zoom que se chama Horny Toad e que ninguém sabia ao certo para que servia. Dois dias depois de chegar aos EUA fui pescar com Art Ferguson, um amigo profissional que faz serviço de guia no sistema de lagos onde ia decorrer o Clássico (o Kissimmee chain of lakes). Pela manhã, para os primeiros lançamentos, deu-me uma cana de 7 pés heavy com uma dessas amostras e disse-me: «trabalha isto à superfície como se de um buzzbait se tratasse»… Aí fez-se luz! Não deixei de ficar espantado, mas percebi, então, para que servia aquele corpo pesado. De facto, passava maravilhosamente pelas coberturas densas de erva em que estávamos a pescar, facilitando lançamentos razoáveis.
Exemplo de como se deve animar um Toad Quando, no dia de treino, acompanhei Kevin Wirth e vi essa montagem numa das suas canas, com a diferença de usar fio entrançado, o que parecia normal uma vez que aquela vegetação densa pode sobrecarregar o peso do peixe e partir qualquer nylon. Não o achei muito entusiasmado a pescar com o empate em causa, apesar de ter visto alguns bons ataques que, obviamente, não ferrou por estar a treinar a apenas dois dias do início da prova.
No primeiro dia de prova tive o privilégio de acompanhar, pela segunda vez, um dos meus ídolos – Larry Nixon – e já não me espantou que ele iniciasse o dia de pesca precisamente com o mesmo tipo de amostra, lançando e recolhendo como se fosse um buzzbait. O seu primeiro peixe, um belo exemplar de mais de dois quilos, atacou essa amostra, embora pescada de uma forma diferente. O que se passou foi que na primeira passagem o achigã falhou a amostra e, na segunda passagem, Larry parou o corrico um pouco antes deixando a amostra afundar… Só ouvi o silvar da cana a cortar o ar e, passados alguns segundos o peixe estava nas suas mãos. Porém, Larry apercebeu-se que tinha de pescar mais lento e mudou para um senko com que apanhou todos os outros exemplares.
No segundo dia de prova acompanhei um amigo – Ron Shuffield –, um profissional que conheci em 1998 e com quem sempre mantive contacto nestes anos todos, tendo tido o prazer de me encontrar com ele em Espanha, na Eurobass Cup de 2005. E lá estava o mesmo empate. Só que, para Ron, este era o seu empate de confiança. Usava o Cane Toad, da Gambler, numa cana de flipping e linha entrançada também. Iniciou o dia com um peixe a rondar os dois quilos e terminou-o com mais dois neste empate: um com perto de três e outro com bastante mais de três. De facto esta amostra/técnica foi a que capturou os melhores exemplares que vi serem pescados neste Clássico de 2006. Não se esqueça de experimentar, especialmente no meio de ervas, mas em água aberta também nos dias e/ou nas horas de menor luminosidade.
Tem havido verdadeiras revoluções nas amostras, nos empates, nas técnicas e nas formas de apresentação ao longo da vida da pesca do achigã com iscos artificiais. Quem não se lembra de inovações como a Slug-go, o Fin-S, o Senko? Nem seria possível falar de todas…
De cada vez que vou a um Clássico vejo coisas novas e, este ano, não foi excepção. Para mim não faz qualquer sentido ver essas coisas e guardá-las para mim e, logo que cheguei, comecei a mostrar a alguns amigos, primeiro, depois, em duas acções de formação, que já dinamizei entretanto, exemplifiquei e, agora, acho que é tempo de vos dar conta de duas amostras e um empate que vi por lá e que, sem dúvida, podem ajudar a alargar o leque das vossas opções nos dias de pesca que estão para vir.

O Toad buzz

Exemplo de como se deve animar um Toad
No primeiro dia de prova tive o privilégio de acompanhar, pela segunda vez, um dos meus ídolos – Larry Nixon – e já não me espantou que ele iniciasse o dia de pesca precisamente com o mesmo tipo de amostra, lançando e recolhendo como se fosse um buzzbait. O seu primeiro peixe, um belo exemplar de mais de dois quilos, atacou essa amostra, embora pescada de uma forma diferente. O que se passou foi que na primeira passagem o achigã falhou a amostra e, na segunda passagem, Larry parou o corrico um pouco antes deixando a amostra afundar… Só ouvi o silvar da cana a cortar o ar e, passados alguns segundos o peixe estava nas suas mãos. Porém, Larry apercebeu-se que tinha de pescar mais lento e mudou para um senko com que apanhou todos os outros exemplares.

