- Entrou
- Out 19, 2012
- Mensagens
- 3,230
- Gostos Recebidos
- 0
Muitos regimes prometem um emagrecimento rápido e sem esforço. Mas não há receitas milagrosas. Algumas são mesmo perigosas para a saúde. O nosso glossário revela o que está por trás de algumas dietas da moda.
Antes de começar qualquer dieta, confirme se precisa mesmo emagrecer. O Índice de Massa Corporal (IMC) indica se está dentro do peso de referência, de acordo com a sua altura.
O mais importante, ao adotar qualquer dieta, é garantir que se baseia numa alimentação equilibrada e variada. Quem tem um estilo de vida relativamente sedentário não deve ingerir menos de 1200 ou 1500 quilocalorias por dia, conforme seja mulher ou homem, respetivamente. Praticar exercício físico com regularidade também é essencial.
A-B
Atkins
Na dieta de Atkins (ou regime baixo em hidratos de carbono) ficam de fora o pão, a massa, os legumes, a fruta, o arroz e alguns laticínios (como o leite e o queijo fresco). Pode comer 2 saladas pequenas por dia, queijos curados, proteínas e gorduras à vontade (incluindo os enchidos, as carnes e os molhos). Para beber, apenas são permitidas a água e as bebidas sem açúcar.
Na segunda semana, os hidratos de carbono voltam às refeições, primeiro em quantidades pequenas, que aumentam gradualmente. Mas as calorias diárias associadas à ingestão desse grupo de alimentos não podem ultrapassar os 10% do total energético, muito aquém do recomendável (que varia entre 45 e 60 por cento). De resto, 30% das calorias devem provir das proteínas e 60% das gorduras.
Numa fase inicial, consegue perder peso rapidamente com esta dieta. Mas é perigosa, principalmente para o sistema cardiovascular. O organismo elimina sobretudo músculo e líquidos. Por outro lado, há um aumento da quantidade de lípidos no sangue. Trata-se de uma alimentação desequilibrada e não recomendada por:
-agravar o risco de acidentes cardiovasculares e de hipoglicémia;
-sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins;
-induzir a cetose, que é o processo de queima das reservas de gordura. Apesar de ser o efeito pretendido, leva à diminuição de apetite, que pode -provocar náuseas, fadiga e apatia;
-desencadear o consumo das reservas de glicogénio pela falta de açúcares e potenciar o aparecimento de cãibras;
-poder causar prisão de ventre pela pouca ingestão de fibras;
-maximizar a carência de vitaminas e de minerais.
C-D
Dissociada
Na dieta dissociada pode comer de tudo, mas não ao mesmo tempo. Os seus defensores afirmam que, se espaçar o tempo entre uma refeição com proteínas e outra com hidratos de carbono, consegue perder 1 quilo por semana. As gorduras, as ervas aromáticas e os vegetais pertencem a um grupo neutro, pelo que podem ser combinados com os outros alimentos.
Mas a eficácia desta dieta é discutível. O nosso organismo precisa em simultâneo dos macronutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono) e dos micronutrientes (vitaminas e sais minerais). O regime baseia-se na falsa teoria de que os alimentos engordam quando se realizam determinadas combinações, por exemplo, gorduras e hidratos de carbono (é o caso das batatas fritas) ou proteína e hidratos de carbono (como o queijo e o pão), independentemente do aporte calórico.
Dukan
A dieta do nutricionista francês Pierre Dukan tem 4 fases. Durante a primeira, pode comer apenas alimentos proteicos (carne de vaca, peixe e marisco). Na segunda, os legumes são adicionados às refeições. A terceira fase é a da consolidação do peso perdido. São reintroduzidos alguns alimentos excluídos, como o pão, os queijos, as massas, o arroz, a fruta e a batata. A quarta fase é a da estabilização. Pode voltar a fazer uma alimentação normal desde que siga 3 regras obrigatórias: repetir 1 vez por semana a ementa da fase 1 (comer só proteínas); ingerir diariamente 3 colheres de sopa de farelo de aveia e andar 20 minutos por dia.
Esta dieta promete um emagrecimento dramático e duradouro. Tem vindo a ganhar adeptos devido a uma forte estratégia de marketing, apoiada pelo lançamento de vários livros da autoria de Pierre Dukan.
Mas a Agência de Segurança Alimentar e Nutrição francesa já alertou para os efeitos nocivos deste regime desequilibrado. Chegou mesmo a associá-lo ao possível desenvolvimento de doenças cancerígenas e cardiovasculares a longo prazo. São mais os riscos do que as vantagens num processo de emagrecimento rápido:
-além de gordura, perde muita massa muscular e, com ela, força e saúde;
-após uma privação severa, o organismo reage, assimilando melhor as calorias. O corpo usa a breve pausa concedida para reconquistar as reservas perdidas. Nessa fase, corre o risco de recuperar os quilos perdidos e ficar com mais peso do que antes;
como há uma grande perda de água, o fígado e os rins são obrigados a trabalhar intensamente para eliminar os resíduos;
-o fígado passa a produzir maiores quantidades de corpos cetónicos. Estes são compostos químicos que, a partir de certos níveis, tornam-se tóxicos para as células nervosas;
-a falta de fibras, de vitaminas e de minerais pode provocar prisão de ventre;
-a falta de açúcares potencia o surgimento de cãibras musculares e de fadiga;
-o próprio Pierre Dukan admite que a dieta tem efeitos secundários, como o mau hálito e a sensação geral de cansaço.
A exclusão dos hidratos de carbono provoca, primeiro, uma grande perda de água e depois de massa muscular. Só na fase final é eliminada a gordura. É um regime desaconselhado por ser restritivo e ter efeitos indesejáveis.
Drenantes
Os drenantes, ou diuréticos, diminuem o peso à custa da perda de água e não da massa gorda. Normalmente são feitos à base de chicória, pés-de-cereja, alcachofra, dente-de-leão ou oliveira. Os laxantes também são de evitar porque não eliminam a gordura, apenas as fezes. Não deve tomar estes produtos sem prescrição médica.
Esteja ainda atento às substâncias que prometem efeitos desintoxicantes através da ação de extratos de plantas, como a urtiga-branca e o funcho. Regra geral, não são indicadas as toxinas que prometem eliminar.
deco.proteste
Antes de começar qualquer dieta, confirme se precisa mesmo emagrecer. O Índice de Massa Corporal (IMC) indica se está dentro do peso de referência, de acordo com a sua altura.
O mais importante, ao adotar qualquer dieta, é garantir que se baseia numa alimentação equilibrada e variada. Quem tem um estilo de vida relativamente sedentário não deve ingerir menos de 1200 ou 1500 quilocalorias por dia, conforme seja mulher ou homem, respetivamente. Praticar exercício físico com regularidade também é essencial.
A-B
Atkins
Na dieta de Atkins (ou regime baixo em hidratos de carbono) ficam de fora o pão, a massa, os legumes, a fruta, o arroz e alguns laticínios (como o leite e o queijo fresco). Pode comer 2 saladas pequenas por dia, queijos curados, proteínas e gorduras à vontade (incluindo os enchidos, as carnes e os molhos). Para beber, apenas são permitidas a água e as bebidas sem açúcar.
Na segunda semana, os hidratos de carbono voltam às refeições, primeiro em quantidades pequenas, que aumentam gradualmente. Mas as calorias diárias associadas à ingestão desse grupo de alimentos não podem ultrapassar os 10% do total energético, muito aquém do recomendável (que varia entre 45 e 60 por cento). De resto, 30% das calorias devem provir das proteínas e 60% das gorduras.
Numa fase inicial, consegue perder peso rapidamente com esta dieta. Mas é perigosa, principalmente para o sistema cardiovascular. O organismo elimina sobretudo músculo e líquidos. Por outro lado, há um aumento da quantidade de lípidos no sangue. Trata-se de uma alimentação desequilibrada e não recomendada por:
-agravar o risco de acidentes cardiovasculares e de hipoglicémia;
-sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins;
-induzir a cetose, que é o processo de queima das reservas de gordura. Apesar de ser o efeito pretendido, leva à diminuição de apetite, que pode -provocar náuseas, fadiga e apatia;
-desencadear o consumo das reservas de glicogénio pela falta de açúcares e potenciar o aparecimento de cãibras;
-poder causar prisão de ventre pela pouca ingestão de fibras;
-maximizar a carência de vitaminas e de minerais.
C-D
Dissociada
Na dieta dissociada pode comer de tudo, mas não ao mesmo tempo. Os seus defensores afirmam que, se espaçar o tempo entre uma refeição com proteínas e outra com hidratos de carbono, consegue perder 1 quilo por semana. As gorduras, as ervas aromáticas e os vegetais pertencem a um grupo neutro, pelo que podem ser combinados com os outros alimentos.
Mas a eficácia desta dieta é discutível. O nosso organismo precisa em simultâneo dos macronutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono) e dos micronutrientes (vitaminas e sais minerais). O regime baseia-se na falsa teoria de que os alimentos engordam quando se realizam determinadas combinações, por exemplo, gorduras e hidratos de carbono (é o caso das batatas fritas) ou proteína e hidratos de carbono (como o queijo e o pão), independentemente do aporte calórico.
Dukan
A dieta do nutricionista francês Pierre Dukan tem 4 fases. Durante a primeira, pode comer apenas alimentos proteicos (carne de vaca, peixe e marisco). Na segunda, os legumes são adicionados às refeições. A terceira fase é a da consolidação do peso perdido. São reintroduzidos alguns alimentos excluídos, como o pão, os queijos, as massas, o arroz, a fruta e a batata. A quarta fase é a da estabilização. Pode voltar a fazer uma alimentação normal desde que siga 3 regras obrigatórias: repetir 1 vez por semana a ementa da fase 1 (comer só proteínas); ingerir diariamente 3 colheres de sopa de farelo de aveia e andar 20 minutos por dia.
Esta dieta promete um emagrecimento dramático e duradouro. Tem vindo a ganhar adeptos devido a uma forte estratégia de marketing, apoiada pelo lançamento de vários livros da autoria de Pierre Dukan.
Mas a Agência de Segurança Alimentar e Nutrição francesa já alertou para os efeitos nocivos deste regime desequilibrado. Chegou mesmo a associá-lo ao possível desenvolvimento de doenças cancerígenas e cardiovasculares a longo prazo. São mais os riscos do que as vantagens num processo de emagrecimento rápido:
-além de gordura, perde muita massa muscular e, com ela, força e saúde;
-após uma privação severa, o organismo reage, assimilando melhor as calorias. O corpo usa a breve pausa concedida para reconquistar as reservas perdidas. Nessa fase, corre o risco de recuperar os quilos perdidos e ficar com mais peso do que antes;
como há uma grande perda de água, o fígado e os rins são obrigados a trabalhar intensamente para eliminar os resíduos;
-o fígado passa a produzir maiores quantidades de corpos cetónicos. Estes são compostos químicos que, a partir de certos níveis, tornam-se tóxicos para as células nervosas;
-a falta de fibras, de vitaminas e de minerais pode provocar prisão de ventre;
-a falta de açúcares potencia o surgimento de cãibras musculares e de fadiga;
-o próprio Pierre Dukan admite que a dieta tem efeitos secundários, como o mau hálito e a sensação geral de cansaço.
A exclusão dos hidratos de carbono provoca, primeiro, uma grande perda de água e depois de massa muscular. Só na fase final é eliminada a gordura. É um regime desaconselhado por ser restritivo e ter efeitos indesejáveis.
Drenantes
Os drenantes, ou diuréticos, diminuem o peso à custa da perda de água e não da massa gorda. Normalmente são feitos à base de chicória, pés-de-cereja, alcachofra, dente-de-leão ou oliveira. Os laxantes também são de evitar porque não eliminam a gordura, apenas as fezes. Não deve tomar estes produtos sem prescrição médica.
Esteja ainda atento às substâncias que prometem efeitos desintoxicantes através da ação de extratos de plantas, como a urtiga-branca e o funcho. Regra geral, não são indicadas as toxinas que prometem eliminar.
deco.proteste