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Congresso dos EUA bloqueado por divisões entre republicanos sobre plano orçamental de Trump
Trump prometeu que, caso a proposta seja aprovada, os Estados Unidos experienciarão "um renascimento económico como nunca antes".
Os congressistas republicanos nos Estados Unidos não conseguiram ultrapassar esta madrugada as divisões internas em torno da aprovação final do vasto pacote orçamental proposto pelo Presidente Donald Trump, que manifestou impaciência face ao impasse.
Após a aprovação apertada no Senado, na terça-feira, a Câmara dos Representantes previa votar ainda na quarta-feira o texto, que envolve vários biliões de dólares. No entanto, a oposição de vários deputados conservadores levou a liderança republicana a travar o processo, suspendendo durante mais de sete horas uma votação processual.
Com uma maioria de apenas oito lugares, o partido do Presidente não pode permitir mais do que três deserções no seu seio. À meia-noite, na hora local, já se registavam cinco votos contra no último escrutínio antes da votação final, suficientes para travar o avanço do projeto.
Os deputados ainda têm a possibilidade de alterar o sentido de voto antes do encerramento da votação, e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, iniciou esforços para convencer os opositores dentro da sua bancada.
Donald Trump, por seu lado, subiu o tom. "Do que é que os republicanos estão à espera??? O que é que tentam provar???", questionou na rede Truth Social, pouco depois da meia-noite.
"O movimento MAGA [Make América Great Again] não está satisfeito, e isto está a custar-nos votos", escreveu o Presidente, de 79 anos, em letras maiúsculas.
Apelidado por Trump de "grande e bela lei", o pacote orçamental é apresentado como pilar central da sua agenda económica. O Presidente tem pressionado o Congresso para aprovar o texto até sexta-feira, dia da independência dos Estados Unidos, que estabeleceu como prazo simbólico para a promulgação.
Entre as principais medidas estão volumosos cortes orçamentais no domínio da saúde, extensão de créditos fiscais aprovados durante o primeiro mandato de Trump, a eliminação de impostos sobre gorjetas -- uma das promessas de campanha --, e um reforço dos orçamentos destinados à defesa e serviços de imigração.
Trump prometeu que, caso a proposta seja aprovada, os Estados Unidos experienciarão "um renascimento económico como nunca antes".
No entanto, análises independentes indicam que os principais beneficiários serão os mais ricos, enquanto milhões de norte-americanos com baixos rendimentos poderão perder acesso a programas públicos como seguros de saúde ou ajuda alimentar.
Economistas e líderes políticos alertam também para o aumento esperado do défice público. Segundo o Gabinete Orçamental do Congresso, órgão independente que avalia o impacto das leis nas contas públicas, a proposta aumenta a dívida pública em mais de 3,4 biliões de dólares (2,9 biliões de euros) até 2034. A extensão dos créditos fiscais terá um custo de 4,5 biliões de dólares (3,8 biliões de euros).
"Vim para Washington para ajudar a travar a nossa dívida nacional", justificou o congressista republicano Keith Self, ao votar contra na votação processual. O deputado do Texas acusou os senadores de "terem pisado" a versão inicialmente aprovada na Câmara e afirmou que, no fim, "esta é uma questão moral".
Para compensar parcialmente o agravamento do défice, os republicanos propõem cortes significativos no programa de saúde pública Medicaid, de que dependem milhões de norte-americanos com baixos rendimentos.
Estão também previstos cortes drásticos no programa de apoio alimentar Snap e a eliminação de incentivos fiscais a energias renováveis, adotados durante a presidência de Joe Biden.
Como era esperado, os democratas opõem-se em bloco à proposta. O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, classificou o pacote como uma "monstruosidade repugnante", que fará "sofrer os americanos comuns" em benefício dos mais ricos.
Correio da Manhã

Trump prometeu que, caso a proposta seja aprovada, os Estados Unidos experienciarão "um renascimento económico como nunca antes".
Os congressistas republicanos nos Estados Unidos não conseguiram ultrapassar esta madrugada as divisões internas em torno da aprovação final do vasto pacote orçamental proposto pelo Presidente Donald Trump, que manifestou impaciência face ao impasse.
Após a aprovação apertada no Senado, na terça-feira, a Câmara dos Representantes previa votar ainda na quarta-feira o texto, que envolve vários biliões de dólares. No entanto, a oposição de vários deputados conservadores levou a liderança republicana a travar o processo, suspendendo durante mais de sete horas uma votação processual.
Com uma maioria de apenas oito lugares, o partido do Presidente não pode permitir mais do que três deserções no seu seio. À meia-noite, na hora local, já se registavam cinco votos contra no último escrutínio antes da votação final, suficientes para travar o avanço do projeto.
Os deputados ainda têm a possibilidade de alterar o sentido de voto antes do encerramento da votação, e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, iniciou esforços para convencer os opositores dentro da sua bancada.
Donald Trump, por seu lado, subiu o tom. "Do que é que os republicanos estão à espera??? O que é que tentam provar???", questionou na rede Truth Social, pouco depois da meia-noite.
"O movimento MAGA [Make América Great Again] não está satisfeito, e isto está a custar-nos votos", escreveu o Presidente, de 79 anos, em letras maiúsculas.
Apelidado por Trump de "grande e bela lei", o pacote orçamental é apresentado como pilar central da sua agenda económica. O Presidente tem pressionado o Congresso para aprovar o texto até sexta-feira, dia da independência dos Estados Unidos, que estabeleceu como prazo simbólico para a promulgação.
Entre as principais medidas estão volumosos cortes orçamentais no domínio da saúde, extensão de créditos fiscais aprovados durante o primeiro mandato de Trump, a eliminação de impostos sobre gorjetas -- uma das promessas de campanha --, e um reforço dos orçamentos destinados à defesa e serviços de imigração.
Trump prometeu que, caso a proposta seja aprovada, os Estados Unidos experienciarão "um renascimento económico como nunca antes".
No entanto, análises independentes indicam que os principais beneficiários serão os mais ricos, enquanto milhões de norte-americanos com baixos rendimentos poderão perder acesso a programas públicos como seguros de saúde ou ajuda alimentar.
Economistas e líderes políticos alertam também para o aumento esperado do défice público. Segundo o Gabinete Orçamental do Congresso, órgão independente que avalia o impacto das leis nas contas públicas, a proposta aumenta a dívida pública em mais de 3,4 biliões de dólares (2,9 biliões de euros) até 2034. A extensão dos créditos fiscais terá um custo de 4,5 biliões de dólares (3,8 biliões de euros).
"Vim para Washington para ajudar a travar a nossa dívida nacional", justificou o congressista republicano Keith Self, ao votar contra na votação processual. O deputado do Texas acusou os senadores de "terem pisado" a versão inicialmente aprovada na Câmara e afirmou que, no fim, "esta é uma questão moral".
Para compensar parcialmente o agravamento do défice, os republicanos propõem cortes significativos no programa de saúde pública Medicaid, de que dependem milhões de norte-americanos com baixos rendimentos.
Estão também previstos cortes drásticos no programa de apoio alimentar Snap e a eliminação de incentivos fiscais a energias renováveis, adotados durante a presidência de Joe Biden.
Como era esperado, os democratas opõem-se em bloco à proposta. O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, classificou o pacote como uma "monstruosidade repugnante", que fará "sofrer os americanos comuns" em benefício dos mais ricos.
Correio da Manhã