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In Memoriam
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Quer se queira quer não, pescar longe é quase obrigatório nos dias que correm para qualquer pescador. A pesca á inglesa é sem dúvida a mais indicada por permitir longos lançamentos com facilidade, superando muitãs vezes a barreira dos 50/60 metros.
Para lançar longe poderá o leitor dizer que bastará apenas utilizar-mos uma bóia de maior gramagem, mas isso não é inteiramente verdade.
Existem uma outra série de factores que condicionam o acto de lançar, sobretudo lançar e pescar com precisão, tão importantes para não "fugir" do pesqueiro e dispersar o peixe, respectivamente.
Uma escolha criteriosa dos materiais e alguns truques poderão melhorar bastante o nosso desempanho, permitindo efectuar capturas a maiores distâncias, onde o peixe encontra mais segurança.
CANAS
Imperioso é que as canas sejam rijas e poderosas, permitindo lançar bóias até ás 30 gramas (ou mais). O comprimento mais adequado para pescar a estas distâncias é o de 4,5 metros (15'), embora já se utilizem canas mais compridas. E isto porquê? De forma a ter um maior ângulo de ferragem. Este factor aliado á regidez e rapidez de acção da cana permite ferrar rapidamente sem transmitir a ferragem ao peixe tardiamente.
A distribuição e qualidade dos passadores também não são de desprezar, pois têm uma importante acção na redução da inércia na saída da linha.
LINHAS
A linha do carreto tem de ser obviamente afundante e de qualidade superior, tendo a mesma de se encontrar em excelente estado, uma vez que o seu diâmetro terá de ser fino e de maneira a não criar resistências inconvenientes nos passadores.
Se o diâmetro for fino, na casa do 0,14, e utilizarmos bóias na casa das 22/25 gramas, corremos o risco de partir a linha. A solução é usar linhas de qualidade ou então optar por uma linha "de choque" mais grossa com o comprimento equivalente a 2 vezes o da cana. Isto irá permitir-nos evitar rupturas e combater com maior segurança os peixes junto á margem, não tirando capacidade de voo. De uma forma genérica poderemos recomendar linhas de diâmetro comprendido entre o 0,14 e o 0,16. A utilização de um carreto com bobine "match"( isto é, cónica) é também uma vantagem.
Afundar bem a linha é fundamental, quer se pesque perto ou longe. Também aqui a qualidade das linhas é fundamental o que não invalida que o afundamento tenha de ser inérgico, afundando a linha o mais possível e esticando-a com vigor.
BÓIAS
Não faz sentido termos os materiais correctos para lançar longe e usar bóias desadequadas. Por desadequadas entendam-se bóias tortas, descalibradas, sem aletas direcionais e de antena grossa. Uma bóia torta não voa correctamente, ficando a meio caminho, como também não é precisa no lançamento. Em termos de calibragem o ideal será utilizar sempre bóias pré-calibradas que comportem a quase totalidade do chumbo, permitindo no máximo 1 grama de chumbo na linha. Óbviamente que quando mais chumbo comportar na linha pior voará; Aqui a possibilidade de regular o peso que a bóia comporta através de um sistema de anilhas é deveras vantajoso. As aletas direccionais ou asas como muitos chamam também são um aspecto a ter em conta, mais no aspecto da precisão.
Por fim, o diâmetro da antena deverá ser fino, causando menor resistência no ar e, na água, ajuda a evitar a acção prejudicial do vento.
Uma alternativa para ter sempre bóias direitas é usar um sistema de transporte aberto em que as bóias não fiquem apertadas, pois isso é meio caminho andado para que fiquem tortas e danificadas.
DESENGORDURAR
Desengordurar a linha é outro factor importante.
Conseguiremos um afundamento mais eficaz, mas também faremos com que a linha na bobine não agarre uma camada á outra, criando mais resistência na saída da mesma.
A utilização de sprays com produtos específicos para aplicação na bobine antes de lançar é uma solução, embora o uso de uma esponja no suporte frontal da cana ou um pano do tipo "vileda" para limpar a linha quando se recupera a mesma é igualmente eficiente.
ENGODAR LONGE
Não vale a pena lançar longe se não conseguimos engodar á mesma distância.
Neste caso, e engodando com asticot colado, o uso de gravilha é uma solução determinante e que aumenta o peso de uma bola de idêntico tamanho não colada
Pescar longe e engodar com precisão é uma tarefa árdua. Praticar bastante é fundamental para se ganhar "mão". Por isso, não se esqueça disso e vá á pesca.
Texto de Mário Batista
Para lançar longe poderá o leitor dizer que bastará apenas utilizar-mos uma bóia de maior gramagem, mas isso não é inteiramente verdade.
Existem uma outra série de factores que condicionam o acto de lançar, sobretudo lançar e pescar com precisão, tão importantes para não "fugir" do pesqueiro e dispersar o peixe, respectivamente.
Uma escolha criteriosa dos materiais e alguns truques poderão melhorar bastante o nosso desempanho, permitindo efectuar capturas a maiores distâncias, onde o peixe encontra mais segurança.
CANAS
Imperioso é que as canas sejam rijas e poderosas, permitindo lançar bóias até ás 30 gramas (ou mais). O comprimento mais adequado para pescar a estas distâncias é o de 4,5 metros (15'), embora já se utilizem canas mais compridas. E isto porquê? De forma a ter um maior ângulo de ferragem. Este factor aliado á regidez e rapidez de acção da cana permite ferrar rapidamente sem transmitir a ferragem ao peixe tardiamente.
A distribuição e qualidade dos passadores também não são de desprezar, pois têm uma importante acção na redução da inércia na saída da linha.
LINHAS
A linha do carreto tem de ser obviamente afundante e de qualidade superior, tendo a mesma de se encontrar em excelente estado, uma vez que o seu diâmetro terá de ser fino e de maneira a não criar resistências inconvenientes nos passadores.
Se o diâmetro for fino, na casa do 0,14, e utilizarmos bóias na casa das 22/25 gramas, corremos o risco de partir a linha. A solução é usar linhas de qualidade ou então optar por uma linha "de choque" mais grossa com o comprimento equivalente a 2 vezes o da cana. Isto irá permitir-nos evitar rupturas e combater com maior segurança os peixes junto á margem, não tirando capacidade de voo. De uma forma genérica poderemos recomendar linhas de diâmetro comprendido entre o 0,14 e o 0,16. A utilização de um carreto com bobine "match"( isto é, cónica) é também uma vantagem.
Afundar bem a linha é fundamental, quer se pesque perto ou longe. Também aqui a qualidade das linhas é fundamental o que não invalida que o afundamento tenha de ser inérgico, afundando a linha o mais possível e esticando-a com vigor.
BÓIAS
Não faz sentido termos os materiais correctos para lançar longe e usar bóias desadequadas. Por desadequadas entendam-se bóias tortas, descalibradas, sem aletas direcionais e de antena grossa. Uma bóia torta não voa correctamente, ficando a meio caminho, como também não é precisa no lançamento. Em termos de calibragem o ideal será utilizar sempre bóias pré-calibradas que comportem a quase totalidade do chumbo, permitindo no máximo 1 grama de chumbo na linha. Óbviamente que quando mais chumbo comportar na linha pior voará; Aqui a possibilidade de regular o peso que a bóia comporta através de um sistema de anilhas é deveras vantajoso. As aletas direccionais ou asas como muitos chamam também são um aspecto a ter em conta, mais no aspecto da precisão.
Por fim, o diâmetro da antena deverá ser fino, causando menor resistência no ar e, na água, ajuda a evitar a acção prejudicial do vento.
Uma alternativa para ter sempre bóias direitas é usar um sistema de transporte aberto em que as bóias não fiquem apertadas, pois isso é meio caminho andado para que fiquem tortas e danificadas.
DESENGORDURAR
Desengordurar a linha é outro factor importante.
Conseguiremos um afundamento mais eficaz, mas também faremos com que a linha na bobine não agarre uma camada á outra, criando mais resistência na saída da mesma.
A utilização de sprays com produtos específicos para aplicação na bobine antes de lançar é uma solução, embora o uso de uma esponja no suporte frontal da cana ou um pano do tipo "vileda" para limpar a linha quando se recupera a mesma é igualmente eficiente.
ENGODAR LONGE
Não vale a pena lançar longe se não conseguimos engodar á mesma distância.
Neste caso, e engodando com asticot colado, o uso de gravilha é uma solução determinante e que aumenta o peso de uma bola de idêntico tamanho não colada
Pescar longe e engodar com precisão é uma tarefa árdua. Praticar bastante é fundamental para se ganhar "mão". Por isso, não se esqueça disso e vá á pesca.
Texto de Mário Batista