Rotertinho
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Kingston: Operação de captura de barão da droga faz dezenas de mortos
Capital jamaicana está a ferro e fogo
A capital jamaicana, Kingston, está transformada há quatro dias numa zona de guerra devido à batalha das forças da ordem contra homens armados fiéis ao barão da droga Christopher ‘Dudus’ Coke. Os confrontos já fizeram mais de 60 mortos, segundo algumas fontes, que adiantam ainda que a maioria das vítimas são civis que montaram barricadas para proteger ‘Dudus’ no bairro da lata Tivoli Gardens, onde se refugiou.
Três camiões deixaram ontem dezenas de cadáveres numa morgue da capital. Um jornalista da AFP afirma ter visto um número significativo de mulheres e pelo menos uma criança entre os mortos.
A tensão foi desencadeada pelo anúncio do primeiro-ministro Bruce Golding, que no dia 17 ordenou a captura e deportação de ‘Dudus’ para os EUA. Quando no domingo declarou o estado de emergência e iniciou a operação armada, a violência estalou. A população de Tivoli Gardens alinhou com os marginais e montou barricadas com arame farpado e camiões em chamas para bloquear os acessos, contribuindo para o aumento do número de vítimas.
Golding terá tomado a decisão de apanhar o traficante pressionado pelos EUA, que o consideram cúmplice do barão da droga. O primeiro-ministro negou ontem as acusações, afirmando-se "ofendido e revoltado" com a informação publicada na imprensa norte--americana e britânica. "Isso faz parte de um plano para minar a autoridade legítima da Jamaica", afirmou em comunicado.
SAIBA MAIS
SÚBDITOS DE ISABEL II
Embora independente desde 1962, a Jamaica é uma monarquia constitucional que reconhece a rainha Isabel II de Inglaterra como chefe de Estado.
1494
é o ano em que Cristóvão Colombo desembarca na Jamaica, num local que hoje se chama Discovery Bay em sua homenagem.
307
anos durou a colonização britânica da Jamaica. O Reino Unido apossou-se da ilha, até aí espanhola, em 1655, e em 1962 reconheceu a sua independência.
POPULAÇÃO AFRICANA
A maioria da população jamaicana, mais de 91%, ou 2,5 milhões em três milhões de habitantes, é de origem africana. Os grupos minoritário mais expressivos são de jamaicanos de origem indiana e chinesa.
O JUSTICEIRO DOS MAIS POBRES
Para os habitantes dos bairros mais desfavorecidos de Kingston, o barão da droga mais procurado do país não é um criminoso, é sim um verdadeiro ‘Robin dos Bosques’. Christopher ‘Dudus’ Coke é idolatrado pelos pobres e deserdados, a quem dá frequentemente emprego, alimentos e roupas. A imensa fortuna que possui conseguiu-a em boa parte graças a negócios lícitos, sobretudo na área da construção, na qual trabalhou em projectos financiados com fundos públicos.
A espionagem dos EUA tem porém uma imagem bem diferente de ‘Dudus’, classificando-o como "um dos mais poderosos narcotraficantes do Mundo", e a imprensa afirma mesmo que até a chegada ao poder do primeiro-ministro Bruce Golding foi uma ‘oferta’ de ‘Dudus’.
Correio da Manha
Capital jamaicana está a ferro e fogo
A capital jamaicana, Kingston, está transformada há quatro dias numa zona de guerra devido à batalha das forças da ordem contra homens armados fiéis ao barão da droga Christopher ‘Dudus’ Coke. Os confrontos já fizeram mais de 60 mortos, segundo algumas fontes, que adiantam ainda que a maioria das vítimas são civis que montaram barricadas para proteger ‘Dudus’ no bairro da lata Tivoli Gardens, onde se refugiou.
Três camiões deixaram ontem dezenas de cadáveres numa morgue da capital. Um jornalista da AFP afirma ter visto um número significativo de mulheres e pelo menos uma criança entre os mortos.
A tensão foi desencadeada pelo anúncio do primeiro-ministro Bruce Golding, que no dia 17 ordenou a captura e deportação de ‘Dudus’ para os EUA. Quando no domingo declarou o estado de emergência e iniciou a operação armada, a violência estalou. A população de Tivoli Gardens alinhou com os marginais e montou barricadas com arame farpado e camiões em chamas para bloquear os acessos, contribuindo para o aumento do número de vítimas.
Golding terá tomado a decisão de apanhar o traficante pressionado pelos EUA, que o consideram cúmplice do barão da droga. O primeiro-ministro negou ontem as acusações, afirmando-se "ofendido e revoltado" com a informação publicada na imprensa norte--americana e britânica. "Isso faz parte de um plano para minar a autoridade legítima da Jamaica", afirmou em comunicado.
SAIBA MAIS
SÚBDITOS DE ISABEL II
Embora independente desde 1962, a Jamaica é uma monarquia constitucional que reconhece a rainha Isabel II de Inglaterra como chefe de Estado.
1494
é o ano em que Cristóvão Colombo desembarca na Jamaica, num local que hoje se chama Discovery Bay em sua homenagem.
307
anos durou a colonização britânica da Jamaica. O Reino Unido apossou-se da ilha, até aí espanhola, em 1655, e em 1962 reconheceu a sua independência.
POPULAÇÃO AFRICANA
A maioria da população jamaicana, mais de 91%, ou 2,5 milhões em três milhões de habitantes, é de origem africana. Os grupos minoritário mais expressivos são de jamaicanos de origem indiana e chinesa.
O JUSTICEIRO DOS MAIS POBRES
Para os habitantes dos bairros mais desfavorecidos de Kingston, o barão da droga mais procurado do país não é um criminoso, é sim um verdadeiro ‘Robin dos Bosques’. Christopher ‘Dudus’ Coke é idolatrado pelos pobres e deserdados, a quem dá frequentemente emprego, alimentos e roupas. A imensa fortuna que possui conseguiu-a em boa parte graças a negócios lícitos, sobretudo na área da construção, na qual trabalhou em projectos financiados com fundos públicos.
A espionagem dos EUA tem porém uma imagem bem diferente de ‘Dudus’, classificando-o como "um dos mais poderosos narcotraficantes do Mundo", e a imprensa afirma mesmo que até a chegada ao poder do primeiro-ministro Bruce Golding foi uma ‘oferta’ de ‘Dudus’.
Correio da Manha