Bolsa encerra em máximos de quase um ano
A bolsa nacional encerrou no verde, essencialmente sustentada pela banca e pelas energéticas, numa sessão em que mudaram de mãos 93,13 milhões de acções. O PSI-20 subiu 1,36%, fechando no nível mais alto desde 22 de Setembro.
O PSI-20 encerrou com 15 títulos em alta, três em baixa e dois inalterados, a acompanhar a tendência igualmente positiva dos restantes congéneres europeus. Desde o início do ano, a bolsa nacional acumula um ganho de 31,4%.
No Velho Continente, a sessão foi sobretudo animada pela subida dos preços das matérias-primas, essencialmente petróleo e metais, e também pelo facto de o célebre investidor Warren Buffett ter dito que está a comprar acções no mercado.
O
BCP foi o título com maior influência no bom desempenho da praça nacional, ao fechar com um avanço de 3,65% para 0,995 euros. Chegou mesmo a cotar-se acima de 1 euro, no valor mais alto desde Outubro do ano passado.
Na restante banca, a tendência foi igualmente sólida. O
BES fechou a ganhar 2,26%, para 4,85 euros e o
BPI subiu 1,89% para 2,262 euros. O banco liderado por Fernando Ulrich atingiu mesmo os 2,999 euros no intradia (a subir 3,56%), o valor mais alto desde 15 de Setembro do ano passado, dia em que o Lehman Brothers anunciou a sua falência.
O sector energético contribuiu também para os ganhos do PSI-20. A
Galp Energia valorizou 0,81%, para 11,18 euros, numa sessão em que o petróleo tem estado a subir em Nova Iorque, impulsionado pela queda do dólar e pela diminuição das reservas de crude na semana passada nos EUA.
Ainda nas energias, a
REN,
EDP e
EDP Renováveis não fugiram à tendência de subida. A EDPR foi, aliás, o terceiro título com maior peso na subida da bolsa nacional, ao avançar 2,69% para 7,29 euros.
Em contrapartida, o sector das telecomunicações resvalou para o vermelho, depois da boa sessão de ontem, essencialmente animada pelos novos rumores de possível fusão entre a Zon e a Sonaecom. A excepção à queda foi a
Portugal Telecom ao registar um acréscimo de 0,81% para 7,384 euros.
A
Zon perdeu 1,02% para 4,653 euros e a
Sonaecom cedeu 0,48% para 2,067 euros.
A restante família Sonae apresentou uma tendência mista. A
Sonae Capital manteve-se inalterada face a ontem, nos 94 cêntimos e a
Sonae SGPS também ficou no mesmo nível da véspera, nos 0,971 euros, depois de ter chegado a cotar-se no valor mais elevado desde 6 de Junho de 2008, nos 0,983 euros. Por seu turno, a
Sonae Indústria caiu 1,14% para 2,60 euros.
A
Jerónimo Martins, que ontem foi a excepção nos ganhos do PSI-20, fechou a subir 0,41% para 6,079 euros.
Fonte: Jornal de Negócios