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helldanger1
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Por webmaster
30 de November de 2005
Bailas à bóia: Quando, como e onde?
São questões que todo o pescador, iniciado ou não, gosta e deve abordar. Na minha maneira de ver, saber pescar não é só saber lançar a bóia, a chumbada ou a amostra. É também estudar os comportamentos da espécie de peixe a capturar e saber interpretar o estado do tempo, a influência das fases da Lua e saber ver as feições do mar. São factores como estes que fazem parte do conjunto de conhecimentos que o pescador deve possuir e que influenciam a actividade da pesca. São pois regras básicas que fazem a diferença, distinguindo-se os bons pescadores pelo conhecimento dos momentos propícios para praticar e gozar o prazer que dá a pesca desportiva.
O QUÊ?
Robalo-baila, baila, vária, pintaínha: são os nomes dados a este peixe pertencente à família Moradinae e a ordem dos Perciformes. O Dicentrarchus punctatus, nome cientifico do robalo-baila, pode atingir na idade adulta cerca de 60 cm de comprimento, sendo considerada uma espécie costeira que gosta de águas mais quentes que o robalo. Concentra-se com mais abundância no Mediterrâneo SW, Golfo do Suez, Marrocos, Mauritânia e Senegal. Reaparecem na nossa costa quando a temperaturas das águas é mais elevada e alimentam-se de crustáceos e moluscos ou seja camarão, caranguejos, pequenos polvos, chocos e lulas; também se alimentam de pequenos peixes especialmente de petinga.
Quando as bailas têm bastante fome afundam pronunciadamente a bóia e pegam em qualquer iscada de sardinha. Pelo contrario, quando estão desconfiadas e "manhosas", sem quase dar sinal na bóia, é nessas alturas que tem de fazer iscadas pequenas e perfeitas para obtermos eficácia nas ferragens.
Tem hábitos alimentares idênticos ao robalo, comendo também por sucção pequenas presas. Gostam de nadar e caçar em cardume, alimentando-se à superfície de petinga e caranguejo pilado.
No fundo, especialmente nos de areias novas em movimento, procura pequenos caranguejos brancos da areia, camarões, minhocas, pequenos cabozes, etc.
É um peixe mais activo que o robalo, gostando de percorrer os fundos das praias com mais profundidade quando o mar está agitado. Quando o mar é mais manso, frequenta fundos de pedra e areia, caçando perto da rebentação nas águas mais oxigenadas.