Asfixia

[Johny13]

A asfixia é a insuficiência de oxigenação sistêmica devida ao baixo conteúdo de oxigênio do ar ambiente ou obstáculo mecânico à respiração: o processo de estrangulamento, ao contrário do que muitos pensam, não quebra ossos, mas provoca asfixia, por não permitir o movimento dos músculos da caixa torácica dos individuos.
Já foi utilizada também como método de aplicação da pena de morte. A asfixia tem várias causas, dentre elas: afogamento, enforcamento, parada dos músculos respiratórios, envenenamento, aspiração de substâncias nocivas ou vômito (broncoaspiração) etc.

SINAIS E SINTOMAS:

Febre (pirexia)
Dor de cabeça (cefaléia)
Dor crônica (astenia)
Desmaio (Síncope)
Convulsão febril
Choque
Edema (anasarca)
Caquexia

SINAIS E SINTOMAS POR SISTEMA:

Taquicardia, bradicardia, palpitação, sopro cardíaco, sangramento nasal, hemoptise, tosse, dispnéia, estridor, sibilos, hiperventilação, respiração pela boca, pleurisia, dor no peito, parada respiratória;
Boca seca, dor abdominal, nausea, vômito, disfagia, flatulência, icerícia, hepatomegalia, melena;
Hipoestesia, parestesia, hiperestesia, cianose, palidez, eritema, petéquia, descamação;
Disúria, tenesmo vesical, incontinência urinária, oligúria, poliúria, hematúria;
Astenia, ansiedade, sonolência, coma, tontura, anosmia, ageusia, vertigem;
Disartria, alexia, agnosia, apraxia, disfonia.

DEFINIÇÃO:

A asfixia (sufocação ou engasgo) é o espasmo da tosse e expectoração que se apresentam em consequencia da penetração de líquidos ou sólidos nas vias aéreas ( a isto se chama aspiração). O reflexo da tosse na criança expulsará o líquido aspirado da traquéia em 10 a 30 segundos. A obstrução completa se apresenta quando algum alimento sólido ou algum objeto estranho se aloja na laringe (também pode ocorrer em casos graves de difteria ou crupe). Nestas condições, a criaça não pode respirar, chorar nem falar. O lactente estará em estado de pânico e, se a obstrução não for eliminada em 1 ou 2 minutos, a criança desmaiará.

Primeiros socorros:

Chame a equipe de resgate IMEDIATAMENTE, principalmente nos casos de engasgo por um objeto sólido. Em geral, o engasgo por líquidos é temporário e inofensivo;
Estimule a tosse – enquanto seu filho estiver respirando e tossindo, não faça nada exceto estimulá-lo a expulsar por si só o material aspirado, por meio da tosse. O objetivo principal do reflexo da tosse é limpar a traquéia;
Manobra de Heimlich – se a respiração de uma criança com mais de 1 ano de idade parar. Aplique uma pressão intermitente na parte superior do abdome. Coloque-se atrás do seu filho por trás abaixo das costela inferiores mais acima da cintura;
Tapas nas costas e compressões no peito de uma criança com menos de 1 ano que pára de respirar.

PREVENÇÃO:

A asfixia pode ser potencialmente fatal; portanto, evite que torne a acontecer, não dando a seu filho alimentos ou objetos pequenos, que tenham mais probabilidade de causar asfixia.
Os alimentos que apresentam maior risco de causar asfixia são: todo tipo de nozes e amendoins, sementes de girassol, sementes de laranja, caroços de cereja, sementes de melancia, chicletes, caramelos, pipocas de milho, cenouras cruas, torresmos, balas duras, carnes duras, etc. Não se deve servir alimentos crus a crianças com menos de 4 anos de idade, porque é preciso ter os dentes molares para mastigá-los bem e talvez não entendam que algumas sementes devem ser cuspidas e não engolidas. Nunca alimente seu filho dentro de um veículo em movimento, por que as freadas bruscas podem fazê-lo sufocar subitamente.
Os alimentos macios que mais frequentemente causam asfixia mortal são as salsichas (cachorro-quente) e as uvas. Estes alimentos devem ser picados antes de servidos. Deve-se advertir à babá e aos irmãos maiores que não dividam estes alimentos com o bebê.
A asfixia com balões de borracha é a principal causa de morte por asfixia com objetos. A maioria dos acidentes ocorrem quando as crianças engolem um balão vazio que estavam mastigando. Avise seu filho para que ele jamais mastigue ou chupe pedaços de balões. Mesmo adolescentes já morreram por causa deste acidente inesperado. Morder um balão cheio também é perigoso porque o mesmo pode estourar.

Fonte: MÉDITT

 

[Tedioboy]

Complemento...

A respiração é o mecanismo em que o ar que entra nos pulmões passa ao sangue e é levado por este a todas as células do corpo de forma a estas poderem, com o oxigénio, realizar as suas funções vitais. De uma forma simples de explicar, este transporte faz-se de forma química, através da hemoglobina do sangue e através da oxidação das moléculas de ferro nela contidas.
Nenhum ser vivo fica calmo e sem resposta aparente perante a ausência de oxigenação no cérebro, a não ser que o estado de consciência assim não o permita.
Regra geral, em presença de uma asfixia, nomeadamente por engasgamento ou pré-afogamento, a pessoa apresenta-se bastante agitada e até em pânico, situação que por si só aumenta as necessidades de oxigenação cerebral e provoca ainda mais asfixia.
É claro que é quase impossível manter estas pessoas calmas... daí o perigo de elas nos poderem também fazer afogar, no caso de se estarem a debater com esta infelizmente vulgar situação.

Um sintoma quase imediato do estado de deficiente oxigenação é a cianose labial e ungueal (lábios, mucosas e unhas de cor escurecida/cianosada). É claro que pessoas que sofrem de problemas respiratórios e cardíacos de base por vezes conseguem viver de forma calma com baixos níveis de oxigenação sanguínea, mas esta aparente normal situação deve-se a habituação em relação a estes défices.

A primeira actuação é, sem sombra de dúvidas, verificar a permeabilidade das vias respiratórias. Ver se algum objecto ou líquido está alojado a nível da boca, laringe, faringe ou traqueia e que esteja a impedir que o ar entre de forma normal. Nesta situação, existe procedimento a fazer, que consiste numa manobra capaz de fazer a vítima expelir esse objecto. Essa manobra poderá ser consultada em outra parte deste forum.
Outra situação prende-se com situações onde a pessoa é alérgica a alguma substância (o veneno das picadas das abelhas, por exemplo, ou substâncias químicas agressivas para a laringe), onde existe uma resposta à presença do veneno que faz inchar a zona da laringe ou traqueia e assim diminuir o espaço para a passagem do ar para o pulmão. Nesta situação, é emergente administrar medicamentos que impeçam este inchaço de forma rápida, como é o caso das cortisonas e seus derivados.
Caso exista a possibilidade de alguma entrada de ar, deve-se de imediato tentar dar oxigénio de forma a manter uma oxigenação mínima do sangue.
É importante que a pessoa esteja o mais calma e parada possível, de forma a diminuir as necessidades de oxigénio no sangue.

As células nervosas cerebrais morrem rapidamente em situação de hipóxia (ausência de oxigenação no sangue) e esta morte é impossível de restaurar com novas células, pois as células cerebrais não se rejuvenessem ou substituem. Não é possível, como no caso de uma ferida que os tecidos se voltam a restaurar, restaurar células nervosas cerebrais, daí os dados se tornarem permanentes. É, por isso, de muito mau prognóstico se uma pessoa é encontrada inconsciente e já sem respirar, pois provavelmente já estará com dados irreparáveis a nível cerebral.

Os mais usuais casos de asfixia que recorrem no dia-a-dia a um hospital prendem-se com engasgamento (pedaços de carne ou outro tipo de objectos encravados na garganta ou traqueia e que impedem o ar de entrar), afogamento (ou pré-afogamento), inalação de fumos (combate a incêndios e afins ou de produtos químicos), doenças cardíacas (o coração não consegue bombear o sangue e permitir que este se abasteça de oxigénio nos pulmões) ou profissionais (os mineiros, por exemplo, apresentam com o tempo fibrose a nível pulmonar que impede o pulmão de se expandir convenientemente e assim fazer as trocas gasosas ao sangue) e doenças sanguíneas (anemia, por exemplo, por não existirem moléculas de ferro suficientes no sangue para transportar o oxigénio às células).

Trata-se em quase a totalidade dos casos de uma situação EMERGENTE e de imediato atendimento/socorro.

Respeitosamente,
Tedioboy.

(Falei da minha experiência profissional, vou escusar-me de apresentar fontes)