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Antigo território russo acolhe encontro Putin-Trump
Alasca esteve sob controlo russo antes de ser vendido aos Estados Unidos no século XIX.
O presidente russo, Vladimir Putin, encontra-se esta sexta-feira com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na base militar norte-americana de Anchorage, no estado do Alasca. Esta será a primeira visita de um líder russo ao Alasca, um território que esteve sob controlo russo antes de ser vendido aos Estados Unidos no século XIX. É também a primeira viagem de Putin aos Estados Unidos desde que em 2015 se deslocou à Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
No Alasca, onde o Oriente se encontra com o Ocidente, Putin não corre o risco de ver executado o mandato de detenção emitido em 2023 pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, uma vez que os Estados Unidos, tal como a Rússia, não estão vinculados àquela instância judicial. É um local familiar para ambos os países como uma linha da frente da Guerra Fria, de defesa antimíssil, postos avançados de radar e recolha de informações.
A cimeira vai arrancar com um encontro entre os presidentes russo e norte-americano, seguido de um pequeno-almoço de trabalho. Depois, as negociações vão prosseguir de modo mais amplo com as duas delegações. A delegação russa não contará com Vladimir Medinsky, assessor presidencial de Putin que tem liderado as negociações diretas com a Ucrânia em Istambul (Turquia).
Os ucranianos estão bastante céticos em relação ao encontro entre Putin e Trump e consideram inaceitável que o futuro da Ucrânia seja decidido por duas potências, na sua ausência. Em alternativa ao cessar-fogo de 30 dias, defendido por Kiev como primeiro passo para a paz, Moscovo exige condições inaceitáveis para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como a retirada das suas tropas das quatro regiões que a Rússia invadiu desde 2022 (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson) e a interrupção das entregas de armas ocidentais à Ucrânia.
Já Zelensky mantém-se firme na posição de que qualquer acordo de paz só acontecerá com a participação do seu país e deve contemplar garantias de segurança robustas para evitar novas agressões russas. No entanto, Putin já sinalizou que só aceitará encontrar-se com Zelensky com uma base de acordo para o fim das hostilidades, considerando que “ainda se está muito longe” desse momento.
SEGURANÇA INTERNACIONAL
O tema central da cimeira “será a resolução da crise ucraniana”, sinalizou o Kremlin, mas “também serão abordadas tarefas mais amplas para garantir a paz e a segurança, bem como questões internacionais e regionais atuais e mais urgentes”.
84 PRISIONEIROS
A Rússia e a Ucrânia trocaram 84 prisioneiros de guerra na véspera da cimeira entre Vladimir Putin e Donald Trump, anunciou o Ministério da Defesa russo, sem adiantar pormenores sobre o modo como o processo foi concretizado.
Correio da Manhã

Alasca esteve sob controlo russo antes de ser vendido aos Estados Unidos no século XIX.
O presidente russo, Vladimir Putin, encontra-se esta sexta-feira com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na base militar norte-americana de Anchorage, no estado do Alasca. Esta será a primeira visita de um líder russo ao Alasca, um território que esteve sob controlo russo antes de ser vendido aos Estados Unidos no século XIX. É também a primeira viagem de Putin aos Estados Unidos desde que em 2015 se deslocou à Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
No Alasca, onde o Oriente se encontra com o Ocidente, Putin não corre o risco de ver executado o mandato de detenção emitido em 2023 pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, uma vez que os Estados Unidos, tal como a Rússia, não estão vinculados àquela instância judicial. É um local familiar para ambos os países como uma linha da frente da Guerra Fria, de defesa antimíssil, postos avançados de radar e recolha de informações.
A cimeira vai arrancar com um encontro entre os presidentes russo e norte-americano, seguido de um pequeno-almoço de trabalho. Depois, as negociações vão prosseguir de modo mais amplo com as duas delegações. A delegação russa não contará com Vladimir Medinsky, assessor presidencial de Putin que tem liderado as negociações diretas com a Ucrânia em Istambul (Turquia).
Os ucranianos estão bastante céticos em relação ao encontro entre Putin e Trump e consideram inaceitável que o futuro da Ucrânia seja decidido por duas potências, na sua ausência. Em alternativa ao cessar-fogo de 30 dias, defendido por Kiev como primeiro passo para a paz, Moscovo exige condições inaceitáveis para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como a retirada das suas tropas das quatro regiões que a Rússia invadiu desde 2022 (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson) e a interrupção das entregas de armas ocidentais à Ucrânia.
Já Zelensky mantém-se firme na posição de que qualquer acordo de paz só acontecerá com a participação do seu país e deve contemplar garantias de segurança robustas para evitar novas agressões russas. No entanto, Putin já sinalizou que só aceitará encontrar-se com Zelensky com uma base de acordo para o fim das hostilidades, considerando que “ainda se está muito longe” desse momento.
SEGURANÇA INTERNACIONAL
O tema central da cimeira “será a resolução da crise ucraniana”, sinalizou o Kremlin, mas “também serão abordadas tarefas mais amplas para garantir a paz e a segurança, bem como questões internacionais e regionais atuais e mais urgentes”.
84 PRISIONEIROS
A Rússia e a Ucrânia trocaram 84 prisioneiros de guerra na véspera da cimeira entre Vladimir Putin e Donald Trump, anunciou o Ministério da Defesa russo, sem adiantar pormenores sobre o modo como o processo foi concretizado.
Correio da Manhã