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Anita, Pedro e Pantufa vão passar a tarde ao
Jardim Zoológico. Os visitantes juntam-se à porta.
Toca a sineta. Está na hora de abrir.
No jardim Zoológico há todas as espécies de
animais da terra, da água, e do ar. Vieram dos quatro
cantos do Mundo : da Ásia, da África, da América
e da Oceânia.
Em primeiro lugar cá temos a leoa com os
leõezinhos.
A leoa é a fêmea do leão, o rei dos animais.
Gosta muito de brincar com os filhos.
Com a pata, faz rebolar um no chão, depois
o outro.
Um deles é muito irrequieto. Precisa de puxões
de orelhas.
Mas quando for grande, há-de ser ajuizado, como
o pai.
O hipopótamo tem um ar enjoado.
- Já sei - diz Pantufa, o cão. - Comeu muito.
Que pesadão! Já nem pode sair da água.
- Não -diz um pardal que vai pousar na borda do lago. - O mal dele é dormir demais. Apesar
disso, passa a vida a bocejar.
- Talvez esteja aborrecido por não ter que fazer,
- remata Pantufa.
O urso -branco está a tomar o seu banho habitual.
Uff ! Que calor !
Aproxima-se, com o focinho no ar, para respirar melhor.
- Não acham que tenho razão? Bem entendido,
a água do jardim Zoológico não está má. Mas lá
no pólo, donde me trouxeram, aí sim ! … Aí é que
ela está boa!
- O urso é um descontente - diz o camelo.
Mas cá para mim tudo está bem. Não tenho de que
me queixar. Desde que haja sol… Ah, se pudessem
imaginar o que é o deserto, e os oásis, as miragens !
E, no entanto, agrada-me estar aqui. Todo o dia
passeio as crianças, e acho isso bem divertido ! E elas
também, não é verdade?
A macaca não faz outra coisa senão olhar pelos filhos.
O mais velho é um vivo demónio:
- Sossega, por um momento ! -repreende a mãe.
Outro só quer guloseimas.
- Vá, não comas tantos amendoins !
Mas o mais novo é mais travesso ainda.
- Acaba lá de balançar. Não vês que estão todos
a olhar para ti?
- Que alta é a girafa ! - diz Pantufa. - Se não
tivesse um pescoço tão comprido não lhe chegava à cabeça.
- Como se há-de fazer para lhe dizer um segredo ao ouvido? - pergunta o Pedro.
No jardim Zoológico há três elefantes : pai, mãe
e filho.
As crianças juntam-se em volta deles e oferecem-lhes amendoins.
Quem os leva das mãozinhas abertas até à boca dos elefantes? A tromba, que anda para cá e para lá.
Donde vieram estes belos exemplares? Da longínqua Ásia.
Banhavam-se nos rios, atravessavam as enormes florestas, derrubavam árvores à sua passagem.
Agora aqui estão, felizes por terem tantas crianças
à sua volta … e tantos amendoins.
- Que animal é aquele? Tem um lindo pijama
às riscas e é mesmo parecido com o cavalo - diz o
Pedro.
- Mas não é um cavalo, é uma zebra - ensina
a Anita.
O guarda do Jardim Zoológico explica que a
zebra é inteligente como o cão, veloz como o vento,
corajosa como o leão.
Para onde quer que vá, a família Pinguim anda sempre em trajo de cerimónia.
Nas regiões geladas, donde vieram todos, não vestiam de maneira diferente. Lá ninguém os observava, mas o seu trajo era já impecável.
Agora, no jardim Zoológico, não faltam olhos a
sua volta.
É bom andar sempre prevenido com o fato das
ocasiões não é verdade?
- Olha os cangurus ! exclama Pantufa.
- Que grandes saltos eles dão! - diz o Pedro.
- Donde terão vindo?- pergunta a Anita.
O canguru mais novo explica que a mãe veio da Austrália, e o irmão e o pai e o primo. Vieram todos de barco, excepto ele.
- Eu cá vim na bolsa da mamã. Ela diz que é
muito prática e eu digo que é muito confortável.
O nome da minha família é muito difícil de dizer mas eu já o decorei : é a família dos Marsupiais.
Olha o aquário ! Que maravilha ! Parece que
descemos ao fundo do mar.
A tartaruga aproxima-se do vidro e mostra que
nada como qualquer peixe. Veio dos mares do Sul.
O que não daríamos nós para ver o que ela viu!
Conheceu o fabuloso tesouro de um navio pirata afundado, com sabres, peças de oiro, colares de pérolas …
O marabu não se conforma:
- Importantes só vocês, as gruas, com chapelinhos de plumas, na última moda. Olham para mim com um olhar superior. Quando se dignam
dirigir-me a palavra?
As gruas não o ouvem, ou fazem que não o ouvem.
Continuam o passeio, tagarelando, tagarelando, falando de tudo menos dele, o marabu. Sim, sentem-se superiores.
- Quem, como eu -diz a águia -,pode orgulhar-se de ter subido mais alto e de olhar o Sol de frente? A minha prima coruja, que só anda de noite?
Ou o agoirento mocho, que vive na velha torre, cheia de teias de aranha? Só eu conheço a beleza das neves eternas. Só a mim me chamam o rei das montanhas.
- São engraçados, não são, Pedro?- diz Anita.
“Flamingos” é o nome que está na etiqueta.
- Admira como podem ser de um cor-de-rosa
tão belo ! - comenta o Pantufa.
- Ainda admira mais que duas pernas tão finas
possam com o peso do corpo -diz o Pedro.
-Duas? Às vezes estão sobre uma só e não se
quebra - explica um macaquinho que chegou a correr até à borda do lago, apreciando à sua maneira a beleza cor-de-rosa dos flamingos.
Mas a tarde passou depressa. O guarda percorre
o jardim Zoológico, agitando a sineta e dizendo:
- Vai fechar … Vai fechar …
Anita, Pedro e Pantufa aprenderam hoje muitas
coisas. E ainda não viram tudo. Não viram os tigres,
os lobos, os bisontes, os avestruzes, as serpentes, os
crocodilos …
Pois bem : é preciso voltar outra vez ao jardim
Zoológico.
Copyright by CASTERMAN, 1991 Direitos reservados para a Língua Portuguesa VERBO Lisboa/São Paulo
Impresso na Bélgica Depósito legal nº 51 527/91
FIM DO LIVRO
Jardim Zoológico. Os visitantes juntam-se à porta.
Toca a sineta. Está na hora de abrir.
No jardim Zoológico há todas as espécies de
animais da terra, da água, e do ar. Vieram dos quatro
cantos do Mundo : da Ásia, da África, da América
e da Oceânia.
Em primeiro lugar cá temos a leoa com os
leõezinhos.
A leoa é a fêmea do leão, o rei dos animais.
Gosta muito de brincar com os filhos.
Com a pata, faz rebolar um no chão, depois
o outro.
Um deles é muito irrequieto. Precisa de puxões
de orelhas.
Mas quando for grande, há-de ser ajuizado, como
o pai.
O hipopótamo tem um ar enjoado.
- Já sei - diz Pantufa, o cão. - Comeu muito.
Que pesadão! Já nem pode sair da água.
- Não -diz um pardal que vai pousar na borda do lago. - O mal dele é dormir demais. Apesar
disso, passa a vida a bocejar.
- Talvez esteja aborrecido por não ter que fazer,
- remata Pantufa.
O urso -branco está a tomar o seu banho habitual.
Uff ! Que calor !
Aproxima-se, com o focinho no ar, para respirar melhor.
- Não acham que tenho razão? Bem entendido,
a água do jardim Zoológico não está má. Mas lá
no pólo, donde me trouxeram, aí sim ! … Aí é que
ela está boa!
- O urso é um descontente - diz o camelo.
Mas cá para mim tudo está bem. Não tenho de que
me queixar. Desde que haja sol… Ah, se pudessem
imaginar o que é o deserto, e os oásis, as miragens !
E, no entanto, agrada-me estar aqui. Todo o dia
passeio as crianças, e acho isso bem divertido ! E elas
também, não é verdade?
A macaca não faz outra coisa senão olhar pelos filhos.
O mais velho é um vivo demónio:
- Sossega, por um momento ! -repreende a mãe.
Outro só quer guloseimas.
- Vá, não comas tantos amendoins !
Mas o mais novo é mais travesso ainda.
- Acaba lá de balançar. Não vês que estão todos
a olhar para ti?
- Que alta é a girafa ! - diz Pantufa. - Se não
tivesse um pescoço tão comprido não lhe chegava à cabeça.
- Como se há-de fazer para lhe dizer um segredo ao ouvido? - pergunta o Pedro.
No jardim Zoológico há três elefantes : pai, mãe
e filho.
As crianças juntam-se em volta deles e oferecem-lhes amendoins.
Quem os leva das mãozinhas abertas até à boca dos elefantes? A tromba, que anda para cá e para lá.
Donde vieram estes belos exemplares? Da longínqua Ásia.
Banhavam-se nos rios, atravessavam as enormes florestas, derrubavam árvores à sua passagem.
Agora aqui estão, felizes por terem tantas crianças
à sua volta … e tantos amendoins.
- Que animal é aquele? Tem um lindo pijama
às riscas e é mesmo parecido com o cavalo - diz o
Pedro.
- Mas não é um cavalo, é uma zebra - ensina
a Anita.
O guarda do Jardim Zoológico explica que a
zebra é inteligente como o cão, veloz como o vento,
corajosa como o leão.
Para onde quer que vá, a família Pinguim anda sempre em trajo de cerimónia.
Nas regiões geladas, donde vieram todos, não vestiam de maneira diferente. Lá ninguém os observava, mas o seu trajo era já impecável.
Agora, no jardim Zoológico, não faltam olhos a
sua volta.
É bom andar sempre prevenido com o fato das
ocasiões não é verdade?
- Olha os cangurus ! exclama Pantufa.
- Que grandes saltos eles dão! - diz o Pedro.
- Donde terão vindo?- pergunta a Anita.
O canguru mais novo explica que a mãe veio da Austrália, e o irmão e o pai e o primo. Vieram todos de barco, excepto ele.
- Eu cá vim na bolsa da mamã. Ela diz que é
muito prática e eu digo que é muito confortável.
O nome da minha família é muito difícil de dizer mas eu já o decorei : é a família dos Marsupiais.
Olha o aquário ! Que maravilha ! Parece que
descemos ao fundo do mar.
A tartaruga aproxima-se do vidro e mostra que
nada como qualquer peixe. Veio dos mares do Sul.
O que não daríamos nós para ver o que ela viu!
Conheceu o fabuloso tesouro de um navio pirata afundado, com sabres, peças de oiro, colares de pérolas …
O marabu não se conforma:
- Importantes só vocês, as gruas, com chapelinhos de plumas, na última moda. Olham para mim com um olhar superior. Quando se dignam
dirigir-me a palavra?
As gruas não o ouvem, ou fazem que não o ouvem.
Continuam o passeio, tagarelando, tagarelando, falando de tudo menos dele, o marabu. Sim, sentem-se superiores.
- Quem, como eu -diz a águia -,pode orgulhar-se de ter subido mais alto e de olhar o Sol de frente? A minha prima coruja, que só anda de noite?
Ou o agoirento mocho, que vive na velha torre, cheia de teias de aranha? Só eu conheço a beleza das neves eternas. Só a mim me chamam o rei das montanhas.
- São engraçados, não são, Pedro?- diz Anita.
“Flamingos” é o nome que está na etiqueta.
- Admira como podem ser de um cor-de-rosa
tão belo ! - comenta o Pantufa.
- Ainda admira mais que duas pernas tão finas
possam com o peso do corpo -diz o Pedro.
-Duas? Às vezes estão sobre uma só e não se
quebra - explica um macaquinho que chegou a correr até à borda do lago, apreciando à sua maneira a beleza cor-de-rosa dos flamingos.
Mas a tarde passou depressa. O guarda percorre
o jardim Zoológico, agitando a sineta e dizendo:
- Vai fechar … Vai fechar …
Anita, Pedro e Pantufa aprenderam hoje muitas
coisas. E ainda não viram tudo. Não viram os tigres,
os lobos, os bisontes, os avestruzes, as serpentes, os
crocodilos …
Pois bem : é preciso voltar outra vez ao jardim
Zoológico.
Copyright by CASTERMAN, 1991 Direitos reservados para a Língua Portuguesa VERBO Lisboa/São Paulo
Impresso na Bélgica Depósito legal nº 51 527/91
FIM DO LIVRO