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Anita no Jardim Zoologico

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Fev 29, 2008
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Anita, Pedro e Pantufa vão passar a tarde ao

Jardim Zoológico. Os visitantes juntam-se à porta.

Toca a sineta. Está na hora de abrir.

No jardim Zoológico há todas as espécies de

animais da terra, da água, e do ar. Vieram dos quatro

cantos do Mundo : da Ásia, da África, da América

e da Oceânia.

Em primeiro lugar cá temos a leoa com os

leõezinhos.

A leoa é a fêmea do leão, o rei dos animais.

Gosta muito de brincar com os filhos.

Com a pata, faz rebolar um no chão, depois

o outro.

Um deles é muito irrequieto. Precisa de puxões

de orelhas.

Mas quando for grande, há-de ser ajuizado, como

o pai.



O hipopótamo tem um ar enjoado.

- Já sei - diz Pantufa, o cão. - Comeu muito.

Que pesadão! Já nem pode sair da água.

- Não -diz um pardal que vai pousar na borda do lago. - O mal dele é dormir demais. Apesar

disso, passa a vida a bocejar.

- Talvez esteja aborrecido por não ter que fazer,

- remata Pantufa.

O urso -branco está a tomar o seu banho habitual.

Uff ! Que calor !

Aproxima-se, com o focinho no ar, para respirar melhor.

- Não acham que tenho razão? Bem entendido,

a água do jardim Zoológico não está má. Mas lá

no pólo, donde me trouxeram, aí sim ! … Aí é que

ela está boa!



- O urso é um descontente - diz o camelo.

Mas cá para mim tudo está bem. Não tenho de que

me queixar. Desde que haja sol… Ah, se pudessem

imaginar o que é o deserto, e os oásis, as miragens !

E, no entanto, agrada-me estar aqui. Todo o dia

passeio as crianças, e acho isso bem divertido ! E elas

também, não é verdade?



A macaca não faz outra coisa senão olhar pelos filhos.

O mais velho é um vivo demónio:

- Sossega, por um momento ! -repreende a mãe.

Outro só quer guloseimas.

- Vá, não comas tantos amendoins !

Mas o mais novo é mais travesso ainda.

- Acaba lá de balançar. Não vês que estão todos

a olhar para ti?



- Que alta é a girafa ! - diz Pantufa. - Se não

tivesse um pescoço tão comprido não lhe chegava à cabeça.

- Como se há-de fazer para lhe dizer um segredo ao ouvido? - pergunta o Pedro.



No jardim Zoológico há três elefantes : pai, mãe

e filho.

As crianças juntam-se em volta deles e oferecem-lhes amendoins.

Quem os leva das mãozinhas abertas até à boca dos elefantes? A tromba, que anda para cá e para lá.



Donde vieram estes belos exemplares? Da longínqua Ásia.

Banhavam-se nos rios, atravessavam as enormes florestas, derrubavam árvores à sua passagem.

Agora aqui estão, felizes por terem tantas crianças

à sua volta … e tantos amendoins.



- Que animal é aquele? Tem um lindo pijama

às riscas e é mesmo parecido com o cavalo - diz o

Pedro.

- Mas não é um cavalo, é uma zebra - ensina

a Anita.

O guarda do Jardim Zoológico explica que a

zebra é inteligente como o cão, veloz como o vento,

corajosa como o leão.



Para onde quer que vá, a família Pinguim anda sempre em trajo de cerimónia.

Nas regiões geladas, donde vieram todos, não vestiam de maneira diferente. Lá ninguém os observava, mas o seu trajo era já impecável.

Agora, no jardim Zoológico, não faltam olhos a

sua volta.

É bom andar sempre prevenido com o fato das

ocasiões não é verdade?



- Olha os cangurus ! exclama Pantufa.

- Que grandes saltos eles dão! - diz o Pedro.

- Donde terão vindo?- pergunta a Anita.

O canguru mais novo explica que a mãe veio da Austrália, e o irmão e o pai e o primo. Vieram todos de barco, excepto ele.

- Eu cá vim na bolsa da mamã. Ela diz que é

muito prática e eu digo que é muito confortável.

O nome da minha família é muito difícil de dizer mas eu já o decorei : é a família dos Marsupiais.



Olha o aquário ! Que maravilha ! Parece que

descemos ao fundo do mar.

A tartaruga aproxima-se do vidro e mostra que

nada como qualquer peixe. Veio dos mares do Sul.

O que não daríamos nós para ver o que ela viu!

Conheceu o fabuloso tesouro de um navio pirata afundado, com sabres, peças de oiro, colares de pérolas …

O marabu não se conforma:

- Importantes só vocês, as gruas, com chapelinhos de plumas, na última moda. Olham para mim com um olhar superior. Quando se dignam

dirigir-me a palavra?

As gruas não o ouvem, ou fazem que não o ouvem.

Continuam o passeio, tagarelando, tagarelando, falando de tudo menos dele, o marabu. Sim, sentem-se superiores.



- Quem, como eu -diz a águia -,pode orgulhar-se de ter subido mais alto e de olhar o Sol de frente? A minha prima coruja, que só anda de noite?

Ou o agoirento mocho, que vive na velha torre, cheia de teias de aranha? Só eu conheço a beleza das neves eternas. Só a mim me chamam o rei das montanhas.



- São engraçados, não são, Pedro?- diz Anita.

“Flamingos” é o nome que está na etiqueta.

- Admira como podem ser de um cor-de-rosa

tão belo ! - comenta o Pantufa.

- Ainda admira mais que duas pernas tão finas

possam com o peso do corpo -diz o Pedro.

-Duas? Às vezes estão sobre uma só e não se

quebra - explica um macaquinho que chegou a correr até à borda do lago, apreciando à sua maneira a beleza cor-de-rosa dos flamingos.

Mas a tarde passou depressa. O guarda percorre

o jardim Zoológico, agitando a sineta e dizendo:

- Vai fechar … Vai fechar …

Anita, Pedro e Pantufa aprenderam hoje muitas

coisas. E ainda não viram tudo. Não viram os tigres,

os lobos, os bisontes, os avestruzes, as serpentes, os

crocodilos …

Pois bem : é preciso voltar outra vez ao jardim

Zoológico.



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FIM DO LIVRO
 
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