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56 mil milhões de euros para obras em 10 anos

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Set 10, 2007
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O número é, por si só, significativo: 43 mil milhões de euros em investimentos anunciados e projectados pelo actual Governo para a próxima década - um valor que sobe para 56 mil milhões se acrescentarmos projectos maioritariamente privados de reabilitação urbana, turismo e centros comerciais.

O plano de Sócrates é que, juntos, todos estes investimentos possam dar um impulso decisivo à economia portuguesa.

A estimativa da FEPICOP (a federação de empresas de obras públicas que elaborou um documento orientador, com informações do próprio Executivo) aponta para um impulso ao crescimento "na ordem dos 3,5 pontos percentuais do PIB, nos próximos nove anos". Isto, claro, "a concretizar-se o plano", afirma o documento, a que o JN teve acesso.

Mas o plano de investimentos não é consensual. Por causa da crise internacional, mas também pelos custos que comporta para o Estado. Ontem mesmo, o Jornal de Negócios dava conta das dificuldades de várias empresas em concorrer ao chamado "pacote das estradas" devido a objecções levantadas pelos bancos.

A isto, acrescem as dúvidas de muitos economistas e políticos sobre a eficácia dos projectos em estimular a economia. A nova líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, relançou o debate no encerramento do congresso do seu partido: "Não é por esta via que o país se desenvolverá, que se criarão empregos ou que a economia vai prosperar", apontou.

Mas - responde o presidente da FEPICOP, Manuel Reis Campos - "a grande questão não é discutir os milhões de euros constantemente anunciados e questionados, mas saber se o país se pode dar ao luxo de adiar projectos como as barragens, os novos hospitais e a conclusão do plano rodoviário nacional".

Para esta federação empresarial, este investimento constitui "uma das necessárias faces de profunda reestruturação e ganho de competitividade que o país necessita". Reclamações? Só o atraso nas obras: é que só 16% do total de investimentos previstos estão realmente lançados.

Foi com este objectivo que, sobretudo no último ano, José Sócrates se empenhou pessoalmente em dinamizar o investimento nas várias áreas de governação.

Os contactos com grandes empresários (ler caixas) têm sido permanentes e, garante o seu gabinete ao JN, "cada ministério tem acompanhado minuciosamente o andamento dos projectos". A S. Bento chegam reportes permanentes de cada um.

Segundo apurou o JN, Sócrates promete reforçar a mensagem no último Orçamento de Estado da legislatura, em Outubro. E quer rebater o PSD: é que apenas 8% dos 43 mil milhões são responsabilidade do Estado. O resto será privado e fundos europeus.

JN
 
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