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À memoria de "Carina Ferreira"

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À memoria de "Carina Ferreira"

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O titulo diz tudo, decidi abrir este tópico pois foi um caso que me tocou e que não esperava tal fim.
Por isso dedico este tópico à sua memoria e que repouse em paz, os meus sinceros pêsames para toda a família...


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Amigos procuram jovem desaparecida pelo Facebook

DESAPARECIDA
Amigos procuram jovem desaparecida pelo Facebook

por AMADEU ARAÚJO 07 Maio 2010

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Carina Ferreira, 21 anos, desapareceu sábado à noite quando viajava para a Régua num Peugeot 106 vermelho de matrícula 77-23-LP.



Carina Ferreira desapareceu no sábado, quando fazia o percurso de automóvel entre Lamego e Régua, sem deixar rasto. O caso está a ser investigado pela PSP e PJ, mas entretanto os amigos lançaram uma página no Facebook para localizar a colega através das redes sociais. A família, pais e irmã, esteve ontem incontactável.

Carina Ferreira, de 21 anos, concluiu o curso de Turismo na Universidade de Coimbra e estava a trabalhar no Clube de Caça e Pesca da Régua "desde o ano passado", contou o tesoureiro do clube. Francisco Soares adiantou que a jovem "colaborava no ginásio, mas ia e vinha todos os dias para Lamego. Desde sábado que não sabemos nada dela", concluiu.

O desaparecimento "foi participado" na PSP de Lamego "logo no sábado, mas desde então que não a conseguimos localizar", assegurou fonte policial.

Os amigos lançaram entretanto uma página no Facebook, em
Código:
http://www.facebook.com/home.php?#!/group.php?gid=120072504677707&ref=ts
, onde contam que no sábado a jovem "trabalhou no clube, foi a casa, cerca das 22.00, onde tomou banho e nunca mais foi vista". Depois desta surgiram outras páginas, noutras redes sociais, onde constam vários comentários dos amigos e colegas da jovem. José Eduardo, que administra um dos sites, adiantou que a jovem "vestia leggings e blusa preta com um blaser da mesma cor. Usava ainda uma trança no cabelo" e "desapareceu pouco depois de ter saído para a Régua para trabalhar".

Bruno Oliveira esclareceu que o carro da jovem "não apareceu desde sábado". De acordo com várias fontes policiais a viatura, um Peugeot 106 vermelho de matrícula 77-23-LP, "não esteve envolvida em nenhum acidente nem tem multas registadas".

Na página, Rita Vaz alertou para a "necessidade de fazer buscas no rio Douro", mas os bombeiros da Régua e Lamego, que garantem a segurança das escarpadas estradas ribeirinhas, não têm conhecimento de nenhum acidente ou desaparecimento. "Ouvi falar do desaparecimento, mas não tivemos qualquer ordem de buscas", assegurou Nuno Carvalho, comandante dos Bombeiros de Lamego, que partilha a opinião com António Fonseca, dos Bombeiros da Régua.

No Facebook, onde a página tem como título "Carina a tua força é a nossa esperança", os amigos juntam forças e alertam que a "Carina Ferreira desapareceu desde sábado à noite e até hoje nada sabemos sobre ela, vamos todos juntar as nossas forças e tentar encontrar a Carina".

Os pais, Ernesto e Isabel Ferreira, confessaram ao jornal Douro Hoje que estavam muito preocupados e deixaram o apelo: "Por favor, Carina, diz onde estás e se estás bem." O DN tentou ontem contactar a irmã Daniela, sem sucesso. Não está confirmado que o desaparecimento não tenha sido voluntário.


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Polícia cautelosa com informações

Investigação
Polícia cautelosa com informações

07 Maio 2010


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O desaparecimento de Carina foi comunicado à PSP que deu conhecimento à PJ. A Directoria do Norte tomou conhecimento, mas não quer adiantar muito.

Passaram poucos dias (menos de uma semana com um adulto não é considerado logo desaparecimento) e fonte policial apenas disse: "O caso pode não ser tão complicado quanto parece."
 

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Jovem desaparecida não mexeu na conta bancária

Lamego
Jovem desaparecida não mexeu na conta bancária

por AMADEU ARAÚJO 08 Maio 2010

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Carina Ferreira, 21 anos, tinha um relacionamento com um militar que já foi ouvido pela PJ e nada saberá sobre o seu paradeiro






Carina Ferreira, a jovem de Lamego que está desaparecida há uma semana, tinha um relacionamento com um militar das Operações Especiais. O jovem já terá sido ouvido pela polícia enquanto a conta bancária de Carina não apresenta movimentos. Os amigos e a família apostam tudo na divulgação do caso nas redes sociais enquanto a PJ assume que "é prematuro relacionar o desaparecimento com um eventual crime".

Uma fonte policial, ouvida pelo DN, assumiu que "é prematuro tirar conclusões quanto a um eventual crime porque haveria mais pormenores e indícios". O responsável garantiu que "o caso está a ser investigado" e assegurou que "a conta da jovem não apresenta movimentos desde o seu desaparecimento".

A jovem, de 21 anos, desapareceu no passado sábado à noite quando fazia o percurso habitual entre Lamego, onde mora, e o local de trabalho, em Peso da Régua. Desde que concluiu o curso que a jovem trabalhava no Clube de Caça e Pesca, na Régua.

Desde então que amigos e familiares não sabem nada de Carina Ferreira. Esta semana criaram vários sítios nas redes sociais para tentar "encontrar a Carina". A jovem saiu de casa para o trabalho, na Régua, e "nunca mais foi vista", contou a mãe. "Já percorremos as duas estradas, para a Régua, várias vezes e não encontrámos qualquer indício", disse Isabel Ferreira. Desde sábado que a filha "está incontactável. É um desespero".

De acordo com a mãe, a filha "apenas levou os documentos, por que ia de carro. Tem os cartões da conta com ela mas já actualizamos a caderneta e não gastou um único tostão". Segundo a mãe, a filha "tem muitos amigos e por vezes ia passar o fim-de-semana fora. Ela não era rapariga de fazer isto nem tinha necessidade. Tinha liberdade para fazer o que queria".

Ao que o DN apurou a jovem "mantinha um relacionamento com um militar das Operações Especiais", disse fonte conhecedora do processo. Este "amigo mais próximo" já foi ouvido pelas autoridades, mas no momento do de-saparecimento não estava em Lamego. O relacionamento "seguiu--se a um outro, também com um militar das Operações Especiais, que terminou entretanto".

Pedro Pimentel, um dos amigos que tem usado as redes sociais na demanda da jovem, garantiu que se tratava "de uma relação de amigos, não seriam namorados. Estavam a conhecer-se e a ver no que dava". A procura da jovem "não tem dado resultados. A polícia não diz nada pelo que a nossa esperança está nas redes sociais", assumiu José Eduardo, um dos autores da página no Facebook que ontem mudou o título para "ajudem a encontrar a Carina". Um dos muitos comentários nas redes sociais dá conta que a jovem teria tido "um desentendimento com um dos frequentadores do Clube de Caça e Pesca, onde trabalhava". Porém, nem a PSP, que registou a queixa do desaparecimento pelos pais, nem a PJ corroboraram este facto.

Para a mãe, que "não quer pensar o pior", apenas há uma certeza: "Alguma coisa aconteceu." Isabel Ferreira mostra-se "pouco crente no desaparecimento voluntário" da filha. Certo é que os pais estão a "passar por um tormento e uma angústia muito grandes".


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Jovem desaparecida poderá ter viajado para a Tunísia

Lamego
Jovem desaparecida poderá ter viajado para a Tunísia

por AMADEU ARAÚJO, 09 Maio 2010

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Comentário num 'site' refere que Carina terá sido vista no aeroporto de Lisboa acompanhada por um jovem militar.





Carina Ferreira, de 21 anos, a jovem de Lamego dada como desaparecida há uma semana, "poderá ter-se ausentado do país, com um amigo, rumo à Tunísia". A indicação foi largada num dos muitos sites das redes sociais onde a rapariga tem sido procurada.

As autoridades policiais, que desde o desaparecimento têm mantido "um prudente silêncio", lembram que Carina "é uma mulher autónoma, independente e livre de ir para onde quiser". À PJ também não passa despercebido o relacionamento entre muitas jovens de Lamego e os soldados do Centro de Tropas Especiais.

Um comentário na Net refere "uma rapariga, vista no aeroporto de Lisboa, prestes a embarcar para a Tunísia, acompanhada de um jovem com passaporte militar".

Fonte da PJ refere que o caso de Carina "não consta da lista das pessoas desaparecidas. Em face do alarme social, estamos a seguir essa pista para averiguar".

Adiantou que, "em Lamego, muitas jovens mantêm relacionamentos com militares das Operações Especiais. Normalmente, são mulheres adultas, que, por vezes, desaparecem, no pleno gozo dos seus direitos de cidadania, embaladas por promessas de militares".

A maioria acaba por aparecer. "Embora o desaparecimento súbito cause alarme social, grande parte das vezes não há qualquer indício de crime", esclareceu.

Carina desapareceu dia 1, após ter saído de casa, em Lamego, pelas 22.00, para uma festa no Clube de Caça e Pesca do Alto Douro, onde trabalhava, mas não chegou lá. Conduzia um Peugeot 106 que continua desaparecido e não houve levantamentos da sua conta bancária. Nesse trajecto não foram detectados sinais de "crime ou acidente. Vamos esperar alguns dias. Depois a investigação poderá tomar outro rumo", refere a PJ.


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Hipótese de crime admitida no desaparecimento de Carina

Lamego
Hipótese de crime admitida no desaparecimento de Carina

13 Maio 2010

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Carina Ferreira, a jovem de Lamego que está desaparecida desde o dia 1, poderá ter sido vítima de um crime. A convicção é da PJ, que lidera as investigações ao desaparecimento da jovem, de 21 anos e que agora assume "manter em aberto todas as possibilidades" depois de num primeiro momento ter dado a entender que o caso "não seria grave". Nas redes sociais são já mais de vinte mil os amigos que procuram a jovem.

"Não excluímos qualquer hipótese, incluindo a de que possa ter havido um crime, até porque foi aberta uma investigação", garantiu ao DN fonte oficial da PJ.

A jovem desapareceu quando se dirigia para o local de trabalho, em Peso da Régua. De acordo com a mãe, "levou apenas os documentos e não tem mexido no dinheiro". Familiares, amigos e autoridades já percorreram várias vezes o trajecto feito por Carina sem que tenham sido encontrados indícios de "crime ou acidente", revelou a fonte da PJ, que na terça-feira sobrevoou toda a zona com um helicóptero da Protecção Civil. No chão, uma zona escarpada na margem sul do rio Douro, "não foram feitas buscas", confirmou o comandante dos Bombeiros de Lamego. A PJ reconhece que "não foram encontrados vestígios de qualquer acidente".

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PJ faz buscas no Rio Douro à procura de jovem de Lamego desaparecida

Exclusivo Expresso

PJ faz buscas no Rio Douro à procura de jovem de Lamego desaparecida
Mergulhadores avançaram esta tarde para o Rio Douro depois de terem sobrevoado a zona de helicóptero à procura de Carina Ferreira, de 21 anos.


Joaquim Gomes
21:11 Terça-feira, 18 de Maio de 2010


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Carina Ferreira está desaparecida desde a noite de 1 de Maio quando se dirigia de Lamego para o Peso da Régua






A Polícia Judiciária e os Bombeiros Voluntários de Lamego iniciaram esta tarde buscas no Rio Douro à procura de Carina Ferreira, de 21 anos, que é desaparecida desde a noite de 1 de Maio quando se dirigia de Lamego para o Peso da Régua.

As buscas, que só foram reveladas ao princípio da noite de hoje, "para não serem perturbadas por jornalistas e repórteres-fotográficos", segundo fonte policial, "vão continuar nos próximos dias pelo Rio Douro abaixo".

Esta tarde as buscas decorreram entre as barragens de Bagaúste e Belmonte, mas sem que fosse encontrado qualquer vestígio da jovem ou do automóvel, da marca e modelo "Peugeot-106," de cor vermelha e a matrícula 77-23-LP.

Carina Ferreira, que trabalhava no Clube de Caça e Pesca do Alto Douro, à data do seu desaparecimento, tinha 'leggins' e blusa de cor preta, um 'blaser' daquela cor e sapatos de cunha preta. A semana passada, a PJ bateu a zona a partir de um helicóptero, mas hoje a direcção da Polícia Judiciária do Norte, segundo apurou o Expresso, mandou avançar os inspectores para o terreno.

Investigações dependeram de telemóvel

As investigações da Polícia Judiciária estiveram dependentes de listagens da Vodafone, operador de telemóvel mais usado por Carina Ferreira, mas que usava também um aparelho da TMN para comunicar com alguns amigos já clientes daquela rede de telemóveis.

A TMN disponibilizou de imediato a listagem das antenas accionadas pelo telemóvel de Carina Ferreira, mas a Vodafone ainda não entregou hoje nas instalações da Polícia Judiciária do Porto a última listagem das células que a jovem "activou" nas antenas pelas quais passou, entre Lamego e a Régua na noite de 1 para 2 de Maio. A PJ decidiu não esperar mais pela Vodafone e, desde esta tarde, acompanhada pelos vários mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Lamego, começou a procurar pelas margens no Rio Douro.

Nem "Ranger", nem Tunísia

A hipótese de qualquer envolvimento de um cabo dos "Ranger" que foi namorado de Carina Ferreira "está completamente fora de hipótese" e só "contribuiu para lançar alguma confusão no início", de acordo com fontes contactadas pelo Expresso. "Esse militar estava no Algarve no dia em que essa jovem desapareceu", acrescentaram as mesmas fontes da PJ do Porto.

A Polícia Judiciária do Porto tem-se defrontado com "várias informações contraditórias", relativamente às indicações fornecidas pelos amigos mais próximos da jovem desaparecida. No Centro de Instrução de Operações Especiais (Ranger's") há casos de militares que namoram com raparigas, daquela região, como sucedia com os Comandos também instalados em Lamego até pouco antes do 25 de Abril de 1974.

A família de Carina Ferreira, em especial o pai, um sargento do Exército colocado em Lamego, está já a par de todos os passos dados pela Polícia Judiciária. A hipótese de Carina Ferreira ter viajado para a Tunísia já não tem igualmente qualquer consistência, segundo fontes da PJ. Essas falsas pistas "só estão a perturbar as investigações", segundo fontes da PJ e para quem "o anonimato das redes sociais na internet, tem permitido diversas especulações e mesmo insinuações de mau gosto num caso tão delicado".


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O carro encontrado em Armamar não é de Carina

Lamego (ACTUALIZADA)
O carro encontrado em Armamar não é de Carina

por AMADEU ARAÚJO 20 Maio 2010

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Policia Judiciária encontrou em Armamar um carro mas a matricula não é a do carro de Carina.

O Peugeot encontrado era de cor cinza e a matricula não corresponde à do carro conduzido por Carina. O adjunto da Capitania da Régua, Matias Calvo, confirma o retomar das buscas entre a foz do Távora e a barragem de Bagauste.

Fonte policial, confirma ao DN, que estes pontos de busca foram indicados a partir das localizações das antenas de telemóvel.





Dezanove dias após o desaparecimento de Carina Ferreira, a jovem de Lamego que não é vista desde 1 de Maio, a hipótese de se poder ter tratado de um crime ganha mais consistência.

Apesar disso, a PJ assumiu que "acidente ou crime são sempre cenários em aberto", mas solicitou buscas no rio Balsemão, numa zona acessível a carros, para tentar localizar o Peugeot 106 vermelho da jovem. A PJ, sabe o DN, já visionou as imagens de videovigilância da concessionária da A24. O carro de Carina não é visto nas imagens naquela noite de 1 de Maio a percorrer a auto-estrada.

Ontem, os investigadores examinaram ainda o interior da barragem do Varosa. Na A24, no túnel da Varosa, estão várias câmara de videovigilância e nelas não surge o carro de Carina, pelo que se deduz que a jovem não chegou a passar o túnel.

Durante todo o dia de ontem mergulhadores e inspectores da PJ vasculharam todas as imediações da barragem de S. Pedro de Balsemão, por baixo da ponte do Varosa, na A24, num trajecto que Carina Ferreira costumava usar nas suas deslocações para a Régua, onde trabalhava e numa zona que é usada para treino militar.

Os mergulhadores fizeram buscas a uma profundidade de "18 metros, num local facilmente acessível a carros e onde o rio inicialmente tem uma profundidade de poucos centímetros, caindo de forma abrupta para zonas mais fundas", contou um dos mergulhadores que estavam munidos de fotografias dos locais a pesquisar.

No local das buscas foi encontrado um rasto de um automóvel, que desaparece na água, mas nada de palpável foi encontrado.

O interior da barragem, incluindo as turbinas, também foi passado a pente fino pelos inspectores da PJ, que se fizeram acompanhar de técnicos da EDP.

Fonte da PJ confidenciou que as buscas "visam encontrar o carro da jovem" e que "todos os cenários estão em aberto, incluindo crime".

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Carro de Carina poderá ser chave do mistério

Lamego
Carro de Carina poderá ser chave do mistério

por AMADEU ARAÚJO, 24 Maio 2010

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PJ reconstitui os passos da jovem nos dias anteriores ao seu desaparecimento.



Quase um mês depois do desaparecimento de Carina Ferreira, a Polícia Judiciária (PJ) tem apenas duas certezas: a jovem não usou o percurso habitual para a Régua, onde trabalhava e abasteceu o carro, para uma viagem de nove quilómetros, logo depois de ter saído de casa. As autoridades, que não parecem ter indícios sobre o seu paradeiro, tentam reconstruir as rotinas de Carina e localizar o veículo, enquanto amigos, que têm sido ouvidos pela polícia, e familiares mantêm o silêncio.

A 1 de Maio, Carina prometera ajudar uma amiga nos preparativos para uma festa no Clube de Caça e Pesca do Alto Douro, na Régua. Passou lá a tarde, regressou a casa, voltou a sair e nunca mais foi vista. A jovem, que estudou Turismo e desde que acabou o curso trabalhava na Régua, saiu de casa ao volante do seu Peugeot 106 comercial e não apareceu mais. O carro, de cor vermelha, não foi visto nas gravações das câmaras da A24, o que "indicia que terá usado outro caminho". Uma alteração da rotina que levou a PJ a pressupor que se está perante "um crime", mas "sem excluir outras hipóteses como um desaparecimento voluntário".

Os amigos não concordam e falam no Facebook, onde a página do seu desaparecimento conta com 32 600 membros, em crime. Após a jovem ter saído de casa os telemóveis ainda chamaram, mas ficaram mudos pouco tempo depois. A PJ, que ordenou buscas nos rios da região, excluiu a possibilidade de se tratar de um acidente e a investigação "tomou outro rumo". Família e amigos admitem a possibilidade de a jovem ter sido raptada. "Uma hipótese, diz a PJ." O avô de Carina revelou que antes de ela ter desaparecido terá "dado uma bofetada num indivíduo que se meteu com ela."

Fonte policial disse ao DN que a investigação procura "reconstruir os passos dados nos dias anteriores ao desaparecimento e ouvir as pessoas com quem contactou bem como os amigos próximos". E "localizar o carro, que poderá ser um auxiliar precioso no desenrolar da investigação", concluiu a fonte.

No Facebook, os amigos, que espalharam cartazes pela região, insistem em procurar a jovem cuja fotografia foi distribuída a todas as forças de segurança, incluindo às Alfândegas. Mas fonte policial assumiu que "se alguém quiser desaparecer sem deixar rasto pode pura e simplesmente apanhar um avião em Madrid". Daí a busca "desenfreada pelo carro. É a chave do mistério", concluiu a PJ.


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GNR não tem fotos nem dados do carro de Carina

Lamego
GNR não tem fotos nem dados do carro de Carina

por AMADEU ARAÚJO, 25 Maio 2010

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Forças policiais da região sem elementos que ajudem nas buscas. PJ investiga desentendimento anterior a desaparecimento.

O paradeiro de Carina Ferreira, a jovem de Lamego que desapareceu sem deixar rasto quando se deslocava para a Régua, continua desconhecido. Apesar da atenção que o caso tem tido, nem a fotografia nem a matrícula do carro que conduzia foram distribuídas pelos postos da GNR na região. A investigação da PJ procura localizar o indivíduo que, segundo diz a família e os amigos, terá tido um desentendimento com Carina Ferreira no clube onde trabalhava.

Vários postos da GNR no interior duriense não dispõem da fotografia de Carina Ferreira. Tão- -pouco conhecem os dados da viatura que conduzia quando desapareceu, no dia 1. "Conheço o caso dos jornais, mas não tenho dados oficiais", disse o comandante de um posto da GNR num concelho limítrofe de Lamego. Em toda a linha do rio Douro, e noutros postos da GNR dos distritos de Viseu e Vila Real, a situação é idêntica. Fonte policial explicou ao DN: "Esses dados ficam apenas no processo-base, elaborado pela esquadra da PSP onde foi feita a queixa, e são enviados unicamente à PJ." Já a PJ "faz a difusão pela PSP, GNR, SEF, se entender que não possa vir a prejudicar as investigações, que depois dão conhecimento aos seus departamentos".

Fontes da PJ confirmaram que a fotografia de Carina foi distribuída a todas as forças de segurança, mas justificam as cautelas na distribuição generalizada com o facto de se poder estar perante "um desaparecimento voluntário. Uma hipótese que, apesar da investigação em curso, não pode ser ignorada e que obsta a que a fotografia seja colocada, para já, na lista das pessoas desaparecidas".

Segundo esta fonte, "a hipótese de a jovem ter tido um desentendimento no dia do desaparecimento também está a ser averiguada". Familiares e amigos contaram que, antes de desaparecer, Carina Ferreira terá dado uma bofetada num indivíduo que a interpelou, quando saía de um café. A hipótese "está a ser considerada como uma pista e estamos a tentar localizar o indivíduo, de origem não branca e com quem terá tido esse desentendimento".

A dificuldade em localizar o indivíduo deve-se à existência, na zona do Douro Sul, de "alguns acampamentos de imigrantes e indivíduos de etnia cigana que por vezes cometem pequenos crimes e que por isso se protegem uns aos outros". Esta fonte insistiu na necessidade de "encontrar o veículo Peugeot, a única pista capaz de dar indícios concretos sobre o sucedido", concluiu.


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Carina despistou-se sozinha

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Carina despistou-se sozinha

por AMADEU ARAÚJO, 09 junho 2010

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Peritagem ao carro mostra que este não embateu num segundo veículo. PJ desvalorizou tese de acidente.





Carina Ferreira despistou-se sozinha na A24, sem embater em qualquer outro veículo. É neste sentido que aponta a "primeira perícia" feita ao Peugeot 106 vermelho, feita ontem nas instalações da Polícia Judiciária do Porto, apurou o DN junto de fonte ligada à investigação.

O carro foi peritado para averiguar se "o despiste não terá sido provocado pelo embate de um segundo veículo". Ontem, ao final da noite, a PJ afastou, "numa primeira perícia", a hipótese.

Durante onze dias, a Judiciária desvalorizou a hipótese de que a jovem de Lamego tivesse sofrido um acidente. Apesar de alguns indícios apontarem nesse sentido: a triangulação dos telemóveis reduziu a área das buscas a um quilómetro quadrado, as imagens das câmaras não mostravam o carro no Túnel do Varosa - ponto de passagem obrigatório entre Lamego e Peso da Régua.

Logo no domingo, dia 2 de Maio, quando o desaparecimento foi participado, toda a A24 foi batida por familiares e amigos. Um funcionário da Operscut, que garante a operacionalidade da via, disse ao DN que "um segurança encontrou marcas de pneus no morro, mas, como não viu outros vestígios, julgou tratar-se de um condutor em dificuldades que conseguiu retomar a marcha".

Manuel Pedro, morador em Alvéolos e um dos primeiros a chegar ao local após a descoberta do carro, assegurou que "um dos postes da rede, que estava dobrada no topo, estava partido". Apesar disso, nenhum morador foi interrogado e a PJ nunca accionou meios de buscas terrestres nem cães pisteiros. A Judiciária alega que fez buscas na área, mas o carro estava "numa zona pouco visível".

A coordenadora da equipa da PJ, Helena Monteiro, negou um eventual "facilitismo", na investigação" e assegurou que a área, "onde estava o carro, foi batida e o local onde estava o carro não era visível, mesmo com uma busca aérea". Na segunda-feira a PJ chegou cedo ao local "inconformada" com os resultados da investigação e decidiu "ver o local com mais persistência e recolheu indícios de que o carro estava ali", disse Helena Monteiro ao DN.

Os comandantes dos bombeiros da Régua e de Lamego asseguraram que não foram solicitados. A GNR também não foi chamada às operações. Só a 11 de Maio a Protecção Civil efectuou uma busca aérea e a 18 iniciou buscas nos rios da região, incluindo na Barragem do Balsemão, a escassos cem metros do local onde acabou por ser encontrado o carro.

Estiveram envolvidos nas operações 27 mergulhadores e quatro embarcações. O helicóptero voou duas horas. Feitas as contas, as buscas (infrutíferas) da jovem custaram 16 mil euros - 12 mil euros o "heli", 4050 euros os mergulhadores e 400 euros as embarcações.

Alexandre Santos, especialista em buscas e formador da Escola Nacional de Bombeiros, disse ao DN que "em poucas horas, dependendo do tempo, os cães pisteiros, especialmente os treinados pela PSP e GNR, podiam vasculhar uma enorme área de mato. E ilustrou: usar os cães "é como andar no mato, de noite, com uma lanterna".


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arina Ferreira encontrada morta !!!



blueblack888 — Carina encontrada morta ao 38.º dia.
PJ aponta para acidente. Amigos consideram "estranho" tanto tempo para encontrar a jovem de 21 anos.​



O corpo de Carina Ferreira, a jovem de Lamego desaparecida a 1 de Maio, foi encontrado ontem dentro do seu carro, com o cinto de segurança posto, no fundo de uma ravina junto à Auto-Estrada 24 entre Lamego e Régua, pouco antes do Túnel do Varosa, por militares das Operações Especiais. A Polícia Judiciária (PJ) aponta como primeira causa para acidente de viação, mas só a autópsia, que será realizada hoje, poderá determinar as circunstâncias da morte. O carro deverá ser retirado hoje devido às dificuldades de acesso ao local, uma ravina com cerca de 30 metros de profundidade.
 

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Carina ferreira foi encontrada sem vida dentro do seu próprio carro!!

 

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Distracção ao telemóvel levou Carina

Lamego
Distracção ao telemóvel levou Carina

por AMADEU ARAÚJO, 10 junho 2010

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Familiares e amigos participaram nas cerimónias fúnebres ainda incrédulos com circunstâncias do acidente.





Carina Ferreira ia ao telemóvel no momento do acidente. Uma distracção, fatal, durante a condução, em velocidade assinalável, na auto-estrada. A ausência de marcas no pavimento, e de outros materiais, aponta para que "no momento do acidente" fosse "distraída e sem tempo para reagir", soube o DN junto de fonte ligada à investigação.

A distracção, "associada a alguma velocidade, contribuiu para que o pequeno Peugeot subisse o talude, que funcionou como "rampa de lançamento e voasse quase 70 metros em direcção à ravina onde foi cair".

Ontem durante o funeral, em Lamego, amigos e familiares continuavam incrédulos com os contornos do acidente (ver texto em baixo) e muitos foram aqueles que voltaram ao local onde o carro foi encontrado. Mas as perícias da PJ, que afastaram "em definitivo" a hipótese de envolvimento de um segundo carro, "não deixam grandes dúvidas".

O veículo tinha acabado de entrar na A 24, "facto que afasta a hipótese de sonolência. No caso de doença súbita, que não foi apurada na autópsia, há sempre uma reacção e posterior travagem". Contingências que deixam marcas e vestígios na estrada.

Mas quer no pavimento da A 24 quer nas imediações do local onde se deu o acidente "não foram encontrados quaisquer vestígios.

É convicção dos investigadores que Carina "seguia distraída ao telemóvel, provavelmente a enviar sms ou a marcar números. No caso de uma chamada, há campo de visibilidade e espaço para reagir". Mas Carina não teve nenhuma reacção, "como indica a ausência de marcas".

O carro "seguia com alguma velocidade, entrou em despiste e subiu, na diagonal, os 5 m do talude, que ajudaram à projecção do veículo". Carina "perdeu o controlo do veículo em consequência da distracção, o que impediu qualquer reacção". No momento em que subiu o talude "há um embate, muito ligeiro, do pára-choques com o poste da vedação".

Embalado pelo talude, "que serviu como rampa de lançamento" o Peugeot "voou quase 70 metros em direcção à ravina". Depois foi, "literalmente, aos trambolhões pelo declive, sempre a bater do lado da condutora e depois assentou, de forma brutal, na traseira". Foi a queda, "violenta, do Peugeot que provocou as lesões, mortais", à jovem.

As peritagens demonstram ainda que o cinto de segurança "estava em tensão porque ficou bloqueado quando o carro caiu, em grande velocidade".

Sobre a velocidade a que o veículo seguia, os investigadores não se pronunciam. "É quase impossível de determinar." A perícia apenas deduziu que a velocidade "era elevada dada a distância que separa o primeiro ponto de embate do local da queda".

Carina deixou de ser vista a 1 de Maio quando se deslocava para a Régua, onde trabalhava e tinha prometido comparecer numa festa. Na noite do desaparecimento, a irmã, que saiu primeiro de casa, estranhou a demora e tentou contactá-la. Os telefones chamaram, mas Carina já não atendeu. Ao fim de 38 dias, com buscas e diligências policiais, o carro foi localizado no fundo de uma ravina, junto à A24. A PJ adiantou que se tratou de um acidente, tese desvalorizada durante a investigação; a autópsia confirmou-o.

Nos próximos dias, os resultados da perícia ao automóvel e da autópsia deverão ser remetidos ao Ministério Público, que decretará o arquivamento do caso.


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Uma jovem dedicada à comunidade

Participativa
Uma jovem dedicada à comunidade
10 junho 2010

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Um estandarte da Casa do Povo, içado durante o funeral, assinalou a presença que Carina mantinha com a comunidade. A jovem, que no secundário foi eleita Miss Escola e que animou festas e bailes, desenvolvia actividades em várias comunidades. "Feliz, doce e carinhosa", como a cantou, em poema, uma amiga. "Era muito viva e participativa", dizem os amigos. De Coimbra, onde estudou Turismo na Faculdade de Letras, viajaram muitos estudantes. Bonita e atraente, era de "trato fácil e fazia amizades com todos", contou um colega da Universidade de Coimbra. Pa-ra os amigos mais próximos, a jovem de 21 anos "era muito ligada à família e à cidade". E dedicada. "Onde se metia era com afinco e dedicação", garantiu outra colega.
 

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Corpo de Carina já foi retirado

Foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Vila Real, onde será realizada a autópsia


O corpo de Carina Ferreira, a jovem que se encontrava desaparecida há um mês em Lamego, foi retirado às 21:40 do local onde foi encontrado, informou fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro de Viseu.

A fonte referiu à agência Lusa que o cadáver foi removido pelos Bombeiros Voluntários de Lamego.

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O corpo, encontrado na auto-estrada entre Lamego e Régua, aparentemente em resultado de um acidente de viação, foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Vila Real, onde será realizada a autópsia, adiantou telefonicamente a mesma fonte, precisando que no local estão nove bombeiros, apoiados por três viaturas.

O corpo de Carina Ferreira foi encontrado esta segunda-feira à tarde dentro do Peugeot vermelho em que a jovem viajava no dia em que desapareceu. Carina foi encontrada com o «cinto posto» e o veículo terá caído de uma «ravina de 30 metros», segundo confirmou o tvi24.pt junto de fonte policial.

Os primeiros indícios recolhidos pela Polícia Judiciária dão conta que a jovem terá sofrido um acidente de automóvel e caiu numa ravina junto à A24, no trajecto que efectuava todos os dias, de Lamego, onde morava, e Peso da Régua, onde trabalhava. A descoberta foi feita esta tarde por inspectores da Judiciária que efectuavam rappel na zona, na tentativa de descobrir o carro da jovem.


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Carina fracturou a coluna

Autópsia de jovem de 21 anos desaparecida confirma morte por acidente de viação

TERESA CARDOSO E NUNO MIGUEL MAIA




A autópsia efectuada ao corpo de Carina Ferreira concluiu que a jovem de Lamego teve morte imediata na sequência de uma fractura da coluna. As lesões detectadas são compatíveis com o acidente que conduziu o carro ao fundo de uma ravina, na A24.

Quando os inspectores de uma equipa especial da Polícia Judiciária (PJ) do Porto encontraram, na passada segunda-feira, o cadáver da desaparecida ainda com o cinto de segurança colocado, no seu Peugeot 106, logo se desenhou a forte possibilidade do acidente.

Só que não estava determinada a concreta causa da morte, pelo que ainda se colocava a possibilidade teórica de intervenção de terceiros.

O exame médico-legal veio a confirmar a morte como consequência do acidente, mas em especial da fractura da coluna, uma zona muito sensível, crucial mesmo quanto ao funcionamento geral do organismo.

Conforme noticiou o JN, presumivelmente, para a ocorrência do acidente no passado dia 1 de Maio, viatura conduzida por Carina Ferreira seguia em velocidade excessiva ou pelo menos o suficiente para embater no talude da A-24, numa zona em que não havia "rails".

Depois, o Peugeot ganhou balanço e voou por cima de uma cerca destinada a impedir o acesso a animais, caindo na ravina. Parou cerca de 30 metros à frente. O automóvel ficou do avesso e já estava coberto por alguns arbustos, estado em que foi encontrado por inspectores da PJ, que andavam, a pé, a pesquisar aquela zona há vários dias.

O local onde foi encontrado o corpo situa-se na estrada Lamego-Peso da Régua e na zona em que, pela última vez, foram activadas as células dos telemóveis de Carina Ferreira, que ia para uma festa cubana no Clube de Caça e Pesca da Régua.

A família da vítima do acidente não quis presenciar as operações de resgate do corpo.

Cerimónia com oito padres

A igreja de Santa Cruz, em Lamego, foi ontem pequena para receber as centenas de pessoas que se associaram às exéquias fúnebres de Carina Ferreira. Universitários, desportistas, militares e gente anónima juntaram-se à família num último adeus.

José Ferreira, o pároco da freguesia da Sé que presidiu à cerimónia litúrgica, ao lado de mais sete sacerdotes, falou da "angústia e incerteza" da família que durante 37 dias não soube o paradeiro da filha.

"Sentimos muito a perda de alguém que é ceifado prematuramente. Mas a vida é muito precária, muito frágil. Está sempre presa por um fio muito ténue que se pode quebrar a qualquer momento".

O sacerdote reconheceu ainda, na homilia, que Lamego "tem sido assolado por uma série de acontecimentos que assombraram a nossa vida quotidiana", numa alusão ao caso do estudante que morreu ao cair de uma varanda em de Mar, Espanha.

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"Quando morremos as redes sociais são como um memorial"

"Quando morremos as redes sociais são como um memorial"

por JOANA CAPUCHO

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Entrevista a Gustavo Cardoso, professor e investigador do Instituto Universitário de Lisboa.​




A criação de uma página no Facebook pelos amigos de Carina Ferreira, que continua a receber centenas de comentários mesmo depois de divulgada a notícia da sua morte, prova que se pode viver e morrer nas redes sociais?

Sim, se pensarmos que as redes sociais são uma extensão das relações familiares, de amigos e profissionais que mantemos diariamente. Não nascemos com elas, mas elas acompanham-nos no nosso dia-a-dia. São espaços para nos expressarmos na alegria, mas também na dor e na tristeza. O falecimento e a permanência online são questões em debate há vários anos.

É uma forma de manter viva a memória de quem parte?

Enquanto estamos vivos, as redes sociais são o espelho do que fazemos. Quando morremos, passam a ser uma espécie de memorial. São muitas vezes usadas por nós em vida e por aqueles que gostam de nós quando morremos. Com as novas tecnologias surge uma nova forma de perdurar a memória de alguém, de fazer luto, de partilhar sentimentos através da expressão dos nossos estados de alma. As pessoas utilizam esses espaços para deixar mensagens, como quem deixa flores.

O desaparecimento de Carina Ferreira, amplamente divulgado através do Facebook, é emblemático?

Este caso tornou-se emblemático porque é o primeiro que ocorre em contexto nacional: dá visibilidade a algo que já acontecia , mas que não era tão mediatizado. A adesão de milhares de membros à página criada pelos amigos de Carina não é indissociável da difusão que foi dada pelos media.

As redes sociais representam uma nova fase na procura de pessoas desaparecidas?

As redes sociais são mais um instrumento para as pessoas que querem encontrar alguém, não muito diferente do que eram as fotos das pessoas desaparecidas publicadas na televisão há dez anos. O que as redes trazem de diferente é o facto de não serem só as organizações a desencadear processos de procura, mas também os indivíduos. A procura continua a depender e muito da mediatização que é feita pela comunicação social, pois o jornalismo é fundamental para credibilizar as acções dos indivíduos.

As redes sociais, nas quais se inclui o Facebook, ajudam a desenvolver um maior sentimento de solidariedade social?

Nas redes sociais fazemos duas coisas: interagimos com aquilo a que no Facebook designamos de "amigos" e tomamos posição sobre algo que gostamos ou não gostamos, como apoiar uma causa. Acho que as redes sociais são uma forma de procurar pessoas que pensam da mesma forma que nós e que contribuem para a criação do espaço público.

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